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Considerações anatômicas

Tese: Considerações anatômicas. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/12/2013  •  Tese  •  5.260 Palavras (22 Páginas)  •  280 Visualizações

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Jornal de Pediatria

Print version ISSN 0021-7557

J. Pediatr. (Rio J.) vol.83 no.2 suppl.0 Porto Alegre May 2007

http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572007000300010

ARTIGO DE REVISÃO

Intubação traqueal

Toshio MatsumotoI; Werther Brunow de CarvalhoII

IMédico. Coordenador, Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, São Paulo, SP

IIProfessor adjunto livre-docente, Departamento de Pediatria, Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), São Paulo, SP. Chefe, Unidades de Cuidados Intensivos Pediátricas, Hospital São Paulo, Hospital Santa Catarina e Pronto-Socorro/Hospital Infantil Sabará, São Paulo, SP

Correspondência

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RESUMO

OBJETIVO: Revisar os conceitos atuais relacionados ao procedimento de intubação traqueal na criança.

FONTES DOS DADOS: Seleção dos principais artigos nas bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO, utilizando as palavras-chave intubation, tracheal intubation, child, rapid sequence intubation, pediatric airway, durante o período de 1968 a 2006.

SÍNTESE DOS DADOS: O manuseio da via aérea na criança está relacionado à sua fisiologia e anatomia, além de fatores específicos (condições patológicas inerentes, como malformações e condições adquiridas) que influenciam decisivamente no seu sucesso. As principais indicações são manter permeável a aérea e controlar a ventilação. A laringoscopia e intubação traqueal determinam alterações cardiovasculares e reatividade de vias aéreas. O uso de tubos com balonete não é proibitivo, desde que respeitado o tamanho adequado para a criança. A via aérea difícil pode ser reconhecida pela escala de Mallampati e na laringoscopia direta. A utilização da seqüência rápida de intubação tem sido recomendada cada vez mais em pediatria, por facilitar o procedimento e apresentar menores complicações. A intubação traqueal deve ser realizada de modo adequado em circunstâncias especiais (alimentação prévia, disfunção neurológica, instabilidade de coluna espinal, obstrução de vias aéreas superiores, lesões laringotraqueais, lesão de globo ocular). A extubação deve ser meticulosamente planejada, pois pode falhar e necessitar de reintubação.

CONCLUSÕES: A intubação traqueal de crianças necessita conhecimento, aprendizado e experiência, pois o procedimento realizado por pediatras inexperientes pode resultar em complicações ameaçadoras da vida.

Palavras-chave: Intubação, intubação traqueal, criança, seqüência rápida de intubação, via aérea da criança.

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Introdução

(...) mas aquela vida pode, num modo de dizer, ser restabelecida para o animal, uma abertura deve ser tentada no tronco da artéria áspera dentro do qual um tubo de junco ou bambu deve ser colocado; você irá soprar nisto, assim o pulmão pode aumentar-se novamente e o animal tomar o ar (...). (Vesalius1; "artéria áspera" nada mais é do que a traquéia.)

Intubação traqueal é a colocação de um tubo dentro da traquéia, seja através da via oral ou da via nasal. A traqueostomia já havia sido descrita antes da Era Cristã pelo grego Asclepíades2. A intubação traqueal, por sua vez, só foi descrita séculos depois. A primeira descrição conhecida cabe a Andreas Vesalius em 15431,3, realizada em animais em um modelo de pneumotórax. Vesalius pode ser considerado um homem muito além do seu tempo, pois tinha observado a interação do sistema cardiorrespiratório. Descreveu que, pela insuflação rítmica dos pulmões, evitava-se o colapso pulmonar e que, com isso, o coração tornava-se forte e não parava. Descreveu, ainda, que tais medidas poderiam salvar vidas. No entanto, somente em 1896 Trendelenburg3 realizou a primeira intubação traqueal com sucesso em humanos submetidos a anestesia. Ele idealizou um tubo que possuía uma bolsa inflável na parte distal, o que possibilitava a vedação da via aérea quando introduzida através de uma traqueostomia. O desenvolvimento do laringoscópio com diferentes tipos de lâminas possibilitou a colocação do tubo sem a traqueostomia. Hoje dispomos de diversos modelos e tamanhos de lâminas de laringoscópio para uso específico, inclusive modelos com utilização de fibra óptica. A intubação traqueal é um procedimento comum nas unidades de emergência, cuidados intensivos e centros cirúrgicos. Mas, por ser invasiva, não está isenta de riscos e complicações. O manuseio das vias aéreas é a habilidade mais essencial na medicina de emergência4. Há mais de 25 anos5 tem havido uma crescente preocupação em tornar esse procedimento o mais rápido e seguro possível.

Considerações anatômicas

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