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Etapa Fina FHTMSS II

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Por:   •  3/6/2014  •  2.581 Palavras (11 Páginas)  •  346 Visualizações

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Universidade Anhanguera- UNIDERP

Centro de Educação a distância Polo Caruaru

Serviço Social – FHTMSS II

Ana Lucia Bezerra da Silva RA 423876

André Luiz Silva Nóbrega RA 407802

Tays Barbara Silva Santos RA 408334

Professor (a): Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes.

Caruaru – 2014

Movimento da reconceituação do Serviço Social.

Relata a literatura sobre o movimento de reconceituação do serviço social, procurando identificar o serviço social do Brasil as origens e marcas vinculadas a igreja católica e os movimentos delas decorrentes, adotando como instrumental de analise o enfoque marxista. O movimento de reconceituação é movido pelas pressões sociais e mobilização dos setores populares, historicamente marcado pelas desigualdades de classes e das questões sociais em face ao acumulo do capitalismo. A história do serviço social se constitui num processo que articula conservação e renovação.

Os primeiros passos para o movimento de reconceituação foram movidos pelos impactos das teorias e tentativas de práticas desenvolvimentistas. Do ponto de vista metodológico, grande ênfase ao desenvolvimento de comunidade difundido amplamente, pela ONU e OEA décadas de 50,60 e inicio de 70, através de assistência técnica e projetos, cursos, seminários e alcance de ampla literatura. O processo de implantação da política em países como a América latina relevou uma realidade subdesenvolvida: baixo índice de renda da população, ausência de infraestrutura de saneamento, alto índice de analfabetismo, baixo nível de saúde e de escolaridade.

A perspectiva modernizadora constitui a primeira expressão do processo de renovação do serviço social no Brasil. Encontrasse no Brasil encontros regionais de escolas de serviço social do nordeste 1964 é considerado a primeira manifestação grupal de critica do serviço social tradicional e ensaio de reconceituação, assim dando ênfase à critica quanto ao aspecto economicista e adota o processo de conscientização na linha de liberação do oprimido.

O movimento de Reconceituação conhecido também como Reconceitualização do Serviço Social surge paulatinamente em toda a América Latina em 1930 até a segunda metade de 1960, nos países com desigualdades sociais. Foi criado para dar resposta aos questionamentos da sociedade ao serviço social tradicional, e para atendimento das reais necessidades da América latina, em confronto com governos imperialistas e capitalistas:

Nesse sentido, os autores observam que a ruptura não ocorre de imediato, mas tenta efetivar-se por um processo de construção, a partir de questionamentos e reflexões críticas acerca do conteúdo teórico-metodológico da prática profissional, ante as especificidades do contexto social no qual se inscreve (p.85).

Ao fazerem questionamentos sobre a dominação, os profissionais começaram a questionar também sua prática profissional. O movimento na América Latina influenciou o Brasil, mas este movimento em nosso país foi diferente, considerando a organização da categoria que buscou a fundamentação para a sua metodologia, teoria, técnica e operacionalização, também em função da realidade social com produção mais alargada e mais crítica das desigualdades sociais:

“O movimento de reconceituação contribuiu fundamentalmente para deslocar o eixo de preocupação do Serviço Social da situação particular para uma relação geral [...] e de uma visão psicologizante e puramente interpessoal para uma visão política da interação e intervenção.”

Foi a partir dos anos 1960 que o conservadorismo e o tradicionalismo do Serviço Social passaram a ser questionados considerando a ocorrência das mudanças políticas econômicas e culturais configuradas no Brasil. Nos anos de 70 e 80 que este movimento realmente emergiu. Um dos fatores da eclosão desse movimento de Reconceituação foi perda de níveis salariais das camadas médias da qual pertencia o Assistente Social, tendo como reação a sua inserção nos sindicatos.

Ao fazer a articulação com uma das classes iniciou um debate coletivo o que explica a materialização e iniciação política da categoria com viés histórico. O movimento de reconceituação germinou no interior da categoria, tendo como causa o acirramento das contradições ou aumento das desigualdades sociais, e também a inadequação do Serviço Social para atendimento destas demandas brasileiras, pois toda a sua fundamentação teórica vinha de outros países e não atendiam a situação brasileira.

Os assistentes sociais além de melhores salários lutavam também contra a carestia e defendiam os moradores das favelas que requisitavam saneamento básico dentre outros. Com a reflexão do movimento também perceberam que não eram considerados profissionais liberais, mas pertencentes à classe trabalhadora.

O Serviço Social foi uma das profissões mais impactadas pelos fatos históricos a partir da ditadura, pois sua ação sempre foi colocada sob a tensão da relação capital versus trabalho. De um lado os dominantes, Estado e Instituições, querendo mais poder e lucro e de outro os trabalhadores, lutando contra a exploração a alienação e a mais valia deste antagonismo surgiu à questão social, resultantes das lutas no combate as desigualdades e exploração social.

Temos que relacionar também ao III congresso a reinserção da classe operária na política, portanto a importância deste movimento para a construção do Projeto Ético Político do Serviço Social.

Foi fator também da criação de uma nova identidade profissional baseada em uma dinâmica profissional crítica, com análise da realidade, da totalidade, reconhecendo todo cidadão como sujeito de direitos, e não de favores, promovendo ações para o favorecimento de toda a sociedade, principalmente quando passou a trabalhar com comunidades.

O movimento de reconceituação representou um marco decisivo no desencadeamento do processo de revisão crítica do Serviço Social, foi também um saldo qualitativo que foi se estruturando uma profissão interventiva no combate das desigualdades sociais e também um marco no processo de politização e mobilização de profissionais e estudantes com participação nos sindicatos em todo o país.

Com a reconceituação tornou possível a formação de profissionais com novos perfis, criticando

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