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Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

Seminário: Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/9/2013  •  Seminário  •  830 Palavras (4 Páginas)  •  516 Visualizações

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Traçado

A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) é uma ferrovia no atual estado de Rondônia, no Brasil.

Foi a 15ª ferrovia a ser construída no país, tendo as suas obras sido executadas entre 1907 e 1912. Estende-se por 366 quilômetros na Amazônia, ligando Porto Velho a Guajará-Mirim, cidades fundadas pela EFMM. Após duas tentativas fracassadas para a sua construção no século XIX, espalhou-se o mito de que, mesmo com o todo o dinheiro do mundo e metade de sua população trabalhando nas suas obras, seria impossível construí-la. Foi a primeira grande obra de engenharia civil estadunidense fora dos EUA após o início das obras então ainda em progresso no Canal do Panamá.

Objetivo

. O seu objetivo principal era vencer o trecho encachoeirado do rio Madeira, para facilitar o escoamento da borracha boliviana e brasileira, além de outras mercadorias, até um ponto onde pudesse ser embarcada para exportação, no caso Porto Velho, de onde as mercadorias seguiam por via fluvial, pelo mesmo rio Madeira e, então, pelo rio Amazonas até o oceano Atlântico. Anteriormente, esses produtos eram transportados com precariedade em canoas indígenas, sendo obrigatória a transposição das cachoeiras no percurso.

Origem

As lutas pela independência na América Espanhola e, posteriormente, guerras localizadas pela posse de regiões de contestado, resultaram na perda do acesso direto ao oceano Pacífico por parte da Bolívia. Assim, desde meados do século XIX a idéia de alcançar o Atlântico pelos rios Madeira e Amazonas era cultivada naquele país, como forma de estabelecer uma rota sólida para a comercialização de suas riquezas, em particular a borracha. O grande impecilho à navegação nesta rota estava no trecho encachoeirado do rio Madeira - um trecho de cerca de 300km entre o rio Mamoré e Santo Antonio do Madeira. Desde cedo surgiram propostas de construção de uma ferrovia que transpusesse esse trecho, margeando-o.

Para o Brasil, essa era também uma solução conveniente, pois abriria nova rota de acesso ao Mato Grosso, até então feito quase exclusivamente pela bacia do Prata, navegando o rio Paraguai. A "Guerra do Paraguai" se encarregou de tornar evidente ao governo imperial brasileiro toda a importância política e estatégica de nova ligação, desta vez navegando os rios Madeira, Mamoré e Guaporé.

Os grandes problemas enfrentados pela empreteira foram:

a) a insalubridade e as doenças, imprevistas e muitas vezes desconhecidas.

b) os ataques de indígenas, que defendiam suas terras milenares, de invasores que os ignoravam.

c) a conclusão de que os custos da obra seriam bem maiores que o dobro do originalmente previsto.

d) a constatação de que a ferrovia teria extensão significativamente maior que a esperada, uma das principais causas do aumento dos custos.

Mais de 20.000 operários trabalharam na obra neste período (alguns autores falam em 34.000), registrando-se muitas centenas de mortes entre os trabalhadores. No reinício, novamente o empreendimento viu-se ameaçado pelas condições sanitárias da região. Metade dos trabalhadores adoecidos, morriam. Os sobreviventes tornavam-se pessoas debilitadas, e dificilmente seguiam trabalhando. No segundo ano, o período

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