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Documentário Introdução

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Por:   •  2/4/2014  •  573 Palavras (3 Páginas)  •  205 Visualizações

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O documentário “Justiça”, de Maria Augusta Ramos, mostra o cotidiano dos funcionários do Judiciário, mais precisamente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que são os promotores, juízes e defensores públicos, e dos réus e seus familiares, demonstrando o procedimento burocrático desse dia-a-dia e a situação precário do sistema carcerário brasileiro, como a carceragem do Polinter, “espaço” esse em que poucos brasileiros tem idéia de como realmente seja. Com destaque para a defensora Maria Ignez Kato e os seus réus, o documentário retrata não apenas esse espaço restrito, que é o objetivo do documentário, mas também a situação da sociedade brasileira, principalmente das grandes metrópoles, como o Rio de Janeiro, com o seu cotidiano de terror representado no filme, como o furto e o tráfico de drogas.

Em uma parte do documentário, a defensora profere uma frase que demonstra em grande parte a realidade do crime no Brasil: “quem tá preso é só pé-de-chinelo”. Isso demonstra não apenas o fato de maior parte dos criminosos serem pobres, mas também um “ceticismo” dos próprios funcionários do judiciário. A própria defensora mostra uma desilusão com seu trabalho, pois ela ressalta que “trabalha, trabalha, e não vê resultado”. Além disso, Há um grande paradoxo, pois enquanto há normas para suspensão do processo, para penas alternativas, os presídios e delegacias estão superlotadas. Não se sabe o que é pior, se é ver um criminoso livre ou as condições tenebrosas dos presídios. Onde está a segurança para a sociedade brasileira?

Há uma falsa visão de que a privação da liberdade para os criminosos vai salvar a sociedade. Têm que haver uma inserção deles na sociedade. Além de se perceber que a maioria dos presos são pobres, nota-se também a preponderância do sexo masculino. E o pior: o que será das esposas e dos filhos desses criminosos? Além disso, há o sofrimento dos familares, principalmente dos pais. Também chama bastante atenção a presença de símbolos religiosos nessas instituiçoes públicas, enquanto a constituição garante que o Estado é laico. Mais interessante ainda é o utopismo das penas alternativas, onde o condenado vai prestar serviços à comunidade e apreender o valor da solidariedade. A defensora também demonstra a visão dos juízes quanto à necessidade de manter presos esses criminosos, principalmante os reincindentes, como se a prisão fosse salvar a sociedade, já que “a dois ou três dias esses criminosos vão cometer outros crimes e vão estar presos novamente.”

Será que a justiça realmente existe? Se existe, aqui no Brasil está longe daquela retratada nos filmes norte-americanos. Enquanto se mostra o esplendor do Judiciário, com seus prédios, os bons salários da magistratura, toda a postura e a disposição dos seus componentes, as finalidades dos códigos de manter a estabilidade, a sociedade vive um verdadeiro terror.Segundo o documentário, as leis não guardam a menor intimidade com a realidade, o medo toma conta das pessoas, o modo parcial que os juízes julgam um réu, como foi retratado pela defensora Maria Ignez, causam cada vez mais um descrédito da população em relação à “justiça” e à segurança. Assim, o documentário mostra que, no Brasil, a “Justiça” é um choque de realidade, que as pessoas geralmente

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