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Durkheim

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Por:   •  23/5/2013  •  Seminário  •  435 Palavras (2 Páginas)  •  476 Visualizações

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Faz um tempão que eu não dou uma rexeretada na obra de Durkheim, mas vamos tentar.

Os chamados sentimentos humanos são fruto da coerção social porque, segundo ele, o normal seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência tangível. Essa supremacia da sociedade sobre o indivíduo deve satisfazer a esse indivíduo, desde que ele consiga integrar-se ao conjunto de regras definidos por ela e para que não hajam conflitos exagerados a ponto de dissolvê-la, se faz necessário o favorecimento de mecanismos mantenedores de uma "solidariedade" entre seus membros. Note que a coerção não é algo simplesmente imposto, mas acordado entre os membros dessa sociedade sob a forma de um "contrato social" (Rousseau) no qual o indivíduo abre mão de alguns direitos individuais para se beneficiar de um mecanismo de proteção coletiva ao qual chamamos de "Estado".

Uma vez que a solidariedade varia segundo o grau de modernidade da sociedade, a "norma moral" tende a tornar-se "norma jurídica" na medida em que essa sociedade vai se desenvolvendo e se complexificando, pois é preciso definir, as regras de cooperação e troca de serviços entre os seus membros. Esse fenômeno é definido por Durkheim como "solidariedade orgânica".

Uma vez que o indivíduo é gerado e educado dentro e por esse "organismo social", inconciente e concientemente ele se molda ao funcionamento desse organismo, tal como o órgão de um ser vivo que o mantém vivo porque não é capaz de sobreviver sem ele. Daí o fato do pensamento durkheimiano ser rotulado de organicista.

Para que um sentimento fosse considerado inato, ele deveria ser comum a todos os indivíduos de todas as sociedades e ser detectado nos primeiros minutos de vida de cada indivíduo. O único exemplo que eu consigo me lembrar agora seria o choro, mas o choro em sí não é um sentimento, mas a manifestação de diversos sentimentos. Até o medo, que seria uma forma de "instinto de sobrevivência" nos é ensinado. Note como as crianças pequenas não temem o fogo e nem os insetos perigosos. Esses "instintos" vão se revelando coforme a criança vai crescendo e muitas vezes (grande prova de que são apreendidos e não inatos) se transformam em fobias quando são mal ensinados.

Durkheim vê construções sociais em todos os fatos sociais, descarta as manifestações chamadas naturais e define atitudes sociais fora da conduta moral aceitável como "patologias sociais". Entre elas podemos descartar o suicídio e eu, particularmente, me atrevo colocar como uma patologia social brasileira, a corrupção.

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