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Efluentes Industriais I

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Por:   •  15/4/2014  •  1.254 Palavras (6 Páginas)  •  368 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Sabe-se que a água é um recurso natural de grande escala, e que por muito tempo encarou-se a água como um recurso inesgotável. Porém, ultimamente tem-se percebido a importância da conservação da água não só para as gerações futuras, mas principalmente para a geração atual. Para isso, tem-se procurado elaborar diversos projetos para melhor aproveitamento e reaproveitamento da água, de forma a evitar seu desperdício.

Paralelo à questão de conservação dos recursos não renováveis, tem-se a necessidade atual de indústrias e empresas lidarem com as questões ambientais de forma a atender um exigente mercado de trabalho que, atualmente, procura lidar com desenvolvimento, custos e preservação.

Tendo em vista o desenvolvimento de tecnologias limpas, desenvolveu-se o reuso de efluentes líquidos, principalmente dos industriais, tendo em vista a conservação da água e redução de custos. Sendo assim, a reutilização da água reflete em menor captação de água de recursos hídricos e menor geração de efluentes líquidos a serem dispensados, diminuindo a poluição de recursos hídricos encarados como destinação final de efluentes.

Além disso, a reutilização de efluentes diminui os custos com tratamento, manutenção, monitoramento e recursos para lidar com órgãos ambientais. Sendo assim, elaborar um ciclo fechado para o efluente tem ganhado espaço e se tornado interessante do ponto de vista ambiental e financeiro e também de certa forma obrigatório, de acordo com algumas leis a favor da conservação dos recursos naturais.

2. DESENVOLVIMENTO

Na indústria a água pode ser reutilizada em forma líquida ou vapor, como matéria-prima, insumo e até mesmo para geração de energia. Tem-se a água como um fluido bastante utilizado para auxiliar os processos produtivos devido a sua boa capacidade de troca térmica e excelente solvência, além de ser uma substância não tóxica e abundante na natureza. Desta forma, a sua utilização é de fundamental importância para a continuidade operacional e segurança de processos industriais.

Entre as aplicações mais comuns da água na indústria, utiliza-se esta no estado vapor para o aquecimento de fluidos de processo em refervedores de torres de destilação e pré-aquecedores de carga; acionamento de turbina a vapor para funcionamento de equipamentos rotativos, como bombas, compressores e turbogeradores de energia elétrica; redução de pressão parcial de compostos leves para evitar degradação e auxiliar na destilação; selagem de equipamentos rotativos; sopragem de fuligem em fornos e caldeiras; atomização de combustíveis líquidos em fornos e caldeiras.

No estado líquido, a água é utilizada para o resfriamento de produtos intermediários e finais, através de trocadores de calor ou por contato direto; diluição de produtos químicos utilizados nos processos; absorção e extração de compostos polares; participação como reagente em reações químicas; verificação de estanqueidade de equipamentos (teste hidrostático); selagem de equipamentos rotativos; lavagem de equipamentos e sistemas durante a liberação para manutenção; hidrojateamento para limpeza de trocadores de calor e tanques; funcionamento de chuveiros e lava-olhos de emergência; combate a incêndio.

Apesar de suas diversas aplicações, as águas industriais produzidas nas unidades de tratamento devem atender os padrões de especificação exigidos pelos processos produtivos, de forma a não comprometer a integridade dos equipamentos. Sendo assim, os sistemas de tratamento de efluentes líquidos são diversos, sendo os mais conhecidos o físico-químico, que consiste em gradeamentos, separadores de água e óleo, adição de produtos químicos, precipitação e filtração. Tem-se também o sistema biológico, onde o tratamento do efluente ocorre através de bactérias que digerem a carga orgânica contida no efluente que é a vazão x demanda bioquímica de oxigênio (DBO) - quantidade de oxigênio necessária para degradar biologicamente a matéria orgânica. Há também o processo de eletrocoagulação, que é um processo de tratamento de efluentes através de eletrólise, podendo ser utilizado diversos tipos de eletrodos, dependendo da característica do efluente bruto.

Apesar de já existirem empresas especializadas no tratamento de efluentes para reuso, os custos de implantação e operação são altos, pois para o reuso deve ocorrer primeiramente o tratamento, sendo que a implantação de unidades de tratamento é o que encarece o procedimento de reuso, porém, devem ser observadas as vantagens do reaproveitamento de água como um todo.

Em estudo realizado por Santos et. al. há a sugestão de quatro etapas para o reaproveitamento de efluentes:

Etapa 1: Prevê a identificação das fontes geradoras de efluentes; a caracterização físico-química e biológica de cada corrente identificada; identificação das correntes passíveis de serem segregadas; especificação da qualidade de água necessária para uso num específico processo ou equipamento; identificação de oportunidades de reutilização de água sem tratamento prévio e identificação das correntes que necessitam de tratamento prévio.

Etapa 2: Prevê a elaboração dos estudos de tratabilidade, de forma a elaborar unidades de tratamento que possam identificar os meios necessários de tratamento da água de acordo com

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