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Por:   •  30/6/2014  •  4.635 Palavras (19 Páginas)  •  484 Visualizações

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A RELAÇÃO CUSTO/VOLUME/LUCRO (CVL) E A RENTABILIDADE NAS EMPRESAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Resumo:

A análise custo-volume-lucro (CVL) consiste em uma ferramenta gerencial para determinar elementos como os impactos do preço de venda, dos custos e do volume, tendo como maior característica a simplicidade, baseada na linearidade. O presente artigo pretende analisar se há relação entre a análise custo-volume-lucro (CVL) e a rentabilidade nas empresas através de uma revisão bibliográfica. A pesquisa é descritiva, de caráter qualitativo, coma técnica da análise de conteúdo. Os conceitos e fundamentos da análise CVL foram baseados em Horngren, Datar e Foster (2004), Maher (2001), Crepaldi (2007), Martins (2010), Perez Jr., Oliveira e Costa (2008) e para rentabilidade Leitão (2002) e Tavares Filho (2006). Percebeu-se que há relação entre a análise CVL e a rentabilidade, pois elas estão ligadas ao conceito de margem de contribuição, um dos principais conceitos da CVL.

Palavras-chave: Análise custo-volume-lucro (CVL); Rentabilidade; Tomada de decisão.

1 Introdução

Dentro das modernas operações comerciais, a contabilidade possui uma função extremamente importante ao fornecer informações, tanto para usuários internos como para usuários externos, pois, é com base nelas que se fundamentam as ações acerca do planejamento, da tomada de decisões e do controle dentro de uma empresa. Por isso, considera-se de suma importância que o contador saiba trabalhar com os dados sobre os processos e eventos de uma organização, já que eles se mostram relevantes aos negócios.

Dentre as várias áreas da contabilidade, a contabilidade gerencial é fundamental para fornecer informações relevantes, sejam estas de caráter financeiro ou não, para que possam ajudar os administradores na tomada de decisão. Fundamentando-se na contabilidade de custos, e também no orçamento e nos estudos de sistemas, cabe a ela, a tarefa de orientar “(...) a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuado por um sistema de informação contábil”. CREPALDI (2007, p. 20).

A análise custo-volume-lucro (CVL) consiste em uma ferramenta gerencial para determinar elementos como os impactos do preço de venda, dos custos e do volume, sobre o lucro operacional, podendo também servir de base para estabelecer uma ferramenta administrativa de uma companhia, de modo que ajude a companhia na melhor combinação entre preços, volumes, custos fixos e variáveis.

Uma característica que a análise CVL possui a seu favor é simplicidade, pois ela baseia-se na ideia na linearidade, que é mais válida em curto prazo, do comportamento de custos, e através desse pressuposto ela tenta se aproximar o suficiente para que não distorça os resultados obtidos pela análise.

Tendo em vista a importância dos sistemas de custos, em especial a análise custo-volume-lucro, e as várias utilidades que a análise CVL pode desempenhar dentro de uma empresa, elaborou-se a seguinte questão problema: Qual a relevância da análise de CVL na rentabilidade das empresas? Desta forma, o objetivo geral do presente trabalho é investigar se há relevância no emprego da técnica CVL na rentabilidade das empresas através de uma revisão bibliográfica com análise de conteúdo, levando em conta o que é trazido na literatura da área, através de uma pesquisa descritiva, de caráter qualitativo.

O presente artigo encontra-se dividido em cinco seções, sendo a primeira reservada a esta introdução. Na segunda encontra-se a revisão de literatura abordando os fundamentos e os conceitos acerca da análise CVL e a sua importância na formação do preço de vendas e na tomada de decisão, cada um dos tópicos em uma respectiva subseção. Em seguida, aparecem os procedimentos metodológicos e a análise e discussão de resultados. Na última seção temos as considerações finais.

2 Revisão de literatura

Dentro da análise custo-volume-lucro (CVL), assim como todo e qualquer método de custo, trabalha-se com conceitos e ideias que são fundamentais para a obtenção de importantes informações de modo que estas são importantes, pois a partir delas teremos uma base necessária gerar informações e como consequência, ela servirá para a tomada de decisão.

No caso da análise CVL, é importante que se faça uma distinção entre o que é custo e o que é despesa, mesmo sabendo que essas informações são válidas dentro de um determinado nível de atividade, pois “Estruturas diferenciadas em termos de composição de Custos e Despesas Fixos e variáveis provocam diferenciadas condições de resistências a oscilações nos volumes e preço de venda”. (MARTINS, 2010 págs. 284-285)

A razão para se classificar os gastos correntes de uma entidade em despesas e custos é que o primeiro vai direto para o resultado do período. Já custos serão levados ao resultado, o que poderá levar meses ou até anos. Apesar das divergências ao se conceituar custos e despesas, porém cada um deles possui uma definição própria para distingui-los.

As despesas estão relacionadas aos valores gastos com a estrutura administrativa e comercial da empresa. Elas ainda são classificadas em fixas e variáveis, sendo as fixas aquelas cujo valor a ser pago não depende do volume, ou do valor das vendas, enquanto que as variáveis são aquelas cujo valor a ser pago está diretamente relacionado ao valor vendido.

Já para os custos Martins (2010) apresenta uma definição bastante simplificada, conceituando-o como “Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços” (p. 25). Os custos são classificados quanto à alocação ou apuração dos custos e quanto à formação ou natureza. Em relação ao primeiro, preciso separá-los em custos diretos e indiretos.

Horngren, Foster e Datar (2004), conceituam cada qual com sua característica os custos, sendo os “Custos diretos de um objeto de custo são os custos que estão relacionados a um determinado objeto de custo e que podem ser identificados com este de maneira economicamente viável (custo efetivo).” E os indiretos como aqueles relacionados a um objeto de custo que são facilmente identificáveis, com alocação ao objeto custo chamada de rateio.

Portanto, os custos diretos têm fácil identificação ao produto no processo produtivo e os indiretos são de difícil alocação por não estarem diretamente relacionados ao produto, necessitando de um critério de rateio para apropriá-los ao produto.

Já em relação à formação ou natureza

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