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Classificação De Solos

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Por:   •  21/8/2013  •  3.907 Palavras (16 Páginas)  •  634 Visualizações

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INTRODUÇÂO

“O solo é um corpo tridimensional da paisagem, resultante da ação combinada de vários processos pedogenéticos (adição, perdas, transformações...) e dependente da intensidade de manifestação dos fatores de formação – clima, relevo e organismos – sobre o material de origem durante certo período de tempo. As inúmeras combinações de intensidades de mani-festação desses fatores condicionam a formação de uma imensidade de tipos de solos que apresentam natureza, composição e comportamentos diferenciados”(OLIVEIRA,2008).

“Os pedólogos, através dos levantamentos de solos, aí compreendidos os mapas e os bo-letins descritivos, informam a distribuição espacial desses volumes na paisagem .Os solos apresentados nos mapas são denominados de acordo com os sistemas de classificação existen-tes, os quais são estruturados com base em atributos e horizontes elegidos como diagnósticos, que constituem os “tijolos” desses sistemas”(PEDREIRA,2004).

“Portanto toda classe de solo, apresenta, certos horizontes e atributos diagnósticos, que conjugados, determinam solos com comportamentos variados. A legenda dos mapas é contudo sintética, e os boletins na sua maioria, não especificam as qualidades e/ou limitações dos horizontes e atributos diagnósticos determinantes das diferentes classes de so-los”(PEDREIRA,2004).

Com este trabalho pretende-se então conhecer, aprofundar e ampliar também, os hori-zontes, que tem relação à classificação dos diferentes tipos de solos, suas respectivas vanta-gens e desvantagens, e o que os diferenciam e definem.

REVISÃO DA LITERATURA

Argissolos:

De acordo com os estudos feitos por Oliveira(1993), os argissolos compreendem solos que tem como característica principal a presença de horizonte B textural logo abaixo do horizonte A ou E. Além do que esse horizonte apresenta argila de atividade baixa ou com atividade igual ou superior a 20cmol/Kg de argila conjugada ( no caso, com valores de alumí-nio extraível iguais ou superiores a 4 cmol/Kg de solo) e ainda saturação por alumínio igual ou superior a 50% e/ou saturação por bases inferior a 50% na maior parte do horizonte B. Apresentam ainda os seguintes requisitos: horizonte plíntico, se presente no sequum, não esta acima nem é coincidente com a parte superior do horizonte B textural.

Os Argissolos compreendem, depois dos Latossolos, a ordem mais extensa de solos brasileiros, sendo, por isso, de especial importância em nosso país. Eles abrangem uma gama enorme de solos, desde eutróficos, distróficos e álicos até alumínicos, rasos a muito profundos, abruptos ou não, com cascalho, cascalhentos ou não, com fragipã e até com caráter solódico, o que torna difícil uma apreciação generalizada para os solos dessa ordem como um todo.

O horizonte B textural, tem por característica apresentar significativo aumento de argila em relação aos horizontes suprajacentes E ou A, caso não haja horizonte E. Essa relação, á medida que atinge valores mais elevados, indicam solos cada vez mais erosionáveis, mantidas as mesmas condições de cobertura vegetal e declividade. São particularmente suscetíveis á erosão os argissolos com presença de mudança textural abrupta. É muito comum os Argissolos apresentarem horizonte A de textura areia ou média, o que facilita o preparo do solo para o plantio. O problema com alumínio é comum nos argissolos Distróficos. Os argissolos verme-lhos, em especial os de textura argilosa, apresentar teores em micronutrientes superiores aos Argissolos de outras colorações já que são originados de rochas básicas ou ricas em minerais ferromagnesianos.

Cambissolos

Segundo os estudos de Oliveira(1993), compreendem solos constituídos por material mineral, com horizonte B incipiente subjacente a qualquer tipo de horizonte superficial, onde o conceito central é o de solos em estágio intermediário de intemperismo, isto é, que não sofreram alterações físicas e químicas muito avançadas, ou seja, não são muito profundos, apresentam teores relativamente elevados de minerais primários facilmente intemperizáveis. É também uma característica desses solos a pequena diferença de argila ao longo do perfil, com exceção aos Cambissolos desenvolvidos de sedimentos aluviais.

Os Cambissolos diferentemente da maioria dos Argissolos , não apresentam acréscimo importante de argila no horizonte B, fato que os torna, em igualdade de condições de relevo e uso, menos suscetíveis a erosão. Os Cambissolos podem ocorrer indiscriminadamente em todas as classes de relevo, desde os planos até os montanhosos e nas regiões serranas do Brasil meridional, é comum a presença de cambisolos com caráter alumínico. São solos muito pobres, além de apresentarem elevados teores de alumínio extraível, o que lhes confere séria limitação ao aproveitamento agrícola. O poder tampão, elevado determina a necessidade de altas doses de corretivos. Essa limitação ainda é agravada pelo fato de os teores de alumínio serem altos e até mais elevados nos horizontes subsuperficiais. Os teores geralmente elevados de matéria orgânica em superfície nesses cambissolos conferem ao horizonte superficial boas condições físicas, mesmo quando de textura argilosa, e com argila de atividade alta, sendo fácil o preparo para o plantio. As condições climáticas- baixa temperatura média anual, aliada a limitações químicas- diminuem bastante as opções de uso de tais solos.A fruticultura de clima temperado, as pastagens e o reflorestamento com pinus são seus principais usos.

Chernossolos

Sobre os estudos de Oliveira(1993), os chernossolos são constituído por material mi-neral que tem como características determinantes: alta saturação por bases, argila de atividade alta e horizonte A chernozêmico sobrejacente a um horizonte B textural, B incipiente ou horizonte C cálcico ou carbonático. Os Chernossolos são por definição solos com elevado potencial agrícola, pois são muito ricos quimicamente, e a presença do horizonte A cherno-zêmico, rico em matéria orgânica, lhes confere horizonte superficial bem aerado e estruturado. As principais limitações desses solos são de ordem física, e naqueles situados em clima mais seco, a falta de água. É comum a presença de teores significativos de materiais primários facilmente intemperizáveis, o que lhes confere importante reserva em macronutrientes, espe-cialmente K+.

A elevada plasticidade e pegajosidade do horizonte superficial, quando

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