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Exercícios Ritmicos Do 5. Ao 8. Anos

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Por:   •  27/10/2013  •  1.343 Palavras (6 Páginas)  •  587 Visualizações

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Exercícios rítmicos do 5º ao 8º ano

Freddy Heimsch

(Palestra – 25/06/1992, para o Ensino Fundamental)

Iniciemos com uma questão básica: Porque Rudolf Steiner sugere aos professores de classe que diariamente façam uma parte rítmica com seus alunos? Em lugar algum do currículo está mencionado que o professor de matéria não possa fazê-lo. Ou seja, a criança poderia ter 2, 3, 4 tipos de exercícios rítmicos por dia. Os euritmistas fazem isso sempre, pois são pessoas inteligentes. Se eles puderem convencer os outros professores a fazer o mesmo, seria ótimo. Mas fica em aberto para o professor de matéria.

Vocês certamente já notaram que a classe muda de antes para depois dos exercícios rítmicos. Mesmo notando a diferença, não sabemos o porquê. No início pensei que esses exercícios tinham a ver com a parte rítmica do ser humano, com a respiração, a circulação, etc. Há mais ou menos dez anos é que percebi, de repente, que é um contrassenso pensar assim, pois a parte rítmica do organismo se baseia num ritmo específico, que é o ritmo 1:4. Se mudarmos esse ritmo, essa relação existente de 1:4, surgem problemas. Se vocês mudarem o ritmo por meio de uma intensificação de ambos os fatores, desde que o resultado seja 1:4, tudo está bem. Portanto, para falar de exercícios rítmicos como alteradores da parte rítmica, significaria alterar a pulsação e a frequência respiratória. Nós fazemos isso recitando, tocando flauta, cantando, tendo um acesso de raiva diante da classe, sendo melancólicos, cometendo erros diante da classe, etc. Nestas situações ocorrem pequenas alterações da relação rítmica, mas este não é o sentido. O que queremos é o engajamento da vontade, que basicamente nada tema ver com o nosso ritmo.

Como fazê-lo? O que acontece? – Dança-se samba e não se sabe por que ou como, simplesmente acontece, porque algo externo pede certa atividade como resposta. Também não é isso que buscamos. Não queremos fazer parte da parte rítmica da aula uma aula de pulos, como alguns até pretendem, colocando as crianças numa sala com janelas altas, a porta fechada, e ligando um aparelho de som com música de discoteca a todo o volume, sendo que o professor pula para um canto da sala, enquanto os alunos pulam pela sala. (O Sr. Freddy já viu isso sendo feito). Outro exemplo: numa sala está um grupo de alunos de 6 a 12 anos, alguém toca um tango ao piano; a isso se chama terapia rítmica. Também não queremos isso.

Todos deveriam saber o que as crianças fazem numa parte rítmica, desde o primeiro ano. Elas batem palmas, movimentam-se, batem os pés num determinado ritmo, de acordo com um poema. Lembramos que ao falarmos ritmicamente um pequeno poema, a respiração se altera um pouco, o ar não é expirado num movimento constante, mas de uma maneira entrecortada. Isso não atinge os pés; nenhum professor é capaz de soprar com tanta força que chega a provocar o movimento dos pés.

Temos que usar o poder da imitação para traduzir o que está acontecendo na alma. A laringe tem uma forma especial que, desenhada simbolicamente, tem esse aspecto e tudo isso está inserido no trato respiratório.

Quando alguém fala ritmicamente, a vibração das cordas vocais é sempre interrompida, o que causa um estiramento delas, depois vem um novo fluxo, depois um novo estiramento, etc. Traduzindo isso na forma humana global (o Sr. Freddy assumiu com o corpo todo um gesto que corresponde ao esquema da laringe) é como se abríssemos um pouco os braços e os fechássemos. Neste gesto o homem está aprisionado e o ar atravessa o canal como se forre por um funil. O ritmo é controlado pelo sistema nervoso que divide o organismo humano numa parte superior e outra inferior. De acordo com esse gesto feito ritmicamente, ao falar ritmadamente, o funil é expandido, permitindo a vibração, depois há uma variação de tensão com consequente relaxamento, e é isso que determina o ritmo ao falar. Tudo isso não provoca a movimentação dos pés. O caminho da laringe até os pés é longo. Apesar da participação do sistema nervoso, o ritmo vai para a cabeça e não para os pés. Para que estes se movam é preciso haver a presença da imitação.

Mas, o que é que se percebe por meio da imitação? Quem e como imita? O que deve ocorrer? Isso é muito simples. Se ali ocorre um movimento nós o percebemos por meio do sentido cinestésico (do movimento próprio ou da propriocepção). Este percebe a tensão muscular, a relação de posição de um músculo em relação ao outro. Em repouso não há percepção de movimento. Quando saímos da posição de relaxamento, alguns músculos assumem uma posição diferente em relação aos outros. O sentido da propriocepção nos diz como alguns músculos estão

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