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FERNANDES, Bernardo Mançano

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Por:   •  27/5/2013  •  Seminário  •  868 Palavras (4 Páginas)  •  386 Visualizações

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FERNANDES, Bernardo Mançano. A territorialização do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra – Brasil. Ano 1, n. 1 p. 2 – 44, 1998.

“O Brasil conheceu uma intensa transformação em sua agricultura no período de 1965 a 1985. Nessas décadas de ditadura, os governos militares implantaram uma política de desenvolvimento agropecuário para a modernização do campo.” (...)

“... privilegiando a agricultura capitalista em detrimento da agricultura camponesa.” (...)

“Esse modelo de modernização conservou a secular concentração da estrutura fundiária, intensificando a histórica luta pela terra e criou uma crise política que persiste até os dias de hoje.” (p. 2)

“Durante as duas décadas em que os governos militares estiveram no poder, garantiram a apropriação, por grandes grupos empresariais, de imensas áreas de terras e também o aumento do número e da extensão dos latifúndios.” (p. 7)

“As lutas sociais decorrentes da política econômica e fundiária do governo militar surgem com uma realidade completamente nova no campo. Esta realidade carregada de contradições desafia as formas institucionais no período de abertura política.” (p. 11)

“Com o crescimento da luta e da organização, os trabalhadores rurais expropriados retomaram o cenário político através das lutas populares. Um dos movimentos sociais mais representativos que nasceu nesse processo foi o MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra.” (p. 13)

“... apresentamos os períodos desse momento histórico da luta pela terra e da formação do MST, compreendidos entre 1978/9 e 1984/5 - 1988/89 - 1994/5 - 1997/8.” (p. 17)

“As lutas populares que se desenvolveram nesse período contribuíram muito nas mudanças das estruturas tradicionais das organizações políticas, principalmente da Igreja Católica, do "novo sindicalismo" representado pela CUT e na construção do Partido dos Trabalhadores (PT).”

“Estas instituições foram, no transcorrer do tempo, as principais matrizes político - culturais do movimento de trabalhadores rurais que emergia.” (p. 18)

“Diante das leituras de suas condições sóciopolítica-econômico-culturais, os trabalhadores rurais iniciavam o confronto contra o modelo econômico de desenvolvimento da agricultura.” (p. 21)

“...criava-se um novo espaço, principalmente nas suas dimensões político-culturais, de resistência que foi a força motriz que deu início à territorialização da luta pela terra no Brasil nas últimas décadas.” (p. 22)

“O processo de territorialização do MST acontece por meio da construção do espaço de socialização política. (...) “Procuram conhecer a questão agrária da região e a situação dos sem-terra.” (...) “Formam uma coordenação local e iniciam o processo de criação de uma forma de organização social.” (...) “Com a consolidação dos grupos de famílias e da tomada a decisão de mudarem os rumos de suas vidas, partem para a ocupação da terra.”

“A ocupação é a condição da territorialização.” (p. 28)

“Desse modo a repressão contra os movimentos sociais foi intensa.” (...) “A repressão agora não era somente pela força policial. O Poder Judiciário aparecia como uma nova cerca para impedir as ocupações, criminalizando as ações e mandando prender as principais lideranças do MST.” (p. 29)

“No Brasil, a questão agrária sempre foi um problema constante e repetitivo.” (...) “Por séculos, movimentos camponeses tentaram romper com essa estruturação, “desenvolvendo” o problema fundiário.” “Entretanto, todas as ações ainda não foram suficientes para uma mudança eminente.” (p. 33)

“Em seu conteúdo, a questão agrária é, antes de mais nada, a questão da terra, a questão da democratização

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