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Economia Politica

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Por:   •  4/7/2014  •  1.062 Palavras (5 Páginas)  •  276 Visualizações

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Desenvolvimento de análise da Crise Ucraniana de 2014 a partir

de um paradigma (Liberal, Nacionalista ou Marxista)

no campo da Economia Política

A chamada Crise da Criméia que acontece no decorrer do presente ano é uma crise político-institucional ocorrida na seqüência da revolução ucra-niana de 2014, na qual foi deposto o governo do presidente Yanukovych. Trata-se de protestos de grupos russos étnicos que se opuseram aos eventos que aconteciam em Kiev e reivindicam laços estreitos ou a integração com a Rús-sia, além de autonomia expandida ou possível independência da Crimeia.

A atual situação sobre a Crise na Criméia não evidencia apenas o que muitos vêem como renovadas ambições expansionistas da Rússia de Puttin, mas também desperta preocupações entre os visinhos no Leste Europeu como Moscou, que traz a tona os conflitos “congelados” no tempo, ocorridos após a ruptura da URSS, fato ocorrido em 1991.

Foi em novembro de 2013, que a crise teve seu início quando o então Presidente da Ucrânia Viktor Yanukovich não assinou com a União Européia o acordo que priorizava as relações com a Rússia. Em troca recebeu a promessa de um pacote de ajuda de US$ 15 bilhões de dólares de Moscou, além da re-dução no preço do gás russo. Entretanto os ucranianos como conseqüência fi-zeram um protesto na cidade de Kiev, onde milhares de pessoas foram às ruas para manifestar contrariedade sob a decisão de Victor. Que também assumiu uma postura contra os manifestantes e os reprimiu com violência. Mas foi em fevereiro deste ano que os confrontos entre ativistas e as forças de segurança só aumentaram tendo como conseqüência do embate um resultado de pelo menos 82 pessoas mortas.

Já no dia primeiro de março o parlamento russo concedeu ao presidente russo, Vladimir Pudim, a autoridade para usar a força militar na Ucrânia. lsso fez com que os Estados Unidos e os seus aliados condenassem a possível in-tervenção russa na Criméia, incentivando a Rússia a retirar-se.

É de conhecimento internacional que múltiplos interesses estão direcio-nados na invasão da Criméia. Um dos principais interesses russos é a exten-são dos gasodutos e também a base militar da Criméia devido a sua localiza-ção estratégica entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Morto.

O Presidente Yanukovich um dia após ter concordado com concessões para a oposição deixou a capital Kiev e o palácio presidencial juntamente com os outros prédios governamentais que foram ocupados pelas milícias. Foi as-sim que formou-se um governo interino e novas eleições foram marcadas para maio. Mesmo com a queda de Yanukovich a população da região leste e sul, especificamente da Criméia, protestavam nas ruas contra o que consideram um Golpe de Estado em Kiev. Os russos tomaram partido e condenaram o golpe também.

Um questionamento internacional feito até o momento sem resposta é o que acontecerá se as medidas militares forem tomadas pela Rússia contra a Ucrânia ou a Moldávia? Debates para minimizar os danos dominarão as con-versas do G7, na sede da Comissão Européia e da OTAN. Entretanto, é de co-nhecimento que não haverá reunião do G8 em Sochi, já que a Rússia não faz mais parte desse clube exclusivo, que se tornou o novo G7. Existem incertezas do que acontecerá se uma ação militar russa gerar sanções em grande escala ou ocasionar um aumento das tropas americanas na Europa. Uma das conse-quências seria a formação de uma nova era de gelo diplomacia internacional.

Pelo paradigma Marxista que é a economia que conduz a política, os confli-tos nascem da luta entre as classes sociais, ou seja, a causa das crises é sempre o excesso da acumulação de capital, que, a partir de determinado momento, não encontra condições de se realizar, ou seja, ao permitir a queima de capital, as cri-ses liberam espaço para a continuidade do processo de acumulação. Cerca de quase três décadas, o capitalismo vem sendo comandado pelo lado financeiro e isso introduziu mudanças significativas na forma de operar do sistema.

Para Marx as crises servem para renovar a capacidade de expansão do sistema, ou seja, o modo pelo qual ele funciona e não o modo pelo qual ele falhará, pois, enxerga nesses eventos a característica que define o capitalismo. Tendo ci-ência que é um sistema complexo e dinâmico, movido a contradições, esses episódios são, para ele, tão naturais quanto necessários. É o momento em que as con-tradições se materializam e exigem solução sob pena de se comprometer a viabilidade do sistema.

O lado produtivo e financeiro operam concomitantemente nos momentos de aceleração e auge nos de desaceleração e de crise, cabendo ao último um pa-pel multiplicador, tende a inflar a economia nos momentos de crescimento, tornando mais profundos, por conseqüência, os momentos de crise. O capitalismo vem sendo comandado pelo lado financeiro há quase três décadas e isso introduziu mudanças significativas na forma de operar do sistema. A riqueza financeira, constituída em boa parte por aquilo que Marx denominou capital fictício, cresce exponencialmente.

Tais conseqüências deixam o sistema estruturalmente frágil, as pressões que se exercem sobre o setor produtivo são por isso enorme, justificando toda sor-te de barbarismos e retrocessos na relação capital-trabalho. O sistema fica muito mais exposto às crises provocadas pelos movimentos dos estoques de riqueza que caracterizam o lado financeiro do sistema. Tanto que desde os anos 80 o capitalismo já experimentou pelo menos cinco grandes crises, contando a maior delas, a referida crise.

Nesse contexto podemos analisar como a Crise da Criméia se encaixa na Teoria Marxista, partindo do ponto em que há uma grande luta de interesses por parte da Rússia e as demais potencias envolvidas, já que a Criméia está em um local estratégico. A população da Criméia sempre sonhou fazer parte da Rússia, como já fez parte antigamente e a maioria da população Ucraniana é russa, pois o território da Criméia foi anexado a Ucrânia em 1954, dado pelo líder Soviético Niki-ta Khrushchev. Estão sendo aplicadas diversas sanções a Rússia, por quase todos os grupos das grandes potencias.

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