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Familia E Trabalho

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Por:   •  4/11/2014  •  1.600 Palavras (7 Páginas)  •  317 Visualizações

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Nas últimas décadas, várias mudanças ocorridas no plano socioeconômico- culturais pautadas no processo de globalização da economia capitalista vêm interferindo na dinâmica, na organização e na estrutura familiar contemporânea. Nesse sentido e tendo como base o contexto sócio-histórico em que essa família foi concebida é possível dizer que no mundo contemporâneo a família passou a se constituir sob a ótica do mercado e do consumo. Nesse contexto o presente estudo tem como objetivo refletir acerca do impacto da contemporaneidade nas relações familiares tendo como base as várias mudanças sócio-econômicas provenientes do advento do capitalismo. O presente trabalho tem como propósito repensar as transformações e o processo de construção da família-considerada principal responsável pelo desenvolvimento da infância e da adolescência- frente à sociedade contemporânea bem como oferecer uma reflexão crítica sobre as relações familiares.

2 DESENVOLVIMENTO

Desde as últimas décadas se vive mudanças sociais importantes nos diversos contextos sociais: vive-se o regime de acumulação de capital flexível; vive-se a globalização em suas dimensões socioeconômica, cultural e tecnológica. Tudo isso atrelado à fluidez, à novidade, ao efêmero e ao fugido passam a ser valorizados e a fazer parte das práticas que se constituem na contemporaneidade. Tendo como base o mundo de hoje é possível dizer que mudanças avassaladoras e profundas de valores, de comportamentos e de identidades vêm acontecendo. Desta forma as modificações ocorridas ao longo do tempo possibilitaram o desencadeamento, na contemporaneidade, de novos tipos de relacionamentos muito mais efêmeros, frágeis e superficiais.

Com todo esse aparato de diversidade, o amor, o afeto, enfim, os sentimentos passam a ser também um desafio tendo em vista que aprender a respeitar e a entender as diferenças, aprender educar os filhos, dentro de suas limitações e dificuldades é algo que exige um esforço cada vez maior por parte de todos os membros da família contemporânea. Por tudo isso os novos arranjos familiares trazem consigo novos processos de adaptação.

Partindo desse conteúdo analítico, o presente estudo almeja propor uma breve reflexão, acerca do impacto das transformações socioeconômicas e culturais, sobre a família, tendo como base as mudanças proporcionadas principalmente pós-advento do capitalismo. As transformações sociais na modernidade, principalmente fomentadas pela chegada da industrialização e pela transformação do trabalho, vêm produzindo profundas modificações nas subjetividades e identidades dos sujeitos e nas interações estabelecidas nas suas relações sociais.

Um aspecto importante a ser destacado é o de que as famílias ditas pós-modernas, o foco primordial não está na forma de organização das famílias e sim no modo pelo qual os seus membros vinculavam-se uns aos outros, de forma que o filho passa a ocupar outro espaço no imaginário parental. Num primeiro momento, a família dita tradicional assentava-se na preocupação com as tradições, com a conservação e ampliação do patrimônio e a transmissão da herança. Os casamentos eram arranjados e a família devia submeter-se à ordem patriarcal. Em momento posterior, caracteriza-se a família moderna e prevalece a lógica afetiva; assim, a união do casal funda-se no amor romântico. Valoriza-se a reciprocidade de sentimentos e os desejos carnais por intermédio do casamento. Da mesma forma, a divisão de tarefas e responsabilidades deve ser partilhada pelo casal.

No século XX, a família contemporânea ou dita pós moderna, em que os vínculos fundamentam-se no amor e no prazer e cuja duração é relativa, ou seja, os vínculos duram enquanto durar o amor e o prazer. Conseqüentemente, a transmissão das responsabilidades, valores e da autoridade torna-se complicada. Na medida em que as separações e os divórcios acontecem, abrem-se possibilidades para novas composições familiares. Em função dessas mudanças na organização familiar, outros arranjos entre os seus membros acontecem.

Com os novos arranjos familiares e as novas configurações nas relações entre homens e mulheres têm surgido novos relacionamentos sexo-afetivos, a freqüência de separações dos casais é tal que muitos questionam sobre a evolução da família e as repercussões sobre as novas formas de parentalidade e do significado de maternidade. No século XX, um conjunto de acontecimentos especialmente relacionados ao processo de urbanização e desenvolvimento das cidades e à entrada das mulheres no mercado de trabalho levou a mudanças econômicas da sociedade que contribuíram não só para o inicio do processo de autonomia e independência financeira da mulher diante do homem como também acenam para mudanças nos usos, costumes, valores e projetos da família. Por conta dessas alterações o modelo de família baseado na complementariedade de papéis com o pai provedor e a mãe dona de casa em período integral começa a sofrer rupturas, sinalizando o inicio da decadência da versão mais tradicional da família nuclear.

Pode-se destacar o aumento do tempo de permanência do filho no convívio familiar, considerando o tempo que ele leva para conseguir a SUS independência social e material. Observamos, também, que há um fenômeno que é comum no que se respeita à formação familiar de nossa época: a importância da criança no âmbito da formação familiar. Apesar das mudanças, ao que parece, a família independentemente da entrada da mulher no mercado de trabalho repercutiu na relação mãe-filho e na dinâmica familiar e uma das principais dificuldades da mulher está em conciliar tempo para as tarefas domesticas, trabalho externo e poder permanecer tempo com os filhos, de forma a ser possível estabelecer um vínculo afetivo harmonioso e consistente. Na sociedade contemporânea, as mudanças ocorridas na relação mãe-filho relacionam-se, de certo modo, com a fragilização ou perda do sentido da tradição. Vive-se a lógica do individualismo, do consumo desenfreado, do esquecimento e da inquietação, da busca da satisfação instantânea. Vive-se numa sociedade movida muito mais pela falta e não, pelo desejo, pela necessidade urgente de ser reconhecido pelo que se tem e não pelo que se é deixando-se de lado o espaço para a reflexão do eu.

Quando essa estrutura se agiganta temos a presença das instituições compondo a sociedade. Quando se considera que indivíduos desempenham papéis e que há outros indivíduos dando suporte

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