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Determinação da inflação

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Por:   •  7/10/2014  •  Tese  •  2.072 Palavras (9 Páginas)  •  238 Visualizações

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Há bastante divergência quanto à definição de inflação. Costa (1999, p. 145) destaca a mais usada e que apresenta uma série de problemas, onde inflação é “um aumento do nível de preços, isto é, uma depreciação do valor da moeda”. Este autor apresenta alguns desses problemas: existência de diferenças de medidas entre os diversos índices de preços possíveis; existência da necessidade de ajustes para produtos novos, alterações de hábitos de consumo, entre outros; a identificação de tipo ou alternativa de inflação; os preços como forma bruta ou líquida de impostos e subsídios, etc.. Vasconcellos e Garcia (2005, p. 184) definem inflação como “um aumento persistente e generalizado no índice de preços”. As fontes de inflação diferem-se em função das condições de cada país como tipo de estrutura de mercado.

Sendo assim, a inflação presente acontece em consequência da inflação passada, entendida também como memória inflacionária, pois há uma perpetuação da inércia. Isso ocorre devido aos mecanismos de indexação formal e informal. Lopes (1986, p. 44) esclarece que o termo indexação “poderia ser empregado para indicar qualquer regra de reajuste periódico de um valor nominal que pretenda impedir a erosão inflacionária de um valor real correspondente”. Em suma indexação é o reajuste automático de preços segundo a variação de um índice através de contrato ou lei. Uma indexação generalizada dos preços da origem a inflação inercial. Lacerda ET AL. (2003) apontam como componente de tendência, ou inércia, do sistema a indexação formal e informal da economia. Para melhor entendimento, apresenta-se a inflação inercial inserida na economia histórica do Brasil através de um corte entre 1950 até a implantação do Plano Real em 1994. dois. Um Contexto histórico da inflação inercial no Brasil Lopes (1986) destaca que “os aumentos de preços são motivados por aumentos de custo, mas ao mesmo tempo os aumentos de custo são causados por aumentos de preços”. A essa relação denomina-se equilíbrio inflacionário que pode dar origem a um processo crônico de inflação. Desde 1950 a inflação passou a ser um problema brasileiro. A primeira fase de combate à inflação foi entre 1964 e 1966 por meio de um tratamento de choque, que com uma rigorosa política monetária, fiscal e salarial conseguiu modificar o cenário de 100% de inflação em 1964 para aproximadamente 30% em 1967. Devido a altas taxas de crescimento

Crescimento econômico só que agora em uma conjuntura de crise fiscal do Estado, condições de financiamento ainda mais restritas que em 1970 e a aceleração inflacionária. Assim fazia-se necessária a redução imediata das altas taxas de inflação e alteravam conforme a visão dos diferentes grupos de economistas para as crescentes elevações no índice geral de preços explica Lacerda ET AL. (2003). Em 28 de fevereiro de 1986, José Sarney “anunciou à população brasileira uma ampla reforma das bases que regiam a economia nacional, o Plano Cruzado”, onde a “substituição do cruzeiro pelo cruzado (Cz$) como a nova moeda do sistema monetário brasileiro, um cruzado equivalendo a um. 000 cruzeiro” (LACERDA ET AL. 2003, p. 184). A economia brasileira, a partir de março de 1986, encontrava-se altamente indexada, ou seja, existia um índice ao quais todas as negociações eram submetidas a fim de garantir a correção monetária, em decorrência de analises concluiu-se que a condição do país era de inflação inercial (VASCONCELLOS e GARCIA, 2005). De acordo com Lacerda ET AL. (2003), em 24 de julho de 1986 o governo foi forçado a programar uma nova medida econômica a fim de assegurar o desenvolvimento do Plano, que ficou popular como Cruzadinho caracterizado pelo estabelecimento de empréstimos compulsórios para abrandar o excesso de demanda agregada, além de gerar poupança interna. Em novembro daquele mesmo ano, uma nova reforma ocorreu: O Cruzado II, que proclamava um brusco reajuste dos preços.

À instabilidade de preços macroeconômicos, provenientes do ajuste externo e agravada pelo Plano somam-se as probabilidades de novos congelamentos de preços. Na concepção de Vasconcellos e Garcia (2005), Fernando Collor de Mello foi o mais ousado ao criar o Plano Collor em março de 1990. Esse Plano bloqueou totalmente os ativos mantidos pelos agentes econômicos nas instituições financeiras, um ato inconstitucional que de nada adiantou para a redução das taxas de inflação pós-Plano. Porém em 1994, no governo de Itamar Franco, tendo como ministro da fazenda Fernando Henrique Cardoso, implantou-se o Plano-Real que concebeu um grande progresso, pois as principais razões da inflação brasileira encontravam-se no desequilíbrio do setor público e nos mecanismos de indexação afirmam Vasconcellos e Garcia (2005). sete O programa de estabilização econômica – Plano Real – foi implementado em três etapas citadas por Lacerda et al . ( 2003 ) e Vasconcellos e Garcia ( 2005 ) : a ) equilíbrio das contas do governo – criação da CPMF ( Contribuição sobre Movimentação Financeira ) ; b ) criação da URV – Unidade Real de Valor – a quase total desindexação da economia; c ) emissão da nova moeda com poder aquisitivo estável . Afirma Carneiro (2002), que o programa de estabilização colocado em prática a partir de 1994 faz parte da família de planos que se valeram da âncora cambial como mecanismo para conseguir mais rapidamente a estabilidade de preços. Lacerda ET AL. (2003, p. 234) asseguram que o Plano Real, na visão de vários analistas, é apontado, de novos congelamentos de preços. Na concepção de Vasconcellos e Garcia (2005), Fernando Collor de Mello foi o mais ousado ao criar o Plano Collor em março de 1990. Esse Plano bloqueou totalmente os ativos mantidos pelos agentes econômicos nas instituições financeiras, um ato inconstitucional que de nada adiantou para a redução das taxas de inflação pós-Plano. Porém em 1994, no governo de Itamar Franco, tendo como ministro da fazenda Fernando Henrique Cardoso, implantou-se o Plano-Real que concebeu um grande progresso, pois as principais razões da inflação brasileira encontravam-se no desequilíbrio do setor público e nos mecanismos de indexação afirmam Vasconcellos e Garcia (2005). (Sete O programas de estabilização econômica – Plano Real – foram implementados em três etapas citadas por Lacerda et al. (2003) e Vasconcellos e Garcia (2005): a) equilíbrio das contas do governo – criação da CPMF (Contribuição sobre Movimentação Financeira); b) criação da URV – Unidade Real de Valor – a quase total desindexação da economia; c) emissão da nova moeda com poder aquisitivo estável. Afirma Carneiro (2002), que o programa de estabilização colocado em prática a partir de 1994 faz parte da família de planos que se valeram

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