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Desperdício no Golfo de Guanabara

Seminário: Desperdício no Golfo de Guanabara. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/3/2014  •  Seminário  •  516 Palavras (3 Páginas)  •  277 Visualizações

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Redes de pesca, lonas plásticas, garrafas pets e até eletrodomésticos danificam embarcações que fazem travessia da baía. Ecobarcos de circulação diária já removem toneladas de lixo do mar

O excesso de lixo na Baía de Guanabara está interferindo diretamente na condição de navegação das águas. Os problemas são cada vez mais frequentes e preocupam a CCR Barcas, concessionária que administra o transporte aquaviário.

O último incidente aconteceu na terça-feira, quando duas embarcações da linha Charitas/Praça XV, que funcionam com motores de propulsão (sugam e expelem água), aspiraram uma quantidade tão grande de lixo que as deixou inoperantes. Redes de pesca, lonas plásticas, garrafas pets e até eletrodomésticos boiam pelas águas e trazem grande prejuízo para a empresa que tem montado uma verdadeira força-tarefa para minimizar os transtornos.

“Nós atuamos diariamente na manutenção das embarcações, não só da Baía de Guanabara, mas em Mangaratiba e Angra. Todos os dias fazemos a inspeção e retirada destes detritos que prejudicam o funcionamento da embarcação”, conta o coordenador de manutenção da CCR Barcas, Edivaldo Ferreira.

Os catamarãs que fazem o trajeto Praça Arariboia/Praça VX diariamente funcionam com motores movidos por hélices que giram de acordo com a manobra que está sendo realizada. Redes de pesca e lonas se enroscam e danificam os motores.

Já as embarcações da linha Charitas/Praça XV possuem motores de propulsão, que fazem sucção da água e depois expelem com pressão. Quando a embarcação é movida a propulsão a situação é ainda pior, porque o lixo vai parar dentro do motor.

“Cerca de 70% dos problemas que nós temos causado pelo lixo é com arrefecimento dos motores e sistema hidráulico”, explica Edivaldo Ferreira.

A grande quantidade de lixo na Baía, quando não deixa a embarcação fora de atividade para reparos emergenciais, interfere na velocidade e, consequentemente, no tempo de viagem. O lixo também entope a caixa de mar, ralos de fundo, filtros e válvulas. O que também acontece frequentemente é a perda da potência do sistema de propulsão, diminuindo a capacidade de navegação das embarcações.

Chuvas – Em épocas de muitas chuvas, a quantidade de lixo flutuante chega a triplicar, já que os detritos represados nos rios que deságuam na Baía são levados até as rotas e áreas de manobras das embarcações.

A Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) informou que três ecobarcos (embarcações especiais de coleta de lixo flutuante) operam diariamente na Baía de Guanabara desde janeiro. Há duas semanas um dos ecobarcos passou a fazer o trajeto entre os terminais das barcas da Praça XV, no Centro do Rio, e Arariboia, em Niterói. De acordo com a SEA, no primeiro mês de funcionamento, foram removidas cerca de 10 toneladas de lixo flutuante do espelho da água da Baía. Ainda segundo a Secretaria, até o final de abril, outras sete embarcações, já em licitação, deverão estar operando.

Sobre o crescente despejo de lixo na Baía de Guanabara, a SEA esclarece em nota que “além dos ecobarcos, existem 11 ecobarreiras que impedem que cerca de três mil toneladas de resíduos por ano deságuem

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