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Dicas De Português

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Por:   •  14/12/2014  •  5.593 Palavras (23 Páginas)  •  612 Visualizações

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Curso: Aprendendo a escrever textos

Docente: Yara Verônica Ferreira

e-mail: yveron@gmail.com

Fragmentos sobre a importância da palavra

Buscamos nas palavras um elixir para a cura de nossos anseios.

Na minha concepção, relatar um fato ou escrever é como gerar um ato de amor, tem que ser como a mulher encara uma relação sexual... É o fazer amor. Vista sua porção feminina e faça amor com suas palavras, sejam elas sobre pessoas ou coisas. E esse processo de sentir as palavras vale para qualquer texto.

E me perdoem se há homens tão sensíveis quanto às mulheres aqui.

Yara Verônica Ferreira

pense o que vai dizer antes

e como vai dizer depois

ELEMENTOS DE UM TEXTO

TEMA:

Nesta parte que trataremos do tema do texto, aprenderão uma norma do jornalismo para a construção de quaisquer textos jornalísticos. Essa regra do jornalismo os ajudará a nortear as ideias de forma organizada, para compor o texto, seja ele qual for.

Dados importantes utilizados na construção de qualquer texto

O que? tema

Quem? Sujeito da ação

Quando? Período, data

Onde? Local, espaço

Como? Enfoque de como aconteceu

Por que? Motivação / contexto / intenção

Que tipo de público lerá o texto?

Conclusão

Eu conheço amplamente o Tema?

O que devo estudar?

Como estudar?

Em que fontes devo confiar ou desconfiar?

Posso aproveitar ideias de outros autores?

Que tipo de público lerá o texto?

Nesse tópico temos que pensar, antes de definir o público, qual é a finalidade do texto. Exemplos: acadêmico; comercial; pessoal; íntimo; descrição de produtos; marqueteiro; apresentação de pessoas; carta para um amigo; carta para um órgão público; carta comercial; reclamações; etc. Citem vocês outras finalidades, assim podemos explorar cada tipo e definir o público e pensar a linguagem em função de finalidade e público alvo leitor.

A quem queremos atingir com esse tema? Por que?

Qual o perfil do público que desejo atingir?

Que tipo de linguagem devo usar?

O que interessa ao leitor? E a mim?

O que realmente é importante dentro desse tema para o público que desejo atingir?

Finalidades:

Acadêmico? TCC? Redação? Respostas?

Comercial? Descritivo? Informativo? Marqueteiro?

Carta comercial? Justificador?

Pessoal? Íntimo? Carta para um amigo?

Apresentação de pessoas? Noticioso?

Carta para um órgão público? Reclamações?

Finalidades jornalísticas

Marqueteiro? Ping pong? Chamada de capa?

Descritivo? Reportagem?

Informativo? Apresentação de pessoas?

Noticioso? Artigo?

Nota? Comunicado? Resenha?

Dica: a ideia principal do tema deve ser colocada em evidência logo no início da página e em negrito. Quando estiver desenvolvendo o texto, volte no início e releia essa frase, analise o que escreveu e certifique-se de que todo o escrito sustenta essa ideia inicial.

A IMPORTÂNCIA DOS ÍNDICES

O que é um índice?

Um índice depois de elaborado é uma espécie de um mapa que facilita a localização de uma informação, mas que pode ser utilizado como um recurso para desenvolvimento de um texto.

Funções de um índice

1) Facilitar ao leitor localizar um tópico específico, já que os índices, geralmente, são desenvolvidos por tópicos, dividindo um determinado tema em diversos outros temas;

2) Possibilitar ao autor do texto dividir o tema tratado em tópicos de assuntos/temas relacionados ao tema principal;

3) Reorganizar as informações de um documento/livro ou texto, separando-as em partes e reagrupando-as de maneira congruente, facilitando assim a compreensão to tema principal que está sendo tratado.

Capítulo 1

Noções de Direito Comercial

Classificação das Actividades Económicas 9

Sectores de Actividade 11

Classificação Jurídica das Empresas 12

- Comerciantes em Nome Individual 12

- Sociedades Comerciais 13

Processo de Constituição Legal 18

- Empresários em Nome Individual 18

- Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada (ElRL) 22

Índice de um texto informativo

OCAS - Organização Civil de Ação Social

A ideia

Rio de Janeiro e São Paulo

O encontro

Enfim a OCAS – Organização Civil de Ação Social

A ação

OCAS OU Ocas” ?

O carro-chefe: a revista Ocas” e seu ideal

Apoio social

Projeto esportivo

Outros ideais

Sonho

Futuro

Ocas” - a revista

A venda

O retorno para a Organização

Cadastro dos vendedores e início das vendas

Código de Conduta

Convite a voluntários

1º exercício:

Mapa - Criar um tema e desenvolver os tópicos necessários para que o texto seja composto de forma esclarecedora, ou seja, pensar a composição do texto em forma de um índice. Não há necessidade de se colocar os tópicos em ordem nesse exercício, apenas citar.

2º exercício:

Ordenar os tópicos, criados no exercício anterior, numa seqüência lógica, de forma que um complete ou coopere com o que será escrito no seguinte.

ESTRUTURAÇÃO

Introdução

Maior desafio: Construir um parágrafo que indique o assunto que será tratado, de forma a prender a atenção do leitor para que continue a leitura.

Desenvolvimento

Maior desafio: não desviar do assunto tratado e tornar claro e compreensível o tema. Durante o desenvolvimento, deverão ser inseridos todos os tópicos que esclarecerão sobre o tema.

A ordem do desenvolvimento do tema pode seguir uma ordem linear, ou seja, obedecendo a ordem de ocorrência dos fatos e quando o tempo for subjetivo, não for determinado de forma exata, deve-se seguir um padrão de ordem que seja mais congruente, mais conveniente.

Conclusão

Se for uma conclusão pessoal, deve-se tomar cuidado para não deturpar o tema ou tornar confuso o que já foi escrito até o momento de finalizar.

Sendo uma conclusão baseada em estudos de profissionais, o cuidado deve ser redobrado para não desvirtuar a linha de pensamento dos mesmos.

Detalhes que devem ser observados quando da composição do texto, em todas as 3 partes: introdução, desenvolvimento e conclusão = adequação à proposta e seqüência de ideias.

RECURSOS DE LINGUAGEM

Clareza, ou seja adequar o vocabulário/linguagem de acordo com a motivação da escrita ou o público a ser atingido.

Construção das frases deve privilegiar a argumentação direta, sem rebuscamento, que é para não poluir o texto e torná-lo cansativo.

Problemas na construção de frases:

Incoerência e falta de clareza:

Vende-se apartamentos com zelador.

vende-se cobertores para casal de lã.

Extraído do site Comunique-se (www.comuniquese.com.br)

Coluna de Moacir Japiassu

A bordo de quê?!?!?!

O considerado Roldão Simas Filho, diretor de nossa sucursal no Planalto, de cujo varandão debruçado sobre a bandalheira oficial vêem-se áulicos a preparar definitivas medidas provisórias na calada da noite, pois Roldão brinda a chegada de 2009 com a esperança de não ver mais textos ruins publicados na imprensa. E nos despacha a penúltima de 2008:

"A bordo" significa "dentro das bordas". As pessoas podem estar a bordo de embarcações e também a bordo de aviões, automóveis, trens, ônibus etc. Mas nem como metáfora podem estar a bordo de uma bicicleta, por exemplo. Na página 20 da edição de 24/12, o Correio Braziliense noticia sobre o estado de saúde de Michael Jackson, escrevendo:

"Apesar da aparência pálida, de usar máscaras cada vez que sai de casa ou de fazer aparições públicas a bordo de uma cadeira de rodas, o cantor garante que sua saúde está perfeita."

Claro que ele não aparece dentro de uma cadeira de rodas!

******

Verbo pronominal

Mais uma chamada de capa do UOL, sujeita a dengue, febre amarela e outros males:

RICOS VACINAM MENOS.

O título da matéria propriamente dita, originária da Agência Estado, acrescentava inúteis miçangas à chamada:

BRASILEIROS MAIS RICOS IMUNIZAM MENOS, APOSTA ESTUDO

Janistraquis, que sempre teve profundo respeito pelos verbos pronominais, considerou chamada & título altamente lesivos ao interesse nacional, assim como medida provisória que se transforma em definitiva:

“Considerado, até o Mandante sabe que as pessoas SE imunizam. E, ao meter aquele horroroso “aposta estudo”, o redator mostrou que não é do ramo; afinal, estudo não aposta, mas ensina, esclarece ou simplesmente diz.”

******

Professora da USP

A considerada Evelyn Durst, professora em Niterói, está sempre com olhos e ouvidos na GloboNews, emissora que acompanha quase diariamente na hora do almoço; há algumas semanas que parecem meses, viu, perplexa, a professora Maristela Basso, da cadeira de Direito Internacional da USP, iniciar uma frase assim:

“Se Hillary manter..”

Segundo Evelyn, se os melhores entrevistados mantiverem esse linguajar, prestam enorme desserviço aos telespectadores, principalmente àqueles desprovidos dalgum conhecimento do idioma, embora Janistraquis não concorde inteiramente com tal e pessimista opinião:

“Considerado, a professora deve ver a coisa pelo lado bom; ora, depois da entrevista, ficamos sabendo que ninguém precisa saber português para ser professor da USP.”

É bem pensado.

Conhecimento do tema e suas nuances – antes de escrever sobre um determinado assunto, faz-se necessário estudar todos os seus aspectos;

Argumentação – se tiver conhecimento prévio do tema, a argumentação é mais fácil de ser construída;

Aprofundamento do tema – o escritor demonstra conhecer o tema e consegue se aprofundar de tal forma a demonstrar todas as possibilidades que o circunda;

Crítica – quando há necessidade de se fazer uma crítica sobre o tema deve-se redobrar os cuidados, pois além do aprofundamento do próprio tema, deve-se ter noção da influência do tema na sociedade ou no meio ao qual o tema está inserido e também saber identificar a real idéia de seu autor;

riqueza de idéias – ao escrever sobre um tema, podemos fazer comparações com outros temas que tenham semelhanças ou divergências, para isso há que se ter conhecimentos gerais, que possam sustentar as idéias apresentadas;

concisão – durante a redação deve-se cuidar para que não embaralhe as idéias, para não provocar confusão em nossos argumentos e apresentação do tema. Buscar, portanto, ser sempre direto, construindo frases simples e curtas.

Repetição de palavras – temos o hábito de repetir termos e palavras, para limpar o texto feito no computador, podemos usar o recurso de localizar e substituir (mostrar na tela. Esse mesmo recurso podemos usar para buscar gerúndio e outros defeitos de linguagem.

Palavra inadequada ou repetida – às vezes queremos usar uma determinada palavra e não a achamos bonita no meio do texto, então podemos usar o seguinte recurso no computador: marcar a palavra, com o botão direito do mouse clicar em cima dessa palavra marcada e ao lado surgirá uma lista de sinônimos.

Frases muito longas – podem ser enxugadas. Basta relermos e tentarmos reescrever de uma forma mais simples, cortando palavras em excesso, trocando termos, acertamos uma pontuação mais adequada.

Aspectos Gramaticais: Grafia (na dúvida, consulte o dicionário); pontuação; concordância (muito cuidado ao usar verbos em diversas pessoas e tempos).

Uso de advérbios – muito, pouco, razoável e outros advérbios, demonstram falta de conhecimento, se tiver dados, devem ser citados de forma exata e a fonte.

Repetição de ideias – se já deixou claro uma ideia, não há porque repetir, vai parecer que não sabe o que já escreveu e quer enrolar.

Uso de siglas – sempre que usar qualquer sigla, na primeira vez que for citada, deve ser acompanhada do nome completo.

Analogias – se feitas de forma errada, podem matar a interpretação.

Citações: só usar se for realmente importante para reforçar uma ideia.

Abreviações - nunca usar, mesmo porque nem sempre as pessoas sabem como se abrevia uma palavra.

Estrangeirismo – é desnecessário, o seu país é o Brasil, mas, se a linguagem exige, use corretamente.

VÍCIOS DE LINGUAGEM

Bordões: ditados populares, trechos conhecidos de poesia ou de música, expressões de novelas, de programas de humor, de telejornais etc. Uso de bordões em cartas comerciais é inadmissível e, mesmo em textos que exijam criatividade, deve se tomar mais cuidado ainda, pois uso de muitos bordões indica falta de criatividade.

Gerúndios: É HORRÍVEL. Cada vez que escrever uma frase com gerúndio, preste atenção, pois na maior parte das vezes ele é usado indiscriminadamente e causa má impressão. Maus exemplos podem ser sanados com o uso do verbo em outros tempos verbais. Ele tem sido muito usado por pessoas do telemarketing e perceba que todo mundo fica irritado com as falas desses profissionais, e, não é à toa, é porque as frases construídas com gerúndio tendem a soar mal aos nossos ouvidos, porque nos induzem a pensar que estamos sendo enrolados. Vide exemplos:

1) Estarei fazendo (ou completando) a ligação em segundos. (HORRÍVEL)

Correto: Farei (passarei) a ligação em segundos.

2) Estarei informando o setor responsável. (HORRÍVEL) / Correto: Informarei o setor responsável.

verbos compostos: boa parte das vezes, as pessoas que usam verbos compostos acabam por cair nas malhas do gerundismo, portanto, cuidado no uso. Ocorrem também confusões se for composição com os verbos ter e haver.

palavras repetidas: verificar sempre no texto o uso de: que, para, mas, pois, porque – porque tendemos a repetir demais esses termos. Dica de correção: acione o comando “ctrl + u” e digite lá cada uma dessas palavras e vá buscando no texto, perceberá quantas

shift seleciona ctrln = negrito

Emprego de eu e mim

EU: emprega-se este pronome reto, equivalente ao sujeito da oração, em frases ou enunciados seguidos por um verbo. Ex.: O material é para eu trazer.

MIM: emprega-se este pronome oblíquo tônico, quando funciona como objeto direto ou indireto, em frases ou enunciados terminados pelo próprio pronome. Ex.: Este livro é para mim.

NOTA: quando com usa-se a preposição “entre”, emprega-se “mim” ou “eu” conforme exemplos abaixo:

Entre mim e Maria só havia amor.

Entre Maria e eu só havia amor.

Essa segunda forma só utilizada quando colocamos a outra pessoa em primeiro plano.

Emprego do Mal e Mau

MAL: com valor de advérbio, é palavra invariável. Basta efetuar a troca pelo BEM.

Mal chegou, saiu.

Ela está mal de saúde.

Marieta é mal humorada.

MAU: com valor de adjetivo, é palavra variável. Basta efetuar a troca por BOM.

O mau aluno não estuda.

Todo homem é mau caráter.

Marieta está sempre de mau humor.

Emprego de há e a:

HÁ: indicativo do verbo haver, refere-se a um tempo passado ou existência.

Há anos não viajamos.

Há alunos na sala.

A: indicativo de tempo e futuro.

Sairei daqui a duas horas.

Meio e Meia

MEIO: com a função de advérbio, é palavra invariável, indica um pouco.

Ela voltou meio triste.

As meias estão meio molhadas.

MEIA: com a função de metade, é palavra adjetiva, portanto, variável.

Ela tomou meio copo de cerveja e ficou meio bêbada.

Minha mãe comprou meia dúzia de ovos.

Ele comprou duas meias entradas.

Mais ou Mas?

Mais = sempre usado no sentido de proporção / quantidade.

Mas = usado sempre no sentido de adversidade / de condição / contradição.

Ex.: Quanto mais eu ando, mais perto fico do local.

Nunca fico mais que 10 minutos embaixo do chuveiro.

Vou contigo visitar sua amiga, mas não quero perder muito tempo.

Miriam comprou laranjas, mas queria comprar mexericas.

Forma verbal correta no uso da palavra gente:

Sempre que usar “gente” o verbo ficará no singular:

A gente pode ir se conhecendo por e-mail.

A gente vai até a praça.

A gente pode fazer um relatório.

Erros comuns - CUIDADO: A gente vamos ...

Vamos – verbo com pronome

Nós vamos nos conhecendo.

Vamos nos ver amanhã.

Vamos nos encontrar daqui a pouco.

Alerta: Há pessoas que falam “Nós vamos se conhecer”. Está certo isso?

OBS.: Se compararmos o uso da palavra gente com o pronome nós, conclui-se que todo verbo usado com a palavra “gente” é conjugado no singular e todo verbo usado com o pronome “nós”, o verbo deve ser conjugado no plural.

Emprego dos porquês

a) Por que: iniciando frases interrogativas, sempre separado e sem acento.

b) Por quê: no final de frases interrogativas, sempre separado e com acento.

c) Por que: entre orações, equivalendo a um pronome relativo, separado e sem acento.

A causa por que lutamos é nobre.

d) Por que: entre orações, equivalendo a uma conjunção adverbial final, separado e sem acento.

Ela voltou por que o encontrasse. (substitui-se por para que)

e) Porque: com a função de conjunção, sempre junto e sem acento.

Leve-lhe flores, porque ela aniversaria hoje.

(substitui-se pela conjunção coordenativa explicativa: pois)

f) Porquê: função de substantivo, é antecedido por artigo ou pronome, sempre junto e acentuado.

O porquê é uma conjunção.

Este porquê foi mal empregado.

A OCAS precisa de ajuda, saiba o porquê.

• Haja vista

• Haja visto - não existe

• Traz – derivado do verbo trazer, sempre é com “z”

• Atrás, detrás, por trás – sempre com “s” quando indica posição de algum objeto

• Através – cruzar de um lado a outro, transversal. No sentido sempre de cortar alguma coisa de lado a lado. Portanto, não devemos usar: através dessa carta, através dessa palestra, através desse livro

Vamos – verbo com pronome

Nós vamos nos conhecendo.

Vamos nos ver amanhã.

Vamos nos encontrar daqui a pouco.

Alerta: Há pessoas que falam “Nós vamos se conhecer”.

Está certo isso?

OBS.: Se compararmos o uso da palavra gente com o pronome nós, conclui-se que todo verbo usado com a palavra “gente” é conjugado no singular e todo verbo usado com o pronome “nós”, o verbo deve ser conjugado no plural.

Uso do verbo quando fala-se em horas

O relógio da botica deu 3 horas.

Deram 3 horas no relógio da botica.

Faz 10 minutos que cheguei.

Menos

Menos é sempre menos, NÃO EXISTE “menas”.

Ex.: Compre menos coisas, para economizar.

MAIOR ou MAIORES

Cuidado com o uso dessas duas palavras, nunca diga “maiores informações”, o correto é mais informações. Explicação: maior deve ser usado para demonstrar tamanho de algo, quando queremos indicar quantidade, o correto é mais.

Outras possibilidades de erros verbais

Choveu durante o festival.

Havia poucos alunos na sala.

(verbo haver em casos semelhantes devem ser usados no singular)

Existem muitas reclamações.

(verbo existir em casos semelhantes devem ser usados no plural)

Há muitas reclamações. (verbo haver em casos semelhantes devem ser usados no singular)

Choveram papéis picados.

(verbo chover geralmente em casos semelhantes devem ser usados no plural)

Vossa excelência apreciou o jantar.

Vossas excelências apreciaram o jantar.

Fui eu quem fez os exercícios.

Foram eles que fizeram os exercícios.

Coma bastantes frutas. (Essa construção pode parecer horrível, mas é a correta, então se não for usar da forma correta, mude a frase utilizando o advérbio “muitas/muitos”)

É necessária fé. (a fé é uma palavra utilizada sempre com o artigo “a”, ou seja no feminino, portanto, cuidado no uso de outras palavras com “a fé”)

É proibida a entrada. (idem acima, observem que há inúmeras placas que citam: “É proibido a entrada” e essas estão completamente erradas. Se inverter a frase para “A entrada é proibida” fica óbvio qual é a construção correta da frase.

A cerveja é boa. / Cerveja é bom.

Ele corre risco de vida. (alguém corre risco de vida?). As pessoas correm risco de morrer, portanto é sempre “RISCO DE MORTE”.

Alerta: Evitar uso de Tu e Vos, para não confundir como se usa com determinados verbos.

Dica: tente mudar a construção da frase para algo mais fácil, que não tenha que usar termos que o deixem na dúvida ao escrever.

3º exercício:

Com base nos exercícios anteriores, determine a estrutura/esqueleto do texto, considerando: tema, título e subtítulos utilizando as ideias e os tópicos já criados.

Pontuação

VÍRGULA

Composição de uma oração em ordem direta:

SUJEITO  VERBO  COMPLEMENTO DO VERBO  ADJUNTO ADVERBIAL

Ex.: As autoridades visitaram o salão do automóvel às 10 horas.

Composição de uma oração em ordem indireta (quando a progressão acima for alterada):

Ex.: Ás 10 horas, as autoridades visitaram o salão do automóvel.

As autoridades, às 10 horas, visitaram o salão do automóvel.

Pelos exemplos acima podemos observar que nem sempre os termos da oração ocorrem dispostos em ordem direta: há inversões, há intercalações e pode haver omissão de termos que ficam ocultos na cadeia da frase. Na linguagem escrita, comumente esses fenômenos são marcados por vírgula.

Nem sempre quando fazemos pausa quando oramos usamos a vírgula. Para utilizarmos a vírgula devemos observar as regras da língua escrita.

Entre sujeito e predicado não se utiliza a vírgula. Vide Ex.: O pensamento normal da personalidade pressupõe bom ambiente.

CASOS EM QUE NÃO SE USA A VÍRGULA

1º.) Entre o sujeito e o predicado. Ex.: Todos os componentes da mesa recusaram a proposta.

2º.) Entre o verbo e seus complementos. Ex.: O trabalho custou sacrifício aos realizadores.

3º.) Entre o nome e o complemento nominal e adjunto adnominal. Ex.: A intrigante resposta do mestre ao aluno despertou reações.

CASOS EM QUE SE USA A VÍRGULA

PARA MARCAR INTERCALAÇÕES

1º.) Do adjunto adverbial. Ex.: Ele, com razão, sustenta opinião contrária.

2º.) Da conjunção. Ex.: Não há, portanto, nenhum risco no negócio.

3º.) Das expressões explicativas ou corretivas. Ex.: Todos se omitiram, isto é, colaboraram com os adversários.

PARA MARCAR INVERSÕES

4º.) Do adjunto adverbial (no início da oração). Ex.: Por cautela, deixamos um depósito. OBS.: pode-se omitir a vírgula, a menos que o adjunto adverbial tenha alguma extensão.

5º.) Do complemento pleonástico antecipado ao verbo. Ex.: Casos mais importantes, já os apresentei.

6º.) Do nome de lugar antecipado a datas. Ex.: São Paulo, 1 de junho de 1998.

7º.) Para separar termos coordenados (em enumeração). Ex.: O livro estava sujo, rasgado, imprestável.

8º.) Para marcar elipse do verbo. Ex.: Nós trabalhamos com fatos; vocês, com hipóteses.

PARA ISOLAR

9º.) Em frases com vocativo. Ex.: Não demores tanto, meu filho.

10º.) Em frases com aposto. Ex.: O tempo, nosso inimigo, corre rápido.

USO DA VÍRGULA ENTRE AS ORAÇÕES DO PERÍODO

11º.) Subordinadas Substantivas. Não se separam da oração principal através de vírgula. Faz exceção a substantiva apositiva, que se separa por dois pontos ou por vírgula.

Ex.: Não se imaginava que a propaganda seria tão agressiva.

Oração principal Oração subordinada substantiva

12º.) Subordinadas Adjetivas. A adjetiva restritiva não se separa da principal através de vírgula.

Ex.: São raros os programas de TV que trazem algum proveito.

Oração principal O S adjetiva restritiva

OBS.: Pode ocorrer vírgula depois da oração subordinada adjetiva restritiva sobretudo se ela tem certa extensão ou se termina por um verbo contíguo ao da oração seguinte.

Ex.: Os empreendimentos que mais convinham, foram entregues a outros.

O S Adj. Restritiva

A adjetiva explicativa vem sempre isolada entre vírgulas.

Ex.: O juiz, que era íntegro, não se vendeu.

13º.) SUBORDINADAS ADVERBIAIS: Sempre é correto o uso da vírgula entre as subordinadas adverbiais e a oração principal. Ex.: Ainda que a situação tenha sido adversa, conseguimos bom resultado.

14º.) ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS: Separam-se por vírgula entre si. Ex.: Pegou o recado, leu-o, disparou para a rua. (todas as orações são coordenadas assindéticas)

15º.) ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS: As coordenadas sindéticas exceto as aditivas iniciadas por E, separam-se por vírgula. Ex.: Penso, logo existo.

As coordenadas sindéticas introduzidas pela conjunção e podem separar-se por vírgula nos seguintes casos:

• Se os sujeitos forem diferentes. Ex.: Os responsáveis eram eles, e nós tivemos de assumir.

• Se o e vier repetido várias vezes a título de ênfase. Ex.: E falou, e pediu, e insistiu.

16º.) ORAÇÕES INTERCALADAS: Separam-se por vírgulas. Ex.: Não podemos, dizia ele, pagar o bem com o mal. Obs.: Oração intercalada pode vir separada pelo duplo travessão e por parênteses.

Ponto e vírgula

Ponto e vírgula pode ser utilizado no lugar da vírgula em alguns casos, para melhor organizar itens elencados.

Exemplo:

Ele chegou adiantado, como de costume; por isso, presenciou a cena desde o começo.

Vamos formar três equipes: João, Paulo e Carlos; Maria, Jorge e Rute; Otávio, Andréa e Lucas.

Para elencar itens / tópicos que venham acompanhados de numeração, sinais ou letras. Exemplos:

Dois Pontos

1) quando enumera-se itens em texto;

2) antes de uma citação;

3) quando a seguir for dada alguma explicação;

4) após palavras como Nota, Exemplo, Importante, Observação, Referência, Referente, Assunto e outras do gênero.

Aspas

1) Usa-se quando há citações de autores ou outras pessoas;

2) Quando há uma palavra em outra língua;

3) Quando é citado um ditado popular;

4) Ao escrever uma gíria ou uma frase de uso comum que fuja do senso formal.

Reticências (...)

1) Usa-se quando se corta o pensamento que fica subentendido no texto;

2) Para indicar hesitação;

3) Quando se está citando um trecho de um autor, mas não na íntegra, se tinha texto antes, coloca-se antes os três pontinho, se havia texto depois, coloca-se na seqüência do texto copiado. E pode também ser colocada antes e depois, se havia texto antes e depois.

4) Para transmitir emoção, ao descrever uma cena ou um sentimento.

NÃO OCORRE CRASE DIANTE DE:

Verbos;

Pronomes de tratamento, exceção senhora, senhorita;

Pronomes que não admitem artigos: esta, ninguém etc.;

Palavra no plural, quando o “a” estiver no singular. Ex.: Estamos a milhas de distância de casa. / Meu coração está a milhões de batimentos.

Artigo indefinido uma;

Da palavra terra quando esta designar chão firme;

Palavra casa, quando não vier determinada por um adjunto adnominal;

Nas locuções formadas por palavras repetidas: lado a lado, cara a cara, frente a frente.

OCORRE CRASE:

 Palavra feminina que admita o artigo “a” ou “as”, precedida de um verbo que necessite da preposição: O táxi chegou à esquina.

 Se substituir a palavra masculina que exige a preposição “ao” pela feminina, leva crase: Refiro-me à professora de inglês.

 Se substituir o “a” por “para a”, ocorre crase. Peça à garota para ir com você ao teatro.

 Substitui-se o vero ir pelo verbo voltar, se no voltar se usar a preposição da, ocorre crase. Maria deverá ir à Bahia.

 Ocorre crase diante da palavra terra, quando designar local, região, pátria ou planeta. Vá à terra de seus parentes.

 Quando a palavra casa for determinada, por adjetivo ou locução adjetiva, ocorre crase. Deves voltar à casa de seus pais.

 Precedida dos pronomes demonstrativos: a aquele, a aquela, a aquilo, contrai-se, excluindo o artigo a, ficando como a seguir: àquele, àquela e àquilo. Ex.: Àquela hora eu estava cansada.

CRASE FACULTATIVA:

 Em locução adverbial de instrumento é facultativa: Foi ferido à bala. (pode-se não usar);

 Diante de nome próprio feminino: Espero oferecer a Joana um presente digno;

 Diante de pronome possessivo feminino: O professor dirigi-se a minha carteira;

 Depois da preposição até: Levantou-se e foi até a janela.

TIPOS DE TEXTOS

Ao se criar um texto, pode-se ou não ter a liberdade de escolher um tipo de narrativa. Muitas vezes, quando temos que construir um texto, como em concursos e vestibulares já nos é imposto um tipo de narrativa. Mas no dia-a-dia, podemos não só escolher um único tipo, como também mesclar todos eles.

Seguem as dicas do que contém cada uma delas, para que se possa identificar de forma correta que tipo de texto está sendo pedido. As descrições abaixo servem também para escolher como será elaborado o texto, mas atente-se para que cada um desses atende determinados modelos de textos a serem escritos nas nossas atividades diárias (comerciais e outros).

NARRAÇÃO

Caracteriza-se pela movimentação/ação das personagens, através de verbos de ação. Ex.: A criança entrou na sala, procurou pelos brinquedos que havia escondido pela manhã. Ou seja, uma narrativa conta um fato, uma história.

Narração se encaixa numa carta comercial?

Por que sim ou não?

DESCRIÇÃO

O narrador avalia o que está a sua volta e descreve cenas, objetos, ações etc;

Nesse tipo de texto é comum se usar palavras adjetivas, quando surgem verbos são de estado ou de ligação. Ex.: O céu estava alaranjado, a terra rachando e o gado minguando, e, lá ia a família de Fabiano. Neste caso, somente o verbo “ia” indica narração, prevalecendo a descrição.

DISSERTAÇÃO

Caracteriza-se, através de uma hipótese, gerar uma tese, através de argumentações. Representa a tentativa em se provar algum fato. Ou seja apresenta uma idéia, defende-a, argumentando, a fim de provar alguma coisa. Ex.: O que é felicidade? Felicidade é um estado de espírito, em que a pessoa está satisfeita consigo, porque conseguiu sucesso profissional e também porque tem uma família unida.

É comum encontrarmos textos com todas as características, mas para classificar um texto, considera-se a narrativa que prevalece por maior tempo.

Num texto comercial podemos usar recursos de narração, descrição e até mesmo de dissertação.

Artigo: é um texto que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento. Se for científico, tem que estruturar de acordo com as normas da ABNT, mas se for para um blog ou outras publicações, deve seguir a norma culta, em linguagem formal.

Estrutura:

Introdução: deve-se expor o tema, o ponto de vista da abordagem, a finalidade, os objetivos do trabalho e a justificativa da escolha do tema.

Desenvolvimento: é a principal e mais extensa parte do trabalho, na qual constará a fundamentação teórica, a metodologia, os resultados e

a discussão.

Conclusão: é nesta parte que o autor apresentará de forma fundamentada a conclusão a que chegou em função de seus estudos sobre o tema e as hipóteses antes lançadas.

Currículo - Estrutura / Template:

Nome

Nacionalidade / Estado civil / idade

Endereço

Fones de contato

Email / blog / site

Objetivo

Formação Acadêmica

Idiomas

Síntese de Qualificações

Experiência Profissional

Cursos e Eventos

Nota

A equipe da Universidade de Guarulhos manifesta profunda tristeza pela morte da professora do Curso de Design – Maria das Dores. Por mais de 10 anos ela dedicou-se à produção de conhecimentos no curso de Design, orientando os estudantes e contribuindo na otimização de resultados no aprendizado.

O Grupo Pão de Açúcar informa que os produtos da marca Bello’s, comprados na semana de 01 a 07 de julho, deverão ser trocados em qualquer loja da rede, porque as embalagens apresentaram defeito.

Texto Autobiográfico

Exerci funções diversificadas nas empresas para as quais trabalhei, tendo exercido o cargo de coordenadora de equipe na área de administração de vendas. Adquiri bons conhecimentos das áreas de comunicação, jurídica, administrativa, comercial e, principalmente, sobre administração pública. Aplico-me intensivamente ao trabalho, sou apaixonada por jornalismo, além de ser dinâmica, organizada e ter iniciativa. Mas o que essas experiências têm a ver com a área da comunicação? Tudo, porque conhecimentos diversificados podem ser utilizados durante a execução de reportagens, podem também contribuir no diálogo entre pessoas, empresas, órgãos públicos e outros.

Tenho artigo publicado no site Texto Vivo, reportagens nos sites Portal da Imprensa, Dimenstein, Entre Palavras, Oboré, Abraji, Infância & Festa, no jornal Expressão e nas revistas Gestão & Negócios, Comércio & Serviços, Shoppings, Meu Próprio Negócio e NTime. Apesar de não ter atuado na área de comunicação com carteira assinada, atuo como freelancer em qualquer editoria, porque gosto da diversidade de informações.

Mini currículo

Paulo Ghiraldelli Jr., filósofo, escritor, Doutor e Mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo; Doutor e Mestre em Filosofia e História da Educação pela PUC-SP; Livre Docente e Titular pela UNESP; concluiu seu de pós-Doutorado na UERJ, na área de Medicina Social; e, atualmente é Diretor do Centro de Estudos em Filosofia Americana.

Edição

A arte de escrever

Graciliano Ramos

Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes.

Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota.

Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.

EDIÇÃO

Editar um texto significa corrigir e adequar sua linguagem.

Na correção devemos eliminar erros gramaticais, de concordância verbal ou nominal e de pontuação.

Devemos aproveitar o momento para checar se não há uso recorrente de determinadas palavras e também de vícios de linguagem.

A formatação do texto também é muito importante ser checada, mas atente-se que cada tipo de texto exige um tipo de formatação específico. Pense em Comunicações Internas, TCC’s, jornalísticos, cartas comerciais, cartas oficiais, poesias etc.

Na edição também aproveitamos para eliminar termos e frases desnecessários ao perfeito entendimento. Lembre-se: escrever bem não é sinônimo de rebuscar.

Redução de textos - Sempre que construir uma frase longa, leia em vos alta e veja como lhe provoca falta de fôlego. É bem provável que ela pode ser diminuída ou transformada em mais de uma frase. Lembre-se sempre que períodos curtos não cansam o leitor.

DICA: Pratique redução de textos diversos, esse exercício treina nossa forma de escrever.

Utilizando os recursos do Word:

1) Localizar e substituir

2) Dicionário de sinônimos

3) Recortar e colar

4) Ortografia e gramática

5) Contagem de palavras

6) Elucidar alterações

7) Bloquear alterações.

Dicas de leitura:

- Dicionários (de verbos, significados, sinônimos, antônimos e o que mais surgir);

- site: http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12384

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