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Ensino De Cálculo Diferencial E Integral

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Por:   •  20/10/2014  •  1.207 Palavras (5 Páginas)  •  291 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O ensino de Cálculo Diferencial e Integral A, nos cursos de Ciências Exatas e particularmente nos de Engenharia, vem sendo responsabilizado pelas altas taxas de evasão e repetência nos semestres iniciais desses cursos. Experiências vêm sendo realizadas para tentar minimizar as dificuldades apresentadas mas os resultados não diminuíram consideravelmente a evasão e a repetência.

Vemos que a educação superior tem por finalidade, entre outras, “formar diplomados nas diferentes áreas do conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira”, enfatizando bastante as competências e habilidades que os egressos desses cursos devem adquirir.

O ensino das disciplinas básicas, especialmente do Cálculo Diferencial e Integral, não está ainda atendendo essas exigências estando muito calcado nas explanações do professor, nos exercícios padronizados, na preocupação com o cumprimento de cronogramas.

Essas considerações, levaram-nos a repensar certas questões ligadas à aprendizagem enfocando os estilos de aprendizagem e apresentando dados de uma experiência realizada com uma turma de alunos de Cálculo Diferencial e Integral da PUCRS.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 ESTILOS DE APRENDIZAGEM

Os seres humanos têm diferentes estilos de aprendizagem, entre os vários estilos de aprendizagem, podemos destacar o de Felder-Silverman, que classifica os aprendizes em cinco dimensões: ativos/reflexivos; sensoriais/intuitivos; visuais/verbais; indutivos/ dedutivos; sequenciais/globais.

a) Ativo / Reflexivo

Os aprendizes ativos preferem aprender agindo sobre algo, testando, aplicando, manipulando, discutindo ou explicando o conteúdo para os outros. Preferem trabalhar em grupo e lhes é muito difícil quedar-se apenas a ouvir explanações. O aluno reflexivo prefere pensar sobre as coisas, processando introspectivamente as informações antes de fazer algo com elas.

b) Sensorial / Intuitivo

Os aprendizes sensoriais preferem as informações práticas, concretas, os fatos, as observações, o que vêm através dos sentidos. São metódicos, preferem resolver os problemas através de testagens. Os intuitivos fixam-se mais nos conceitos e teorias, no que surge através da reflexão, da imaginação. Apreciam as inovações, não se preocupam com a complexidade de um assunto, gostam de descobrir as possibilidades e as relações entre os conteúdos e às vezes, são descuidados com os detalhes.

c) Visual / Verbal

Os aprendizes visuais privilegiam as informações que vêm por imagens, diagramas, gráficos, esquemas, demonstrações de experiências, enquanto que os verbais preferem captar o que é falado, o que está escrito, as fórmulas que estão arroladas.

d) Indutivo / Dedutivo

Em uma apresentação de um assunto, os aprendizes indutivos começam pelos casos particulares (as observações, os resultados de experiências, os exemplos) para depois compreender os princípios e as teorias. Já os dedutivos, preferem ver primeiramente visão geral da teoria e depois deduzir suas aplicações para os casos específicos.

e) Sequencial / Global

Os aprendizes sequenciais gostam de aprender passo a passo, de forma que cada informação seja obtida logicamente da anterior. São capazes de resolver problemas ainda que não tenham uma compreensão global do assunto em pauta e suas soluções são ordenadas e fáceis de entender. Eles podem ter uma grande quantidade de informações corretas a cerca de um determinado conteúdo mas consideram difícil dar uma visão geral sobre o que está sendo estudado.

Os aprendizes globais captam as informações quase que aleatoriamente, não vendo as conexões até que, de repente, todo o quadro se lhes configura na mente. São holísticos e precisam ver como aquele conteúdo apresentado se relaciona com suas aprendizagens anteriores; ao compreender o todo, são capazes de resolver rapidamente problemas complexos, mas têm dificuldade em explicar as sequências de passos de seus raciocínios.

2.2 RELAÇÕES ENTRE ESTILOS DE APRENDIZAGEM E OUTROS CONSTRUCTOS TEÓRICOS

Os estilos de aprendizagem, ligados aos tipos psicológicos e a toda a história de vida de uma pessoa como aprendiz, nos levam a relacionar esse tema com a sua filosofia particular. Particularizando a discussão para a área da Matemática, podemos entender a classificação de Ernest (1991), que agrupa as concepções sobre a Matemática em absolutistas, feito de verdades absolutas e representa o domínio único do conhecimento incontestável, e falibilistas que considera o conhecimento matemático falível e corrigível e em contínua expansão. De acordo com essa categorização, podemos considerar que a concepção absolutista privilegia o aprendente matemático que é sequencial, reflexivo, dedutivo, enquanto que a falibilista parece estar mais próxima daqueles globais,

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