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Empreendedor do Século - Amador Aguiar

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Por:   •  25/11/2013  •  Artigo  •  726 Palavras (3 Páginas)  •  356 Visualizações

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Empreendedor do Século - Amador Aguiar

O fundador do Bradesco, o maior banco privado da América Latina, com patrimônio líquido de R$ 6 bilhões e 67 mil funcionários, dormiu um dia num banco de praça. Tinha 16 anos e acabara de fugir da fazenda de café onde empunhava a enxada, em Sertãozinho (SP). Quatro anos antes, quando cursava o quarto ano primário, o pai, o lavrador João Antônio Aguiar, que tinha 13 filhos, o tirara da escola para que ele o ajudasse na plantação. Aos 16 anos, ele escapuliu (revoltado com o comportamento do pai, que bebia demais e era tido como mulherengo) e pegou no sono, ao relento, naquele banco de praça em Bebedouro (SP). De madrugada, foi acordado por um mendigo, que lhe pediu um trocado. Aguiar revirou os bolsos e só achou uma moeda. "Então, ele pensou: parece mentira, mas existe gente que tem menos do que eu", contou a ISTOÉ a neta Denise Aguiar.

Nascido a 11 de fevereiro de 1904, em Ribeirão Preto (SP), Amador Aguiar ainda estava sem rumo em Bebedouro quando entrou num restaurante. O dono olhou para o rapazote de mãos calejadas e perguntou se ele queria comer alguma coisa. "Não, primeiro eu quero trabalhar e só depois vou aceitar o prato de comida", disse Aguiar. Não demorou para que ele encontrasse emprego numa tipografia, na qual perdeu o dedo indicador da mão direita numa máquina de impressão.

Em 1926, aos 22 anos, Aguiar era office-boy na filial de Birigui (SP) do Banco Noroeste do Estado de São Paulo. Foi nessa época que começou a acalentar a idéia de subir na vida e, algum dia, tornar-se poderoso. Dois anos depois, numa carreira fulminante, ele já ocupava o cargo de gerente. Mais do que à ambição, ele atribuía o êxito a um detalhe aparentemente secundário. "Todo o meu sucesso profissional eu atribuo à asma. Eu não dormia à noite e, por isso, lia tudo sobre as atividades bancárias. Assim, superei muitos funcionários mais letrados do que eu."

Dez contos

Em 1943, o projeto de virar banqueiro começou a se concretizar quando, com amigos, adquiriu a Casa Bancária Almeida, um banco falido de Marília (SP). A instituição ganhou de imediato um novo nome: Banco Brasileiro de Descontos, o Bradesco. No dia da inauguração, a morte repentina do sócio escolhido para dirigir o novo negócio fez de Amador Aguiar o diretor-presidente. Além de plenos poderes, foi agraciado com um terço das ações do banco, que, por sinal, naquele momento, nada valiam. O Bradesco era tão insignificante que o próprio Aguiar fazia piada da sigla da instituição nascente. "Banco Brasileiro dos Dez Contos, se há?", alguém perguntava, e ele respondia às gargalhadas: "Não há!"

Em 1946, ele transferiu a sede do banco de Marília para a rua 15 de Novembro, no centro de São Paulo - sete anos depois, a administração do Bradesco seria instalada em Osasco, na Grande São Paulo, de onde nunca mais saiu. "Foi o pioneiro em separar a administração das agências", disse a ISTOÉ Lázaro Brandão, sucessor de Aguiar e presidente do Bradesco até pouco tempo atrás - atualmente, preside o Conselho de Administração. Segundo Brandão, a idéia de Aguiar era afastar os altos executivos do Bradesco dos problemas corriqueiros das agências. Com isso, sobraria tempo para eles se dedicarem

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