Fundamentos Da Educação

A EDUCAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM A ASCENÇÃO DA BURGUESIA

A história da educação mostra-nos que, de modo geral, a instrução quase sempre foi, em maior ou menor grau, um assunto mais próximo da sociedade que do Estado, A educação foi, durante a maior parte da história, um assunto do âmbito privado, e não do público. A ingerência do Estado nas questões de educação começa a ganhar vulto a partir do século dezoito com o fenômeno da ascensão da sociedade burguesa.

A sociedade burguesa estava em ascensão influenciando diretamente na economia de diversos países da Europa notadamente na França, onde se iniciou essa revolução e chegando até no Brasil com suas ideologias e filosofias, teve a principio, e como objetivo principal, a preparação dos estudantes das classes populares para o mercado, tendo em vista o advento da revolução industrial que exigia trabalhadores alfabetizados para atender a demanda do trabalho industrial.

Com a criação do estado burguês cria-se a instituição de ensino publico com o objetivo de preparar estudantes para o trabalho, pois o trabalhador precisaria ter um mínimo domínio de escrita para ter acesso ao trabalho industrial, como disse Petitat (1994), para que dessa forma garantisse a produção e reprodução social homogênea nas sociedades divididas em classes. O objetivo da educação relacionado com a sociedade burguesa, era o de contribuir de uma forma direta ou indiretamente com a preparação para o trabalho.

O estado burguês se apoiava em ideais de liberdade e igualdade formal, visando preparar a sociedade para a nova etapa do desenvolvimento político, econômico e social, alicerçado na produção industrial de mercadorias. Em plena ascensão nos séculos XVIII a seguir, o estado burguês trata de promover divisões formais na organização dos sistemas de ensino e as dicotomias pedagógicas e metodológicas, de acordo com os objetivos que o ensino promoveria para os filhos da burguesia e para o filho dos trabalhadores, afirmando que o objetivo dessa divisão do ensino, era de unir a produção da escola e a produção da sociedade do amanhã, e que as principais teorias sociológicas da educação e do ensino repousam sobre o principio da reprodução e da manutenção da dominação de classe e do domínio social.

Com essas transformações surge a emergência de sistemas escolares pelo estado, onde o estado passa a fazer parte da educação publica, foi a solução utilizada pelos idealizadores das políticas educacionais desde a formação do estado burguês onde o objetivo era de centralizar e controlar o sistema e o currículo, objetivando promover uma instrução publica centrada na alfabetização das classes populares e voltada para a formação de trabalhadores e a expansão do ensino publico, a instrução publica geral dos cidadãos se torna um instrumento de coesão e de solidariedade nacional, que do ponto de vista do controle social, deveria promover uma profunda transformação nas concepções relativa à moral e que principalmente a nação e o cidadão se forjam na escola, embora em discordâncias.

No Brasil as deu-se se um salto a partir da década de 80 com as instituições das leis de diretrizes e bases educacionais, dando assim estruturação aos sistemas de ensino e preparando pessoas para a vida tendo com isso a necessidade de estreitar a relações