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Fichamento - História Da Língua Brasileira De Sinais

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Por:   •  25/5/2014  •  605 Palavras (3 Páginas)  •  712 Visualizações

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As autoras Margarida Maria Teles e Verônica dos Reis Mariano Souza, desenvolvem esse trabalho trazendo para nós um pouco sobre a história da Língua Brasileira de Sinais e sua evolução através do tempo no Brasil. Elas destacam também como foi o todo o processo de estudo e implementação dessa linguagem, tão importante para os mais de 9,3 milhões de deficientes auditivos espalhados pelo país.

Inicialmente é possível perceber que havia algumas controvérsias em relação aos deficientes auditivos, principalmente na maneira como lidar com essas pessoas. No século XV era comum o deficiente ser tratado como um ser primitivo e incapaz de socializar ou aprender algo, levando muitos deles a serem excluídos dos seus direitos sociais e na maioria das vezes não serem educados.

Em relação à maneira como era estruturada a comunicação dos surdos, Aristóteles acreditava que a organização clara e precisa do pensamento só era possível com a linguagem falada, excluindo-os de uma possível educação ou estudo. Sócrates, em 360 a.C. acreditava que era possível estabelecer uma linguagem através de gestos e movimentos executados com as mãos e o corpo.

Através dessas declarações e questionamentos é que apenas na Idade Moderna se começou a perceber uma diferença entre surdez e mudez e definir três indícios de abordagem filosófica na educação dos surdos: gestualismo (uso de sinais), oralismo (língua na modalidade oral, "fala/som") e o método combinado (sinais, treino da fala e leitura labial).

O treinamento da fala ou oralismo defende o aprendizado da língua oral, com o objetivo de aproximar o surdo do modelo ouvinte. Essa técnica possuía alguns defensores como Samuel Heinike, que fundou a primeira escola de correção da fala na Europa e ensinou vários surdos a falar. O cientista escocês Alexander Graham Bell, era defensor do oralismo e opunha-se a linguagem gestual.

Foi também no Congresso de Milão, em 1880, que se instituiu o oralismo como linguagem filosófica oficial para a educação dos surdos. Nesse momento, a linguagem gestual passou a ser proibida nas escolas em toda a Europa. Mas os problemas causados por essa proibição foram imediatos, pois o processo de aquisição da fala era parcial e tardio em relação aos ouvintes, comprometendo o desenvolvimento social dos surdos.

O método combinado, que combinava o uso da língua oral, língua de sinais, treinamento auditivo, leitura labial e alfabeto digital, possuía defensores como, Pedro Ponce de Léon, fundador inclusive de uma escola para professores de deficientes auditivos e Thomas Gallaudet, que com seu filho Edward Gallaudet. Juntos instituíram a Língua Gestual Americana, com o método combinado inglês escrito e o alfabeto manual. Mais tarde, no ano de 1960, Willian Stokoe publicou artigos importantes definindo que a Língua de Sinais Americana, possuía características importantes que se assemelhavam às da língua oral, mas não continha prova de que método orientava os surdos no desenvolvimento linguístico.

Finalmente, a linguagem gestual (língua de sinais), que tinha como defensor e fundador, Charles Michelde L'Épée. Charles implantou a primeira escola pública para surdos do mundo - o Instituto Nacional de Surdos-Mudos, em Paris e estabelecia nas suas teses, o reconhecimento de que essa linguagem existia em vários grupos e que possuía características gestuais

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