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Enchentes Em Rondônia

Artigo: Enchentes Em Rondônia. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  29/8/2014  •  1.640 Palavras (7 Páginas)  •  257 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho, abordaremos as principais causas que levou as águas do Rio Madeira se elevarem causando assim a cheia histórica do rio madeira, mesmo não tendo chovido o quanto se esperava, ou seja, mesmo com as enchentes ocorridas às chuvas no Brasil foram abaixo da média, portanto, as águas que causaram a inundação do estado de Rondônia foram à consequência das chuvas ocorridas na Bolívia.

A inundação casou vários danos, dentre eles, podemos citar: danos materiais, milhares de pessoas desabrigadas e desalojadas, vários índices de doenças (leptospirose, diarreia, Hepatite A), impactos econômicos estima-se uma perda de R$ 3,6 bilhões, da área comercial e agropecuária. As principais cidades atingidas pela enchente foram: Porto Velho, Nova Mamoré e Guajará-Mirim. O cenário foi tão agravante que levou o estado decretar calamidade pública.

DESENVOLVIMENTO

O rio Madeira nasce na Cordilheira dos Andes entre Peru e Bolívia com o nome de rio Beni, desce a cordilheira encontrando outros rios e segue em direção a Rondônia, onde se torna o rio Madeira. Ele passa por todo o norte de Rondônia e passa pelo Estado do Amazonas, onde desemboca no rio Amazonas.

Nesta época chuvosa do Brasil, é comum observar a elevação no nível do rio Madeira, que acaba sendo muito utilizado para a navegação. Estes primeiros dois meses do ano são bastante chuvosos em Rondônia. Porém neste período, o que se observou foram chuvas abaixo da média na maior parte do Estado.

Então, a pergunta é: afinal, de onde veio toda essa água que fez o rio Madeira transbordar e bater recorde histórico? A resposta, na verdade, está bem próxima de nós. Na Bolívia.

Entre dezembro de 2013 e janeiro deste ano choveu muito na Bolívia, com acumulados bem acima da média. A quantidade de chuva que caiu na Bolívia fez com que o rio Beni transbordasse, afetando várias regiões.

Segundo informações da imprensa local, as cidades mais afetadas foram Beni, La Paz, Cochabamba e Chuquisaca, deixando milhares de pessoas desabrigadas. Parte dessa água continuou seu curso, descendo a cordilheira e vindo para o Brasil. Ocasionou o aumentou do nível do rio Madeira que consequentemente transbordou, só que agora em Rondônia, onde também havia chovido, devido à época, mesmo em quantidades menores.

No dia 27 de dezembro de 2013, o rio atingiu 14,12 metros e foi decretado estado de alerta. No dia 7 de fevereiro deste ano, o Rio Madeira chegou à cota de 16,45 metros e a prefeitura de Porto Velho decretou estado de emergência. No dia 26 de fevereiro, o prefeito Mauro Nassif decretou estado de calamidade pública em Porto Velho. O nível estava em 18,60 metros. Na quinta-feira (27), ele marcou 19,67 metros, o que levou o Estado do Acre a viver uma situação de calamidade. O Rio Madeira subia em média de cinco centímetros por dia.

Outro impacto causado pelas cheias foi o bloqueio da BR-364 que ficou intransitável, invadida pelo Madeira. A estrada liga Porto Velho a Rio Branco. O estado do Acre ficou isolado do resto do país por mais de 15 dias. Em Jaci Paraná, a 70 quilômetros de Porto Velho, havia apenas duas formas de prosseguir, ou por meio de barco ou era necessário levar o carro num caminhão, o que custava R$50.

Os danos causados pela cheia do Madeira não foram apenas materiais. Rondônia praticamente perdeu seu maior tesouro cultural, que é um museu dedicado a Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

A maior enchente registrada do Rio Madeira, em Rondônia, atingiu mais de 30 mil pessoas, entre desabrigados e desalojados, afetando principalmente os municípios de Porto Velho, Nova Mamoré e Guajará-Mirim.

DOENÇAS

Um dos maiores problemas com a enchente está sendo a contaminação das águas por coliformes fecais e principalmente o risco de contrair Leptospirose (doença provocada pela urina e fezes de ratos) e outras enfermidades como, hepatite A, tétano e diarreia. A diarreia já atingiu 1.347 pessoas em Porto Velho e 7.405 em todo o estado, segundo informações da SEAE (Secretaria de Estado de Assuntos Estratégicos).

Mesmo após a cheia o cuidado dever ser ainda maior, quando os desabrigados retornam para suas casas, tudo dever ser limpo com água purificada, os moveis precisam ser lavados e deixados para secar ao sol, pois, enquanto estiverem úmidos há o risco de contaminação, segundo a médica infectologista Antonieta Machado do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (CEMETRON).Por isso, as autoridades alertam para ferver a água que será utilizada, colocando duas gotas de hipoclorito de sódio para cada litro de água.

PREJUÍZOS ECONÔMICOS

Os prejuízos econômicos são estimados em mais de R$ 3,6 bilhões com perdas, principalmente, na agropecuária e comércio.

Os dados da Secretaria de Estado de Assuntos Estratégicos (SEAE) revelam que mais de 4,5 mil instalações públicas foram afetadas, como escolas, repartições, ginásios, entre outros. Alguns destes tiveram a estrutura completamente comprometida. Com isso, os prejuízos econômicos do estado representam, até o momento, mais de R$ 642,2 milhões. Segundo o governo, os dados divulgados, até o momento, são projeções e estimativas levantadas no período de cheia do rio para o decreto de estado de calamidade pública

Um dos itens exigidos pelo governo federal para o reconhecimento do estado de calamidade pública diz que é necessário o estado comprovar que os prejuízos somados dos danos humanos e materiais ultrapassem 8,33% da sua Receita Corrente Líquida,o que, para Rondônia, corresponde a cerca de R$ 400 milhões. De acordo com o levantamento do governo, com a cheia, estes prejuízos somados estão estimados em mais de R$ 814,9 milhões, mais que o dobro do estabelecido.

De acordo com a SEAE, os prejuízos privados (comércio e indústria) apenas dos municípios de Porto Velho e Nova Mamoré correspondem a R$ 1,2 bilhão. Com relação à Guajará-Mirim, onde o setor de hotelaria e comércio movimenta grande parte da economia local, tendo em vista o grande número de turistas que atravessam a fronteira para a Bolívia.

Ainda segundo o levantamento, somente na agricultura e pecuária dos municípios de Porto Velho, Guajará-Mirim e Nova Mamoré, os prejuízos somaram mais de R$ 613,3 milhões. Laticínios, rebanhos e lavouras inteiras foram perdidos. Com relações aos danos ambientais – áreas devastadas

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