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Crise Econômica De 2008

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Por:   •  26/5/2014  •  1.844 Palavras (8 Páginas)  •  323 Visualizações

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Acessado em 12/09/13 às 09:44

http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2011/09/entenda-como-crise-de-2008-influenciou-vida-dos-brasileiros.html

15/09/2011 10h21 - Atualizado em 15/09/2011 10h21

Entenda como a crise de 2008 influenciou a vida dos brasileiros

Três anos após quebra do Lehman, especialistas explicam reflexos no país.

Redução do IPI para carros e altas e baixas do dólar são exemplos.

Gabriela Gasparin Do G1, em São Paulo

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Em outubro de 2009, a designer Renata Reis, de 30 anos, antecipou em cerca de dois meses a aquisição de um carro novo. Em março de 2010, o bancário Maurício Madureira Ruiz, de 28, também adiantou a compra de um automóvel 0 km, o que só faria no final do ano. O estímulo que fez ambos "correrem" às concessionárias foi o mesmo do de milhões de outros brasileiros, que entre o final de 2008 e o começo de 2010 foram beneficiados pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na venda de automóveis.

A designer Renata Reis aproveitou a redução do IPI para antecipar a compra de um carro novo em 2009 (Foto: Raul Zito/G1)

A redução do IPI para automóveis, eletrodomésticos e materiais de construção está entre os incentivos ao consumo criados pelo governo brasileiro após o início da crise econômica internacional iniciada em 2008, originada no setor hipotecário dos Estados Unidos, que acabou tendo como marco a quebra do banco Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008 – há exatos três anos.

De lá para cá, uma série de movimentos internacionais continuam influenciando a vida da família brasileira, como a variação do dólar, a falta de dinheiro disponível para empréstimo nos bancos, a inflação, a baixa e alta dos juros, a retração da economia em 2009 e o alto crescimento do país em 2010.

Para Ruiz, redução do IPI rendeu R$ 2,5 mil de

desconto (Foto: Arquivo Pessoal)

Para Ruiz, por exemplo, o desconto no IPI para automóveis foi representativo, uma vez que o valor de um carro novo é alto. “Eu tive 6,5% de desconto (...). Corri para comprar justamente para ter a redução (...). Como o valor de um carro é alto, quando você consegue um desconto, ele é grande, faz diferença”, afirma. O valor do desconto dele foi de R$ 2,5 mil, disse. Para Renata, o IPI reduzido foi um incentivo a mais para a compra. “Eu já queria trocar [de carro] e aproveitei o momento”, afirmou.

O G1 ouviu economistas para “traduzir” de que forma os efeitos da crise econômica internacional influenciam no dia a dia do brasileiro. Os economistas ouvidos foram Cristina Helena Pinto de Mello e Antonio Carlos Alves dos Santos, professores da Pontifícia Univesidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Luiz Rabi, gerente de indicadores de mercado da Serasa Experian, Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios e Ricardo Mollo, do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Veja abaixo as explicações:

Redução do crédito no mercado

Assim que estourou a crise dos bancos nos Estados Unidos em 2008, que acabou tendo como marco a quebra do Lehman Brothers no dia 15 de setembro, investidores de todo o mundo passaram a tirar as aplicações de ações de empresas, de bancos e de títulos de governos, incluindo os do Brasil. Isso porque houve uma incerteza sobre a veracidade de balanços de alguns bancos e empresas e, além disso, os aplicadores precisaram resgatar investimentos para cobrir prejuízos com a crise.

Reflexo: como o sistema financeiro é interligado em todo o mundo, a baixa liquidez refletiu, em um primeiro momento, na falta de dinheiro disponível no Brasil para a concessão de crédito tanto para as empresas como para os consumidores. De acordo com o gerente de indicadores de mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi, de 20% a 25% do crédito oferecido no Brasil vem de fora. A inadimplência de pessoa física subiu, chegou a 8,5% em maio de 2009, diz Rabi. Em junho de 2008, estava em 7%. As empresas foram as mais afetadas, pois tinham dificuldades de obter financiamento para investimentos e exportações, por exemplo. Os consumidores, para aquisições de bens, principalmente os de maior valor agregado, como veículos e imóveis.

Alta do dólar

Em um primeiro momento, logo após o início da crise, o valor do dólar sobre o real subiu bastante. De acordo com o gerente de indicadores de mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi, o câmbio, que estava em cerca de R$ 1,60 em agosto de 2008, chegou cerca de R$ 2,40 em dezembro do mesmo ano.

Reflexo: a alta do dólar, somada à falta de crédito no Brasil, prejudicou principalmente algumas empresas que tinham passivos (dívidas) em dólar e não estavam protegidas para oscilações tão grandes da moeda. Além disso, o dólar alto também prejudicou consumidores que pretendiam viajar para o exterior, além de quem queria adquirir produtos importados.

Estímulos do governo

Diante da escassez de crédito disponível no mercado, o governo injetou uma série de estímulos na economia com o intuito de aumentar o consumo no país. Entre as medidas estavam a redução da alíquota do depósito compulsório dos bancos (parcela de recursos que os bancos precisam recolher no Banco Central e não podem emprestar aos clientes), redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, construção civil e eletrodomésticos, a criação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), alterações no formato de cobrança do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e estímulo ao crédito em bancos públicos.

Reflexo: o pacote de estímulo do governo foi importante para manter a economia aquecida. Com isso, as empresas voltaram a ter crédito para investimentos, a população teve acesso a bens como automóveis e eletrodomésticos a melhores preços, o que estimulou as vendas e, consequentemente, manteve o crescimento do país e colaborou para a criação e manutenção de postos de trabalho.

Redução dos juros no país

Antes da crise, o Banco Central do Brasil

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