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Fotojornalismo

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Por:   •  4/5/2014  •  Resenha  •  654 Palavras (3 Páginas)  •  328 Visualizações

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Sempre que visito páginas de outros fotógrafos e me deparo com álbuns intitulados “fotojornalismo”, tenho vontade de escrever esse post. É incrível como as pessoas confundem fotos de arquitetura, de pobreza, street photogaphy e qualquer outro tipo de foto em externa que não envolva modelo, com fotojornalismo.

Resolvi, então, escrever sobre o que eu entendo que seja fotojornalismo.

Para começar, o motivo do fotojornalismo existir, é o jornalismo (parece óbvio, mas acreditem, não é). Dessa forma, uma fotografia jornalística só o é se tiver atrelada a um tema de interesse jornalístico e acompanhada de uma abordagem jornalística.

Certo, mas o que é um tema de interesse jornalístico? Bom, isso não é muito fácil de definir, uma vez que todos os dias, nos veículos de imprensa, é feita uma reunião para delimitar quais assuntos do dia são dignos de estampar as páginas dos jornais, ou seja, quais assuntos possuem maior interesse jornalístico.

Para virar matéria de jornal (vale para telejornais, revistas e etc), um assunto precisa, primeiro, ser pauta. A pauta é um guia que visa direcionar e facilitar o trabalho do repórter, é repleta de orientações editoriais que indicam qual será a abordagem do assunto (falaremos sobre isso daqui a pouco) e qual é o “gancho” da matéria. A pauta não é rígida, pode, e deve, ser modificada a qualquer momento, dependendo de como ocorre a checagem das informações. A pauta é o briefing do jornalismo.

Alguns assuntos, os factuais principalmente, tem sua pauta aprovada rapidamente. Por exemplo, eu, na rua, indo fotografar uma pauta, me deparo com um incêndio. A praxe é ligar para o editor, explicar para que ele defina as prioridade. Dessa forma, uma pauta pode cair em detrimento de outra, caso um assunto tenha mais interesse jornalístico do que o anterior.

Sem entrar na discussão interesse público versus interesse do público, podemos dizer, de forma bem meia boca, que interesse jornalístico é a importância que determinado acontecimento tem para a sociedade, quanto maior, mais relevante é a matéria.

Porém, ter interesse jornalístico não é o suficiente para que uma imagem possa ser considerada fotojornalística. É preciso também que esse tema tenha sido abordado de forma jornalística.

O fotógrafo precisa ir para pauta sabendo qual será o gancho e que direção editorial terá a matéria, para assim, escolher como fará a cobertura. Mesmo assim, é necessário ter olhar crítico e estar atento a novos rumos que a história pode tomar.

É preciso ficar claro que o fotojornalista é apenas um espectador e não pode, em nenhuma hipótese, intervir e nem fazer parte da cena. Quando for necessário que se produza uma imagem posada, a foto deve deixar isso claro.

Para ser considerada uma foto de cunho jornalístico, a imagem precisa reunir elementos que corroborem e sintetizem o texto, ao mesmo tempo, precisa ter apelo estético para que o leitor se interesse pela história. Não existe fotojornalismo sem texto, mesmo que seja uma legenda que contextualize a imagem. Uma foto de guerra, por exemplo, pode ser de qualquer guerra se não houver um texto que a ancore.

Normalmente se usa uma, no máximo duas, fotos (uma pra capa e outra pra página interna) para cada pauta (depende do jornal e da importância da matéria, mas, geralmente,

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