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Consequências do desastre ao amanhecer entre 2 e 3 de Dezembro de 1984 sobre Conquista agroquímica da Union Carbide Corporation em Bhopal, Índia

Artigo: Consequências do desastre ao amanhecer entre 2 e 3 de Dezembro de 1984 sobre Conquista agroquímica da Union Carbide Corporation em Bhopal, Índia. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  2/4/2014  •  Artigo  •  768 Palavras (4 Páginas)  •  382 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Na madrugada entre dois e três de dezembro de 1984, 40 toneladas de gases letais vazaram da

fábrica de agrotóxicos da Union Carbide Corporation, em Bhopal, Índia. Foi o maior desastre

químico da história. Gases tóxicos como o isocianato de metila e o hidrocianeto escaparam de

um tanque durante operações de rotina. Os precários dispositivos de segurança que deveriam

evitar desastres como esse apresentavam problemas ou estavam desligados.

Estima-se que três dias após o desastre 8 mil pessoas já tinham morrido devido à exposição

direta aos gases. A Union Carbide se negou a fornecer informações detalhadas sobre a

natureza dos contaminantes, e, como consequência, os médicos não tiveram condições de

tratar adequadamente os indivíduos expostos. Mesmo hoje os sobreviventes do desastre e as

agências de saúde da Índia ainda não conseguiram obter da Union Carbide e de seu novo

dono, a Dow Química, informações sobre a composição dos gases que vazaram e seus efeitos

na saúde. Infelizmente, a noite do desastre foi apenas o início de uma longa tragédia, cujos

efeitos se estendem até hoje. A Union Carbide, dona da fábrica de agrotóxicos na época do

vazamento dos gases, abandonou a área, deixando para trás uma grande quantidade de

venenos perigosos. A empresa tentou se livrar da responsabilidade pelas mortes provocadas

pelo desastre, pagando ao governo da Índia uma indenização irrisória face a gravidade da

contaminação.

Hoje, bem mais de 150.000 sobreviventes com doenças crônicas ainda necessitam de

cuidados médicos, e uma segunda geração de crianças continua a sofrer os efeitos da herança

tóxica deixada pela indústria.

2 DESASTRE

Na noite do desastre, as seis medidas de segurança criadas para impedir vazamentos de gás

fracassaram, seja por apresentarem falhas no funcionamento, por estarem desligadas ou por

serem ineficientes. Além disso, a sirene de segurança, que deveria alertar a comunidade em

casos de acidente, estava desligada. Os gases provocaram queimaduras nos tecidos dos olhos

e dos pulmões, atravessaram as correntes sanguíneas e danificaram praticamente todos os

sistemas do corpo. Muitas pessoas morreram dormindo; outras saíram cambaleando de suas

casas, cegas e sufocadas, para morrer no meio da rua. Outras morreram muito depois de

chegarem aos hospitais e prontos-socorros. Os primeiros efeitos agudos dos gases tóxicos no

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organismo foram vômitos e sensações de queimadura nos olhos, nariz e garganta, e grande

parte das mortes foi atribuída a insuficiência respiratória. Em alguns casos, o gás tóxico

causou secreções internas tão graves que seus pulmões ficaram obstruídos; em outros, as vias

aéreas se fecharam levando à sufocação. Muitos dos que sobreviveram ao primeiro dia foram

diagnosticados com problemas respiratórios. Estudos posteriores com os sobreviventes

também apontaram sintomas neurológicos, como dores de cabeça, distúrbios do equilíbrio,

depressão, fadiga e irritabilidade, além de danos nos sistemas musculoesquelético,

reprodutivo e imunológico.

3 CONTAMINAÇÃO DA FÁBRICA E ARREDORES

Em 1999, o Greenpeace e grupos comunitários de Bhopal visitaram a fábrica abandonada para

avaliar as condições ambientais do local e dos arredores. A equipe documentou a presença de

estoques de agrotóxicos,

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