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Enchentes

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Por:   •  27/2/2014  •  Seminário  •  533 Palavras (3 Páginas)  •  474 Visualizações

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O início do ano de 2013 ficou marcado pelos deslizamentos e enchentes urbanas, em especial no estado do Rio de Janeiro, mas que também ocorreram em outros estados, como São Paulo e Minas Gerais. Esse cenário tem sido muito comum em diversas localidades brasileiras situadas em áreas próximas do litoral e nas encostas de planaltos e serranias que contornam a costa brasileira, e a população residente nesses locais permanece desamparada e destituída de um suporte eficaz por parte do poder público, que acaba tendo de assumir a sua incapacidade em evitar esse tipo de tragédia e gerenciar os seus impactos.

No dia 2 de janeiro de 2013, na cidade de Duque de Caxias, localizada na região metropolitana do Rio Janeiro, pelo menos duas pessoas morreram e cerca de 200 pessoas ficaram desabrigadas após uma chuva forte e duradoura que provocou a cheia do rio Saracuruna, no distrito de Xerém. Na mesma semana, os riscos de deslizamentos de terra obrigaram a desocupação de casas em cidades como Angra dos Reis, Teresópolis e Petrópolis. Mesmo a cidade do Rio de Janeiro, que detém enorme potencial turístico e em plena alta temporada, sofreu impactos com as enchentes que afetaram diversos bairros. Pouco mais de um mês após esse episódio, o município de São Paulo foi afetado por temporais que produziram diversos pontos de alagamento, paralisando algumas avenidas e até o transporte ferroviário.

O Brasil é reconhecido como um país tropical, o que significa que o território brasileiro está localizado em uma zona climática intertropical, sujeito a uma grande quantidade de insolação e possibilidades para a formação de climas mais úmidos, além de possuir uma grande faixa litorânea aquecida que também contribui para a formação de massas úmidas. A maior parte das grandes cidades brasileiras fica muito próxima de uma faixa de terra localizada entre o litoral e os planaltos, ou ainda nas proximidades de rios caudalosos e áreas de várzea.

Em que se pese o papel das chuvas fortes e típicas do verão brasileiro e de um relevo propenso aos processos erosivos mais intensos, o fundamento teórico que merece uma discussão mais ampla e detalhada diz respeito ao processo histórico de ocupação realizado no Brasil. Tomando como referência o êxodo-rural ocorrido no país, principalmente a partir da década de 1950, grandes deslocamentos populacionais no sentido campo-cidade incharam diversas cidades, cabendo ressaltar que as áreas de maior concentração de atividades econômicas do Brasil sempre estiveram localizadas entre os planaltos e o litoral. A escassez e o encarecimento dos imóveis centrais obrigaram as pessoas a buscarem as áreas de risco para fixar suas residências, promovendo uma série de ocupações irregulares em áreas de encostas e próximas de córregos e rios.

As alterações climáticas urbanas também estão relacionadas às enchentes. A retirada da cobertura vegetal e a impermeabilização realizada pela pavimentação e as edificações contribuem para a formação das ilhas de calor, aumentando as possibilidades de formação de temporais. Os esforços para o desenvolvimento de políticas preventivas precisam considerar todos esses fatores, pois não é possível resolver o problema das enchentes em pouco tempo, mas é preciso garantir condições de moradia dignas para aqueles que convivem todos os anos com essa realidade e, ao mesmo

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