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Contabilidade De Custos

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Por:   •  23/3/2014  •  1.636 Palavras (7 Páginas)  •  221 Visualizações

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A contabilidade de custos é um conjunto de recursos (humanos, tecnológicos, materiais etc.) que interagem na captação e processamento de dados, análise, geração e disponibilização de informações aos usuários, para fins de planejamento, controle e tomada de decisão.

Empresas industriais usam métodos de custeio que podem refletir o modus operandi com relação ao ambiente em que ela opera. Eles são baseados na determinação das formas de produção e no conhecimento do volume de produção referente a determinado período, para estabelecer o custo específico, tanto da unidade fabricada como da vendida. Os custos podem ser acumulados por unidade de produto, lotes de produtos, atividades ou processos, departamentos ou centros de custos, por períodos de tempo e por empresas.

O custeio ABC é constituído, principalmente, por centros de atividades, para os quais os recursos são direcionados, e, em seguida, aos produtos, considerados os objetos de custo. As atividades são exercidas em departamentos diferentes, daí a distinção entre o custeio por departamentos (funcional) e o custeio por atividade (ação específica). Martins (2003) comenta que o custeio baseado em atividades é uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos.

Custo, é gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Há aqueles que afirmam que “custos são todos os gastos do processo de produção e criação, mão-de-obra, energia elétrica, desgaste das máquinas utilizadas para a produção, embalagem, etc.”. Percebe-se que há semelhanças em termos conceituais sobre custos, sendo um gasto para se obter um bem ou serviço. A preocupação das empresas sempre esteve voltada para a correta alocação dos custos aos produtos, através de métodos de custeio que envolvessem os elementos que compõe o produto. No método de custeio tradicional, os custos são alocados, levando em conta os fatores de produção que direta ou indiretamente afetam a produção do bem ou serviço. Alguns desses elementos podem ser alocados diretamente aos produtos, outros, se comportam de forma inversa. Surge assim, a aplicabilidade dos métodos de custeio, a fim de encontrar a melhor forma de apropriar os custos que contribuem à elaboração do produto. Os dois métodos de custeio abordados com ênfase na sua integração, o custeio baseado em atividades e o custeio baseado na unidade de produção, não estão classificados entre os clássicos métodos de acumulação de custos.

O custeio baseado em atividades é um método que visa quantificar as atividades realizadas por uma empresa, utilizando vetores (direcionadores) para alocar os gastos de uma forma mais realista aos bens e serviços. O princípio básico do custeio ABC é que as atividades são as causadoras dos custos e os produtos incorrem nesses mesmos custos, através das atividades que eles exigem. Ele leva a um rastreamento de dados que habitualmente é desconsiderado nos métodos de custeio tradicionais. Por extensão, ele ajuda a redimensionar a mentalidade gerencial das empresas onde é aplicado. O custeio ABC, “demonstra a relação entre recursos consumidos (o que foi gasto), atividades executadas (onde foi gasto -produção, informática, vendas, etc.) e os objetos de custo -produtos ou serviços (para que foi gasto)”. Recursos ‚ Demonstra o quê foi gasto. Exemplo: água, luz, salários, etc. Atividades ‚ Demonstra onde foi gasto. Exemplo: manutenção, recursos humanos, etc. Objetos de custeio ‚ Demonstra para quê foi gasto. Exemplo: produto A, B ou atividade não relacionada ao produto, como associação, fundação, etc.

Enquanto no método tradicional a alocação dos custos indiretos é feita através de critérios de rateios limitados (geralmente, quantidade produzida versus vendida, horas trabalhadas, custos diretos, matérias-primas), no custeio ABC existe uma multiplicidade de critérios (cost drivers) específicos às atividades (custos) a que se relaciona, como por exemplo, número de notas fiscais emitidas, número de requisições de compras, número de lotes, número de produtos, dentre outros.

Existem quatro pontos que se constituem nos objetivos do método ABC.

Atividade, pode ser definida como um processo que combina, de forma adequada, pessoas, tecnologias, materiais, métodos e seu ambiente, uma combinação de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros com objetivos de se produzirem bens ou serviços para satisfazer as necessidades dos consumidores. É composta por um conjunto de atividades necessárias para o seu desempenho. As atividades são necessárias para concretização de um processo, que é uma cadeia de atividades correlatas, inter-relacionadas. As atividades são importantes para que se consiga realizar ou executar determinada operação ou tarefa dentro de um processo produtivo. Estas devem ser identificadas e catalogadas, para que quando executadas, nos diversos departamentos da empresa, possam ter devidamente atribuídos os seus custos. O custeio ABC baseia-se em uma alocação de custos aos produtos com base em direcionadores (cost drivers), que consideram as atividades desenvolvidas na fabricação dos bens ou produção dos serviços, na administração geral da empresa, nas vendas e outras. Este método apropria não só os custos, mas também todas as despesas. Os direcionadores de custos dividem-se em direcionadores de recursos e direcionadores de atividades sobre o direcionador de recursos. Um direcionador de custos é qualquer fator que causa uma alteração no custo de uma atividade. Em relação ao direcionador de atividade, é a unidade de medida para o nível ou quantidade da atividade realizada. Deste modo, procura-se aprimorar a forma de alocação dos custos aplicados aos produtos, tornando-a mais adequadas. Salienta-se que, no custeio baseado em atividades, ao invés de se alocar os custos por centro de custos ou por departamentos, eles são alocados às atividades e estas não são previamente segregadas.

O custeio ABC deve ser entendido, preferencialmente, como um complemento dos métodos tradicionais de custos, seja custeio por absorção ou custeio direto. A sua adoção não implica na substituição destes. O custeio baseado em atividade vem somar-se, para um aprimoramento dos demais métodos de custeio. Ele parte da premissa de que as diversas atividades desenvolvidas pela empresa geram custos e que os diversos produtos consomem e utilizam essas atividades.

Com a operacionalização

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