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GESTÃO DO CUSTO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

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Por:   •  22/11/2013  •  11.606 Palavras (47 Páginas)  •  353 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Atualmente, grande parte das empresas estão se preocupando cada vez mais com os custos, tanto os Diretos quanto os Indiretos. Não que antes não havia essa preocupação, mas no passado, quando se falava em custos, estes apenas tinham representatividade como mais um item da cadeia administrativa, pois a única idéia tida pelas empresas era que quanto mais se produz, mais lucro é gerado. Essa concepção não era diferente na área agrícola, pois entendia-se como lucro uma grande produção, ou uma grande safra, mas não era levado em consideração o alto custo dessa elevada produção. A partir do momento em que o proprietário da lavoura tem noção do seu custo agrícola, isso começa a mudar.

Com o passar do tempo, através de muitos estudos, as empresas começam a tomar conhecimento de que o tão esperado lucro não se faz só por meio da maior produção, mas sim, da melhor maneira com que os custos são direcionados.

O objetivo desta pesquisa é fornecer ao produtor rural uma visão mais ampla do seu trabalho no que se refere aos aspectos de custos e controle, e também orientar o empresário rural, através das demonstrações contábeis e gerenciais, dados eficientes e eficazes para tomadas de decisões, quais também podem ser utilizados para redução dos custos e maximização dos lucros.

Para melhor demonstrar a importância da gestão de custo da produção agrícola, tomamos como base uma empresa rural. Buscamos identificar as diferenças dentre a produção que vinha sendo direcionada com custos tomados de maneira corriqueira, ou seja, sem nenhum tipo de acompanhamento de custos e como ela se comportou a partir do momento em que o proprietário começou a ter idéia da necessidade e do benefício que o controle de custos trouxe a propriedade no ponto de vista de produção.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Conceito de Contabilidade de Custo

Para melhor definirmos o que vem a ser Contabilidade de custos, podemos dizer que são todos os meios de identificar, controlar as operações de estoque, estabelecer padrões e orçamentos, comparar o custo real com o custo orçado e fazer previsões. Os custos dentro de uma determinada empresa é a base para o auxilio direto e indireto nas tomadas de decisões.

Martins (2003, p. 21), cita a importância da contabilidade de custo nas empresas, independente dos setores que atuam:

Devido ao crescimento das empresas, com o conseqüente aumento das distâncias entre o administrador e ativos e pessoas administradas, passou a Contabilidade de Custo a ser encarada como uma eficiente forma de auxilio no desempenho dessa nova missão, a gerencial. [...]. Nesse seu novo campo, a Contabilidade de Custo tem duas funções relevantes: o auxilio ao controle e a ajuda às tomadas de decisões. No que diz respeito ao Controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamento acontecido para comparação com os valores anteriormente definidos. [...]. No que tange a Decisão, seu papel reveste-se em de suma importância, pois consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às conseqüências de curto e longo prazo sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços de venda, opção de compra ou produção, etc.

Resumindo, a Contabilidade de Custo acabou por passar, nessas ultimas décadas, de mera auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais para importante arma de controle e decisão gerenciais.

Leone (1997, p. 20), cita uma particularidade da contabilidade de custos:

Trabalha dados operacionais de vários tipos: os dados podem ser históricos, estimados (futuros), padronizados e produzidos. Aqui reside, também, uma das fortes vantagens da Contabilidade de Custos. Ela pode (e deve) fornecer informações de custos referentes para atender as necessidades gerenciais deferentes.

Sendo assim, a Contabilidade de custo nada mais é do que um recurso que as empresas viram se forçadas a utilizar para atender com eficiência seus estoques e a ter como base a melhor projeção de lucro futuro, utilizando-se da apuração antecipada dos custos e de forma organizada.

2.2. Princípios Contábeis Aplicados na Contabilidade de Custo

2.2.1. Princípio da realização da receita

Principio da realização da receita, é aquele que deriva da realização da receita, que nada mais é do que a transferência de bens ou serviços para terceiros informando assim se na transação houve lucro ou prejuízo.

Martins (2003, p. 31), cita quando que se reconhece a realização da receita.

[...] Portanto, normalmente as indústrias só reconhecem o resultado obtido em sua atividade quando da realização da receita, ou seja, no momento em há a transferência do bem elaborado para o adquirente. Com isso, a Contabilidade de Custos, quando aplicada no contexto da Contabilidade Financeira, também não pode apurar resultado antes desse instante e, no máximo, pode servir como ferramenta para a previsão de crédito. Do ponto de vista econômico, o lucro já surge durante a elaboração do produto, pois há agregação de valores nessa fase, inclusive do próprio resultado, mesmo que ainda numa forma potencial, sem se concretizar em dinheiro, direitos a recebimento futuro ou outros ativos.

Para fins Contábeis, a receita só será reconhecida depois de efetuada as devidas transações de venda e os gastos no processo de produção forem considerados como estoque. Portanto, só passa a ser considerada despesa a partir da transação futura.

2.2.2. Princípio da Competência ou da confrontação entre despesas e receitas

Martins (2003, p. 32), diz que o período de confrontação entre as despesas e receitas ocorre após o momento da identificação das receitas, quando são definidas todos os gastos incorridos na produção, passando a serem caracterizados como despesa.

As despesas se subdividem em dois grupos:

- Despesas especificamente incorridas para consecução daquelas receitas que estão sendo reconhecidas: é o custo de produção do bem ora vendido;

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