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Estudo Da Bactéria Erwinia Amylovora

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Por:   •  17/10/2014  •  1.347 Palavras (6 Páginas)  •  1.370 Visualizações

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ESTUDO DIRIGIDO (PARTE 1)

Características gerais

A Erwinia amylovora é uma espécie pertencente ao gênero Erwinia, da família Enterobacteriaceae. É uma bactéria gram-negativa, anaeróbica facultativa, não esporulada e apresenta formato de bastão, portanto é um bacilo. Ela é móvel por flagelos peritríquios a 37° C, porém não apresenta mobilidade a temperaturas abaixo de 28° C. Fogo bacteriano é o nome da doença causada pela Erwinia amylovora. 1,3

As espécies pertencentes ao gênero Erwinia são: carotovora, amylovora, chrysonthemi, herbcola, asparaginese, tracheiphila, stecuartii, mollotivora, uredovora, aphidevora, anonos, aroideose, cypripedii, decicola.1

Incidência

Essa bactéria é encontrada em grande parte da América do Norte, principalmente os Estados Unidos, Europa Ocidental e a maioria dos países ao redor do Mar Mediterrâneo, bem como a Nova Zelândia. Não há registros de incidência no Brasil.1

Modo de ação

A infecção primária ocorre quando a bactéria invade a planta pelos estômatos abertos das folhas. Consequentemente, necroses e exsudatos bacterianos vão destruindo a planta. A morte ocorre quando as raízes são atingidas.3

Formas de resistência da bactéria

A Erwinia amylovora possui pequenas moléculas de N-acil homoserina-lactonas (AHL’s) capazes de desencadear a atividade de “quorum sensing”. Essa atividade caracteriza-se por sistema baseado na emissão de estímulos e respostas dependentes da densidade populacional. Este tipo de interação reflete o comportamento dos microrganismos, demonstrando a capacidade de habitar ambientes diversos, captar as informações de seu meio, comunicar-se com diferentes espécies, monitorar sua densidade populacional e principalmente regular a sua expressão gênica, controlando processos celulares.3,5

As características resultantes da ativação do “quorum sensing”, são a produção de dois polissacarídeos extracelulares que aumentam a tolerância da célula ao estresse oxidativo causado pelos antibióticos.3

Como possível tratamento futuro da doença, a Erwinia amylovora pode ser combatida por culturas trangênicas de bactérias contendo um gene para a proteína que degrada as AHL’s, ou exposição a culturas de bactérias que naturalmente produzem este tipo de proteína.3

ESTUDO DIRIGIDO (PARTE 2)

Métodos de detecção

Para detectar a doença causada pela bacteria em questão, é necessario inspecionar durante o período de crescimento, quando os sintomas são mais visíveis. O tempo de inspeção depende do tipo de hospedeiro e da localização geográfica. É preferível inspecionar no começo da primavera até o final do verão, quando os sintomas estão ainda mais evidentes. Durante o inverno, a detecção é dificultada porque a bactéria está inativa e as plantas afetadas não apresentam sintomas.4

Uma vez que os sintomas do fogo bacteriano podem ser confundidos com aqueles causados por outras doenças e não há possibilidade de infecção latente, a detecção da doença deve ser confirmada por isolamento e testes laboratoriais (Lelliott, 1968). Para confiável e rápida identificação do patógeno, imunoflorescência ( Paulin, 1981), dot-ELIZA (Zutra et al, 1986), ensaios de PCR para pEA29, que é um plasmídeo presente na E.amylovora (McManus e Jones, 1995; Llop et al., 2000; Merighi et al., 2000; De Bellis et al, 2007), e hibridização do DNA (Steinbrenner et al, 1990) são os métodos mais promissores entre os que têm sido propostos.1,4

Provas bioquímicas para Erwinia amylovora

Os diagnósticos para E.amylovora podem variar entre laboratórios com base nos métodos, conhecimento técnicos e equipamentos disponiveis. Uma normalização dos métodos de detecção e de diagnóstico tem sido desenvolvido na Europa (López et al., 2002) e um guia de laboratório foi preparado para auxiliar na identificação de bactérias patogénicas de plantas, incluindo E. amilovora (Schaad et al., 2001).1

Para as culturas de bactérias são utilizados meios convencionais, tais como meio de ágar Luria-Bertani (LB), meio King B (KB) de ágar nutriente com 5% de sacarose. Cicloheximida (50-100 ng/ml) muitas vezes é utilizado nesses meios para evitar contaminação por fungos. Existem alguns meios seletivos para E.amylovora, por exemplo: meio CG (Crosse e Goodman, 1973), meio CCT (Ishimaru e Klos, 1984), meio MS (Miler e Schroth, 1972) e o meio MM2Cu (Bereswill et al., 1998).1,2

As características fisiológicas e bioquímicas utilizadas para diferenciar a E.amylovora das outras espécies do gênero Erwinia estão listadas no Manual de Bacteriologia Sistemática de Bergey (Holt et al., 1994). Algumas características principais são que a E. amylovora não reduz o nitrato a nitrito, não produz pigmento fluorescente em meio KB, e produz gás a partir da sacarose.1,2

ESTUDO DIRIGIDO (PARTE 3)

Alimentos envolvidos com surtos

A Erwinia amylovora é o microrganismo responsável pelo chamado fogo bacteriano (do inglês fire blight). O fogo bacteriano é uma das mais importantes doenças bacterianas que atacam plantas por todo o mundo, tendo sido a primeira delas a ser reconhecida. Atinge em especial maçãs, peras, marmelos, amoras, framboesas e plantas da família Roseaceae de modo geral, causando necrose, definhamento de folhas e flores e seca dos frutos, que se tornam marrons ou pretos. A Erwinia amylovora é uma bactéria de grande interesse de estudo em virtude do impacto que a infecção por ela causada traz à economia: o fogo bacteriano é um fator muito limitante para a produção de maçãs e peras, reduzindo a quantidade de frutos disponíveis e causando a perda de plantações inteiras. Por esse motivo, o controle do crescimento desse microrganismo nas frutas é de tamanha importância. 1,3,4

Formas de combate

O controle biológico da Erwinia amylovora costumava ser feito principalmente utilizando-se antibióticos, em especial estreptomicina e oxitetraciclina, para suprimir a infecção nas plantas.

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