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GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA

Por:   •  24/9/2018  •  Resenha  •  26.948 Palavras (108 Páginas)  •  355 Visualizações

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GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA

FONOLOGIA

  1. FONÉTICA

  1. Encontros Vocálicos
  1. Hiatos: encontro de duas vogais, separadas por sílabas.
  2. Ditongos: encontro de uma vogal e uma semivogal (“i” ou “u” em som baixo), numa mesma sílaba
  1. Ditongo crescente → semivogal + vogal
  2. Ditongo decrescente → vogal + semivogal
  3. Ditongo aberto e fechado existem 3 ditongos que podem ser pronunciados aberto e fechado, devendo receber acento diferencial (ei, éi / oi, ói / eu, éu) – nesse caso só devem ser acentuados os abertos se estiverem na sílaba tônica de oxítonas e não nas paroxítonas 
  1. Tritongos: encontro de semivogal, vogal e semivogal, numa mesma sílaba
  1. Dígrafos ou Digramas
  1. Ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema. Uma das letras não é pronunciada
  2. Dígrafos Consonantais: ch, lh, nh, rr, ss, sc, xc, gu, qu
  3. Dígrafos Vocálicos: “am, an”, “em, en”, “im, in”, “om, on”, “um, un” (rombo / tonto → som de õ)
  1. Separação silábica
  1. Ditongos e tritongos: mantidos na mesma sílaba
  2. Hiatos: compõem duas sílabas distintas
  3. Dígrafos “ch, lh, nh, gu e qu”: mantidos na mesma sílaba
  4. Letras que formam os dígrafps “rr, ss, sc, xs. xc”: separam-se as sílabas
  5. Encontros consonantais: deve-se separar sílaba, exceto se a consoante é seguida de “l” ou “r”.
  1. Ortoepia ou Ortoépia
  1. É a correta produção oral das palavras, de acordo com a norma culta.
  1. Aliteração e Assonância
  1. Aliteração: o mesmo fonema consonantal é reiterado numa sequência
  2. Assonância: o mesmo fonema vocálico é reiterado numa sequência
  1. Prosódia
  1. É a parte da fonologia que estuda a posição correta das sílabas tônicas nos vocábulos. Quando há deslocamento errôneo da sílaba tônica na pronúncia, diz-se que ocorreu uma silabada.
  1. Paronímia
  1. Palavras com pronúncia igual ou similar que têm significados diferentes e que são diferenciadas pela ortografia e acentuação, normalmente (coa e côa / porquê e porque)

ORTOGRAFIA

  1. USO DO HÍFEN

  1. Conceito
  1. Abrangência:
  1. Emprego das Letras (s/z; sc/sç/ss; j/g; izar/isar; etc)
  2. Acentuação gráfica
  3. Uso de outros sinais diacríticos (especialmente hífen e trema)
  1. Uso do Hífen (Novo Acordo Ortográfico)
  1. Regra Geral:
  1. Só colocamos hífen se houver coincidência de letras (vogal ou consoante) entre o fim do prefixo e início do segundo elemento e se a segunda palavra se inicia com H
  2. Se o segundo elemento começa com R ou S, dobram-se essas consoantes
  1. Regras Específicas

Prefixos

Regra do Novo Acordo Ortográfico

Auto, Contra, Extra, Intra, Infra, Neo, Proto, Pseudo, Semi, Supra, Ultra

Vale a Regra Geral
autoescola
auto-organização
contrarregra
extraoficial

Ante, anti, arqui, sobre

Vale a Regra Geral
antirrábica
anti-herói
antessala
arqui-inimigo

Hiper, super, inter

Usa-se hífen antes de H e R
hiper-herói
inter-relacionamento
super-herói

Circum, pan

Usa-se hífen antes de H, M, N e Vogal
Circum admite aglutinação e adaptação para circu ou circun
pan-americano
circum-adjacência
circunscrição

Mal, bem

Usa-se hífen para todos os casos de BEM, e com MAL só com vogal e H
Exceção: há casos de aglutinação com BEM

bem-aventurança
mal-amado
mal-humorado
malcriado
Exceção: benquisto, benquerença, benfeitor

Ad, ab, ob, sob, sub

Usa-se hífen quando houver consoante
Admite-se
aglutinação em alguns casos de H
ad-renal
ab-rogar
sub-raça
ad-digital
sub-hepático
sub-humano
ou subumano

Co, re, pro, pre

Não se usa hífen - aglutina-se a prefixo com a palavra (quando iniciado com H esta letra cai)
cooperação
coerdeiro
reaver
reeleição
proótico
preencher

Além, aquém, recém, sem, sota, soto, vice, ex

Usa-se hífen para todas as palavras
além-mar
recém-nomeado
sem-terra
ex-marido
soto-almirante

  1. Emprego das Letras
  1. Regra: palavra derivada conserva grafia da palavra primitiva (análise → analisar; aviso → avisar; local → localizar; ameno → amenizar)

  1. Acentuação Gráfica
  1. Regra: acentua-se o mínimo de palavras → São acentuadas:
  1. Monossílabos Tônicos terminados em O(S), A(S), E(S) → pé, cá, pó, rés, mós, pôr, sol, cor, si, bis
  2. Oxítonos terminados em A(S), E(S), O(S), EM(NS) → café, caqui, também, vender, reféns, dominó, sermão, juiz, país, colher, ruim, sabiá
  3. Paroxítonos NÃO terminados em A(S), E(S), O(S), EM(NS), AM → hífen, hifens (sem acento), biquíni, fênix, bíceps, coco, álbum, difícil, táxi, todas as conjugações verbais terminadas em AM (cantam, cantaram)
  4. Paroxítonos terminados em ditongo crescente e em ÃO → glória, indivíduos, sábia, concordância, acórdão
  1. Importante: para o VOLP o ditongo crescente difere-se do ditongo aberto (entra na regra do s proparoxítonos – sé-ri-e/vi-tó-ri-a) e os monossílabos são classificados na regra dos oxítonos
  2. CESPE: confirma a classificação de área, agrária, família como paroxítonas terminadas em ditongo, e não em proparoxítonas
  1. Proparoxítonos
  1. Ditongos Abertos ÉI, ÉU, ÓI → deixam de ser acentuadas as PAROXÍTONAS que têm esse ditongo → ideia, assembleia, apoio, apoia, heroico, paranoia
  2. Hiatos
  1. I ou U como 2ª vogal do hiato, sozinho (sem NH) ou acompanhado de S → acentuado
  2. Com qualquer outra letra ou sozinho com NH → não acentuado
  3. I ou U tônicos antecedidos de ditongo → não acentuado (feiura, Boacaiuva)
  1. Encontro de duas letras “e” nos verbos LER, VER, CRER, DAR → plural desses verbos não acentuado
  1. Acento Diferencial
  1. Conceito: são os acentos agudo ou circunflexo usados sobre vogais A, E, O em alguns vocábulos tônicos para diferencia-los de outros homógrafos átonos (Acento Diferencial de Intensidade ou Tonicidade) ou o acento circunflexo para diferenciar vogal fechada de aberta, esta registrada sem acento (Acento Diferencial de Timbre)
  2. Novo Acordo Ortográfico → conserva só 1 de timbre e 2 de tonicidade
  1. Timbre:
  1. Pode (presente do indicativo) e pôde (pretérito perfeito do indicativo)
  2. Facultativo → forma e fôrma / demos (presente) e demos (pretérito perfeito)
  1. Tonicidade ou Intensidade
  1. Pôr (verbo) e por (preposição) → Importante: como o circunflexo é acento diferencial, não se estende aos verbos derivados daquele  (propor, dispor, contrapor, indispor, repor)
  1. Sinais Diacríticos
  1. Sinais Diacríticos: sinais em letras para dar-lhes novo som. São 3 tipos:
  1. Acentos Gráficos
  1. São o agudo, circunflexo e grave
  2. Agudo e circunflexo → onde recai o acento será a sílaba tônica
  3. Grave → serve só para marcar a crase
  1. Cedilha → usado na consoante C antes das vogais O e A para diferenciar som de ca/ça e co/ço 
  2. Trema → extinto pelo novo acordo ortográfico
  3. Til
  1. Usado sobre vogais A e O para nasalar o som
  2. Não tem relação necessária com a sílaba tônica, podendo esta cair em outra sílaba sem o til – caso dos diminutivos de palavras terminadas em ão/ã (irmãzinha, anãozinho – sílaba tônica “zi”)

MORFOLOGIA

  1. FORMAÇÃO DE PALAVRAS

  1. Morfemas
  1. Conceito: unidades mínimas indivisíveis de significado das palavras → podem ser de 2 naturezas:
  1. Natureza Lexical → conceitos e sentidos da língua – léxico é conjunto de palavras de uma língua, ou seja, seu vocabulário
  2. Natureza Gramatical → gênero, número, modo, tempo
  1. Classificação: podem ser elementos básicos ou significativos; elementos modificadores de significação; e elementos de ligação
  1. Elementos Básicos ou Significativos
  1. Raiz: elemento mínimo, primitivo, com o núcleo significativo que se conserva no tempo, comum às palavras cognatas (mesma família) → estar (stare) e constar (constare) têm mesma raiz “st”
  2. Radical: morfema comum a palavras que pertencem a uma mesma família de significado → dá o significado básico das palavras
  3. Tema: união do radical com vogal temática → Ex: canta = cant + a
  1. Elementos Modificadores de Significação
  1. Afixos: morfemas adicionados ao radical capazes de alterar sua significação, podendo ser sufixos (depois) e prefixos (antes).
  2. Desinência: morfemas adicionados ao fim de variáveis e que indicam sua flexão 
  1. Nominais → flexões de gênero e número
  2. Verbais → DMT (Desinência Modo-Temporal) e DNP (Desinência Número-Pessoal)
  3. Verbo-Nominais (VN) →indica formas nominais de verbos: infinitivo (beber), gerúndio (correndo) e particípio (partido)
  1. Vogal temática: morfema que serve de elemento de ligação entre radical e as desinências. A soma “radical + vogal temática” recebe nome de tema
  1. Existe VT em nomes (somente a, e, o → rosa, sala) e verbos (somente a, e, i → define a conjugação verbal)
  2. Há formas verbais e nomes sem VT
  1. Nomes terminados em consoantes → rapaz, fácil
  2. Nomes terminados em vogal tônica (caso em que radical se confunde com tema) → saci, fé
  3. Algumas conjugações verbais
  1. Elementos de Ligação → Infixos = Vogais e Consoantes de ligação: morfema de origem geralmente eufônica, capaz de facilitar emissão vocal de certas palavras → sem significação → cafeteira = cafe + eira → adição de “t” eufônico)
  1. Processo de Formação de Palavras
  1. Podem ser formadas por derivação, composição, hibridismo, onomatopeia, sigla e abreviação
  2. Derivação: ocorre a partir de palavra primitiva, adicionando afixos. Pode ser dos seguintes tipos:
  1. Derivação Prefixal → adição de 1 ou mais prefixos
  2. Derivação Sufixal → adição de 1 ou mais sufixos
  1. Sufixo “ismo → pode indicar
  1. Doutrina, escola, teoria ou princípio artístico, filosófico, político, religioso, etc (monoteísmo, marxismo, positivismo)
  2. Ato de, prática de ou resultado de (heroísmo, terrorismo)
  3. Conjunto de características de grupo/povo (brasileirismo)
  4. Prática ou modalidade esportiva (ciclismo, atletismo)
  1. Derivação Prefixal e Sufixal →  adição de 1 prefixo e 1 sufixo a palavra primitiva de forma independente → sem um deles a palavra faz sentido deslealmente) 
  2. Derivação Parassintética ou Parassíntese: adição simultânea de 1 sufixo e 1 prefixo à palavra primitiva de forma dependente → a não adição concomitante gera perda de sentido da palavra (abençoar / endireitar / apregoar)
  3. Derivação Imprópria: ocorre quando uma palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical, processo basicamente semântico (Não aceitarei um não como resposta → o “não” é substantivo e advérbio)
  4. Derivação Regressiva: ocorre quando palavra derivada é menor que a primitiva → Quando aplicada sobre verbos, geram substantivos deverbais (Derivação Regressiva Deverbal), que significam nomes de ação (buscar → busca)
  1. Composição: palavras geradas pela aproximação de palavras simples (possuindo, assim, pelo menos dois radicais) ou de radicais eruditos. Pode ser de dois tipos:
  1. Justaposição: radicais mantidos na forma original, podendo ser ligados diretamente ou por hífen → os elementos formadores mantêm sua integridade sonora (passatempo / girassol / bem-me-quer)
  2. Aglutinação: alteração da forma ou acentuação dos radicais originários →  pelo menos algum dos elementos formadores sofre alterações em sua configuração sonora (vinagre = vinho + acre / aguardente = água + ardente / embora = em boa hora)
  1. Hibridismo → junção de radicais de línguas diferentes
  2. Onomatopeia → formação de palavras por imitação de sons e ruídos
  3. Sigla → redução de nomes ou expressão usando a primeira letra ou sílaba de cada palavra
  4. Abreviação ou redução → redução de parte de palavras com objetivo de simplificação
  5. Caso Especifico → estrutura “mais + bem/mal + particípio” → se adjetivo estiver precedido do advérbio “mais”, a norma culta não admite transformação destes em “melhor” ou “pior”, mantendo-os separados “mais bem” e “mais mal” (Ronaldinho é o jogador mais bem pago da atualidade)
  1. Posição do linguista Celso Pedro Luft
  1. Mais + bem + particípio → advérbio “mais” modifica advérbio “bem” que, com o primeiro, pode modificar o adjetivo participial → admitem-se ambas construções
  1. Separados → advérbio “bem” modifica o adjetivo, e advérbio “mais” modifica o outro advérbio “bem” (casas mais bem construídas)
  2. Unidos → os dois advérbios modificam o adjetivo (casas melhor construídas)
  1. Mais + [bem + particípio] → advérbio bem forma unidade semântica com o particípio e em alguns casos pode ser usado hífen → a contração é impossível (mais bem-humorado)
  1. CLASSES GRAMATICAIS
  1.  Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB)
  1. Admite 10 classes:
  1. Variáveis → substantivo, adjetivo, numeral, artigo, pronome, verbo
  2. Invariáveis → advérbio, conjunção, preposição, interjeição
  1. Classificação de Gramáticos Consagrados
  1. Admitem incluir a classe de palavras denotativas no rol de invariáveis
  1. A NGB as inclui no rol de advérbios
  2. São palavras ou expressões que indicam circunstâncias, sem necessariamente modificar um verbo, um adjetivo ou um advérbio → por isso gramáticos não as classificam como advérbio
  3. Podem denotar:
  1. Inclusão: até, inclusive, mesmo, também, etc
  2. Exclusão: apenas, salvo senão, só, somente, etc
  3. Designação: eis
  4. Retificação: aliás, isto é, ou melhor, etc
  5. Explicação: por exemplo, a saber, isto é, etc
  6. Realce: cá, lá, é que, só, que, etc
  7. Situação: afinal, então, agora, mas, etc → não se enquadram em nenhuma outra classificação e atuam como articuladores
  1. CESPE → pode questionar se a troca de uma palavra por outra altera o sentido → deve-se saber identificar se são palavras denotativas e verificar quais ideias expressam
  1. VERBOS
  1. Flexões Verbais
  1. Número: singular e plural
  2. Pessoa: 1ª, 2ª, 3ª
  3. Modo
  4. Tempo
  5. Vozes: ativa, passiva, reflexiva, recíproca
  6. Aspecto (Celso Cunha): manifesta o ponto de vista do qual o locutor considera a ação expressa pelo verbo, e em muitos casos contêm auxiliares modais
  1. Pontual (Acabo de chegar)
  2. Durativa (Fico a esperar)
  3. Contínua (Vou andando pelas ruas)
  4. Descontínua (Voltei a fumar)
  1. Modos Verbais
  1. Conceito: classificação nos modos depende da relação que o falante tem com aquilo que enuncia
  1. Indicativo: se constata um fato
  2. Subjuntivo: se apresenta uma hipótese, uma suposição
  3. Imperativo: se faz pedido, apresenta sugestão, demonstra desejo ou dá uma ordem
  1. Regra de construção do Imperativo: no Imperativo Afirmativo, as 2ª pessoas (singular e plural) buscam conjugação do presente do indicativo e tiram a letra “s”. Todo o restante (outras pessoas e Imperativo negativo) tem origem no presente do subjuntivo

[pic 1]

  1. Tempos Verbais – Derivação Verbal
  1. Tempos Primitivos: são tempos cujos radicais ou temas são usados para formar outros temas – presente do indicativo, pretérito perfeito do indicativo e infinitivo impessoal
  2. Tempos Derivados: provêm dos radicais dos tempos primitivos ou do infinitivo impessoal
  1. Tempos derivados do Presente do Indicativo
  1. Presente do Subjuntivo: usa-se o radical do “eu”
  2. Imperativo Negativo: usa-se o radical do presente do subjuntivo formado. Não existe primeira pessoa do singular desse tempo.
  3. Imperativo Afirmativo: usa-se o “tu” e “vós” do presente do indicativo, retirando o ”s”, e o “ele, nós, eles” do presente do subjuntivo sem alterar a expressão
  1. Tempos derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo
  1. Pretérito-mais-que-perfeito do indicativo
  2. Pretérito imperfeito do subjuntivo
  3. Futuro do subjuntivo
  1. Tempos derivados do Infinitivo Impessoal
  1. Pretérito Imperfeito do Indicativo
  2. Futuro do presente do indicativo
  3. Futuro do pretérito do indicativo
  4. Infinitivo pessoal
  5. Particípio
  6. Gerúndio

[pic 2]

[pic 3]

  1. Tempos Verbais – Correlação Verbal
  1. Conceito → articulação entre as formas verbais do período, estabelecendo-se correspondência entre si, de tal forma que qualquer alteração de tempo verbal da primeira parte da sequência deve corresponder à alteração da segunda parte
  2. Casos mais importantes
  1. Presente Indicativo + Presente Subjuntivo → Exijo que me diga a verdade
  2. Pretérito Perfeito Indicativo + Pretérito Imperfeito Subjuntivo → Exigi que me dissesse a verdade
  3. Presente Indicativo + Pretérito Perfeito Composto Subjuntivo → Espero que ele tenha feito boa prova
  4. Futuro do Pretérito Indicativo + Pretérito Mais-que-Perfeito Composto Subjuntivo → Gostaria que ele tivesse vindo
  5. Futuro Subjuntivo + Futuro do Presente Indicativo → Se você quiser o material, eu o trarei
  6. Pretérito Imperfeito Subjuntivo + Futuro Pretérito Indicativo → Se eu falasse a verdade, você acreditaria em mim
  1. Casos Especiais de Correlação Futura → há formas de expressar ação futura certa em correlação verbal, muito usada como “pegadinha” em provas
  1. Ir + Infinitivo → Vou/Irei fazer as contas para ver se vou poder sair com você (troca-se o “farei” e o “poderei sair”)
  2. Haver + de + Infinitivo → Há de surgir uma estrela no céu (troca-se o “surgirá”)
  3. Presente → uso do tempo presente do indicativo para ações futuras, fenômeno conhecido como enálage → Faço esse trabalho amanhã (troca-se o “farei”)
  1. Casos Especiais de Correlação Passada → há a possibilidade de usar o presente na indicação de fatos históricos para dar maior vivacidade aos fatos narrados em texto narrativo e para causar impacto em texto jornalístico → Presente Histórico ou Presente Narrativo

  1. Tempos Verbais – Modo Indicativo
  1. Presente → indica:
  1. Fato que ocorre no momento em que se fala – Presente Momentâneo ou Instantâneo (Ouço ruídos na cozinha)
  2. Fato que é comum de ocorrer – Presente Habitual ou Frenquentativo (Eu morro de inveja dela)
  3. Um princípio, um conceito ou um dado – Presente Durativo (Todos os anos, muitas crianças morrem de desnutrição no Brasil ou Todo homem é mortal)
  4. Um fato passado, mas com verbo no presente com a finalidade de realce – Presente Narrativo ou Histórico (Furacão mata duas mil pessoas em cidade americana)
  1. Pretérito Perfeito → fato ocorrido e perfeitamente concluído antes do momento em que se fala (Todos souberam do assassinato da atriz)
  2. Pretérito Perfeito Composto → denota continuidade do ato, com início no passado ou a habitualidade de uma ação (Eu tenho cometido muitos erros na escolha das minhas namoradas)
  3. Pretérito Imperfeito → indica:
  1. Fato realizado e não concluído (Ele buscava a perfeição antes de morrer)
  2. Fato em curso no momento em que ocorreu outro fato (Ele andava pela rua quando foi abordado pelos ladrões)
  3. Fato de certa duração no passado (Quando jovem, corríamos para a praia nos fins de semana)
  4. Fato que apresenta certa duração (Ela buscava a solução de seus problemas nos outros) → chamado de Indicativo Passado Durativo
  1. Pretérito Mais-que-Perfeito → fato realizado antes de outro fato também no passado (Antes da sua morte, ele pedira o perdão aos filhos)
  2. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto → forma mais comum de expressar o fato realizado antes de outro também no passado (Antes da sua morte, ele tinha pedido o perdão aos filhos)
  3. Futuro do Presente → fato posterior certo de ocorrer no futuro (Doarei todos os livros após minha aprovação)
  4. Futuro do Presente Composto → denota:
  1. Futura ocorrência de fato que se iniciou no presente (Até o próximo ano, terei acumulado 100 mil milhas)
  2. Ocorrência de ação futura concluída antes de outra também no futuro (Quando você chegar, terei ido ao curso)
  1. Futuro do Pretérito/Futuro do Pretérito Composto → indica:
  1. Fato posterior a um fato passado (Você me garantiu que o nosso amor não morreria → fato futuro em relação ao fato passado ou futuro dentro do passado)
  2. Fato que não chegou a se realizar (Eu iria à sua casa, mas tive um problema)
  3. Incerteza (Acharam um corpo que seria do chefe do tráfico)
  4. Hipótese relacionada a uma condição (Se você tivesse comprado o carro, não teria perdido o dinheiro no jogo)
  5. Polidez (Você poderia me passar o sal?)
  1. Tempos Verbais – Modo Subjuntivo
  1. Presente → pode exprimir, em orações principais (período composto) ou absolutas (período simples):
  1. Desejo (Deus te abençoe)
  2. Hipótese (Suponhamos que você fosse aprovado)
  3. Dúvida (Talvez ela seja feliz com outra pessoa)
  4. Conjunção → caso
  1. Pretérito Perfeito Composto → exprime:
  1. Fato passado presumivelmente concluído (É leviano afirmar que ele tenha feito isso)
  2. Fato futuro terminado antes de outro fato também futuro (Quando o filme acabar, é possível que ele já tenha adormecido)
  1. Pretérito Imperfeito → usado na oração principal quando:
  1. O verbo está no passado (Ela não encontrou quem a fizesse feliz)
  2. O verbo está no futuro do pretérito, indicando condição ligada a uma hipótese (Se ouvisse minha mãe, hoje estaria casada)
  3. Conjunção → se, caso
  1. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto → expressa uma ação anterior a outra já ocorrida (Se tivesse ouvido minha mãe, hoje estaria casada)
  1. Diferença para o pretérito imperfeito → no pretérito imperfeito a condição pode ser ainda atual (Se eu ouvisse ... = continua-se não ouvindo), ao passo que no mais-que-perfeito composto o sentido é de vontade de mudança (Se tivesse ouvido ... = hoje faria diferente)
  1. Futuro → empregado em:
  1. Orações temporais (Quando quiser, irei com você ao parque)
  2. Orações condicionais (Se estiver perdido, peça ajuda)
  3. Construções com pronome indefinido “quem” na função de sujeito (Quem viver verá / Quem quiser se manifestar levante a mão)
  4. Conjunção → se
  1. Futuro Composto → denota ação futura em relação a outra ação futura, sempre com o matiz de hipótese, possibilidade ou probabilidade do subjuntivo (Quem tiver terminado o trabalho sairá mais cedo)
  2. Observações Adicionais
  1. Em orações subordinadas adverbiais concessivas iniciadas pelas conjunções “embora, ainda que, mesmo que, conquanto, posto, posto que” → usa-se subjuntivo, com raras exceções
  2. Em orações subordinadas adverbiais temporais introduzidas por “antes que, assim que, até que, enquanto, depois que, logo que”, quando ocorrem nas indicações de possibilidade (e não de realidade) → usa-se subjuntivo
  1. Tempos Verbais – Locução Verbal
  1. Conceito → estrutura na qual todos os verbos que compõem o conjunto possuem o mesmo significado nocional, em que o sentido da ação está no verbo principal, cabendo aos auxiliares a função de indicar aspectos, tempos ou vozes verbais
  2. Formação de Locuções Verbais → ocorrem nas seguintes situações:
  1. Tempos Compostos → com verbos auxiliares “ter” e “haver”
  2. Voz Passiva → com verbos auxiliares “ser” e “estar”
  3. Construções com Auxiliares Modais → verbos modais definem com mais rigor o modo como se realiza ou se deixa de realizar a ação verbal
  1. Aspectos da ação expressa pelos modais → pontual ou extensa; contínua, periódica ou permanente; pouco usual ou costumeira; hipotética ou real
  2. Algumas circunstâncias expressas pelos modais:
  1. Início ou fim → Comecei a estudar / Acabei de acordar
  2. Continuidade → Vai andando
  3. Obrigação → Tive de entregar a prova
  4. Possibilidade → Posso escrever
  5. Dúvida → Ela parece gostar
  6. Tentativa → Ele procura entender o problema
  1. Formas Nominais
  1. Conceito → são palavras de origem verbal que podem ser empregadas nas funções próprias de adjetivos, substantivos ou advérbios → infinitivo, gerúndio e particípio
  2. Infinitivo
  1. Impessoal → sem sujeito e, por isso, sem flexão – usado no sentido genérico (“ato de”)
  2. Pessoal → com sujeito, podendo ser flexionado ou não
  3. Aplicação → como substantivo, especialmente quando acompanhado de determinante (artigo, pronome), sendo um caso de derivação imprópria → O ranger da cadeira leva-o à loucura
  1. Gerúndio
  1. Locuções verbais de ações durativas → O presidente fica persistindo no assunto
  2. Orações Subordinadas Reduzidas → Persistindo os sintomas, o médico deve ser consultado (Advérbio de condição = Caso persistam os sintomas...)
  1. Particípio
  1. Aplicação → com auxiliares “ter” e “haver” para formar tempos compostos , com auxiliares “ser” para formar voz passiva de ação e com o verbo “estar” para voz passiva de estado
  2. Forma regular → ado/ido → usada com verbos “ter” e “haver” no tempo composto
  3. Forma irregular → usada com verbos “ser” e “estar” na voz passiva
  1. Verbos Defectivos
  1. Verbos que não possuem conjugação completa no presente do indicativo e nos tempos dele derivados → ou seja, possuem toda a conjugação de pretéritos e futuros
  2. Podem ser impessoais, unipessoais e pessoais
  1. Impessoais: não têm sujeito, sendo usados normalmente na terceira pessoa do singular, como os fenômenos da natureza (chover, trovejar, relampejar)
  2. Unipessoais: exprimem vozes de animais em sentido denotativo ou acontecimentos/necessidades (convir, ocorrer, suceder, acontecer) e são normalmente conjugados na terceira pessoa do singular ou plural
  3. Pessoais: apresentam apenas algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos
  1. Verbos Abundantes
  1. São os verbos que apresentam mais de uma forma para determinada flexão, ocorrendo normalmente no particípio (morrido e morto / suspendido e suspenso)
  1. Vozes Verbais
  1. Voz Ativa: sujeito pratica ação expressa pelo verbo
  2. Voz Passiva: sujeito recebe a ação verbal
  1. Analítica: forma longa
  2. Sintética ou Pronominal: forma curta
  1. Reflexiva: construída com um verbo e um pronome reflexivo. O Sujeito pratica contra si mesmo a ação verbal
  2. Recíproca: classificação de Evanildo Bechara. É construída com verbo e um pronome recíproco. Ao mesmo tempo em eu pratica a ação, recebe-a de volta por outro agente. Por ser recíproco, o verbo deve estar sempre no plural, pois o ato é necessariamente praticado por dois ou mais agentes (Ao fim do jogo, os jogadores agrediram-se)
  3. Transposição das Vozes

(1)

(2)

(3)

(4)

Voz Ativa

O professor

Deu

o livro

ao aluno

Sujeito Agente

Verbo

OD

OI

(2)

(3)

(1)

(4)

Voz Passiva Analítica

O livro

foi dado

pelo professor

ao aluno

Sujeito Paciente

Locução Verbal

Agente da Passiva

OI

(2)

(3)

-

(4)

Voz Passiva Sintética

O livro

deu-se

-

ao aluno

Sujeito Paciente

Verbo Pronominal

-

OI

  1. Item (1): o termo que exercia função sintática de sujeito na voz ativa passa a Agente da Voz Passiva
  2. Item (2): o OD na voz ativa passa a Sujeito da construção passiva
  3. Item (3):
  1. Passiva Analítica: o verbo passa a formar locução verbal. Não pode haver mudança no tempo ou modo verbal. Se o verbo estiver no presente, o auxiliar da locução deve estar no presente.
  2. Passiva Sintética: não há locução verbal, e o verbo irá concordar com seu sujeito paciente e ao seu lado será colocado um pronome apassivador e desaparece o agente da passiva. Normalmente o verbo antecede o sujeito paciente
  1. Item (4): Todos os demais elementos oracionais permanecem na mesma função sintática da voz ativa
  2. Regras de Transposição
  1. Identificar o OD da voz ativa, pois é ele que será o sujeito da voz passiva e com o qual o verbo irá concordar → para ter OD é preciso que o verbo seja VTD ou VTDI
  2. Realizar concordância verbal corretamente
  3. Manter conjugação do verbo auxiliar da locução passiva no mesmo tempo e modo do verbo apresentado na voz ativa
  4. Locução verbal com 3 verbos (está sendo desenvolvido) → ao passar para voz passiva sintética elimina o verbo intermediário e adiciona o pronome apassivador (está se desenvolvendo)

  1. ADJETIVOS

  1. Conceito
  1. É palavra variável que caracteriza o substantivo, atribuindo-lhe qualidades e modos de ser, ou indicando-lhe aspecto ou estado. Sempre terá função adjetiva a palavra que modificar um substantivo, mesmo que não seja um adjetivo isoladamente (O trabalho semelhante ao escravo se manteve de outra forma → “escravo” modifica “trabalho”)
  1. Classificação
  1. Primitivos ou derivados: primitivos não são formados por nenhuma derivação, e os derivados o são
  2. Simples ou compostos: os compostos apresentam pelo menos dois radicais em sua estrutura (socioeconômico / ítalo-brasileiro)
  1. Flexão
  1. Gênero
  1. Biformes e uniformes: os uniformes são únicos para masculino e feminino
  2. Caso especial: adjetivos compostos que têm um substantivo como segundo elemento são uniformes (casaco amarelo-limão / camisa amarelo limão). Os adjetivos “azul-marinho” e “azul-celeste” são uniformes.
  1. Número
  1. Adjetivos compostos por dois adjetivos: só o segundo vai ao plural (luso-brasileiros / médico-cirúrgicas)
  2. Adjetivos compostos no qual o segundo termo é um substantivo: são invariáveis (verde-mar / amarelo-canário)
  1. Grau
  1. Comparativo: podem ser de igualdade, superioridade ou inferioridade → mais do que, tão quanto, menos do que, melhor do que, pior que
  1. Importante: a forma “menor” é um comparativo de superioridade, pois equivale a “mais pequeno”
  1. Superlativo
  1. Relativo: pode ser de inferioridade ou superioridade em relação a todos os demais seres de um conjunto que possui determinada característica (o menos crítico de todos)
  2. Absoluto: intensifica-se a característica do adjetivo em relação a um determinado ser que a possui
  1. Analítico: há um advérbio (muito crítico / demasiado exigente)
  2. Sintético: há sufixos (íssimo, érrimo)
  1. PRONOMES
  1. Conceito
  1. Palavra que denota os seres ou se refere a eles, considerando-os como pessoas do discurso ou relacionando-os com elas. Podem desempenhar funções de substantivos ou adjetivos, sendo chamados pronomes substantivos (se fica no lugar do nome) ou adjetivos (se o determina).
  2. Função: responsáveis pela coesão textual, ou seja, pela ligação entre os elementos da oração e delas em relação ao texto com vistas a dar nexo entre ideias do texto → a incoerência do texto muitas vezes se deve à falta de coesão, exatamente porque a leitura fica prejudicada pelo emprego inadequado de pronomes, conjunções e outros elementos textuais, inclusive pontuação – chama-se “ruptura semântica” → pronomes têm papel decisivo na construção de texto coeso e coerente, a partir de indicações corretas aos seus elementos, quer antecedentes (referência anafórica), quer subsequentes (referência catafórica)
  1. Termo Vicário → substitui algo que já foi mencionado anteriormente
  1. Processo de Coesão por Referência→ um elemento (que pode ser pronome pessoal, possessivo ou demonstrativo) retoma (no passado) ou remete (no futuro) outro elemento, evitando sua repetição → Mecanismos:
  1. Correlação Lexical → o emprego de sinônimos que correspondam ao termo a ser retomado (O casal adquiriu uma poltrona, mas o móvel veio com problemas)
  2. Figuras de Linguagem → O Senado [senadores], por maioria, aprovou o projeto de lei.
  3. Termos e expressões vicárias → palavras (normalmente pronomes demonstrativos como “o” ou “isso”) ou expressões (como “fazer isso”) que substituem o antecedente (Falei que o abandonaria e vou fazê-lo)
  1. Classificação
  1. Pessoais
  1. Caso Reto: aqueles que desempenham função de sujeito ou predicativo do sujeito nas orações
  2. Caso Oblíquo: aqueles que desempenham funções de complementos verbais (OD e OI) ou nominais. Podem ser de dois tipos:
  1. Átonos: me, te, se, nos, vos, o, a, os, as, lhe, lhes
  1. Sempre OI: lhe, lhes
  2. Sempre OD: o, a, os, as
  3. Ambíguos: me, te, se, nos, vos → quando forem OI não serão precedidos de preposição, ao contrário dos tônicos (abaixo)
  1. Tônicos: mim, ti, ele, ela, si, nós, vós, eles, elas
  1. São sempre precedidos de preposição
  1. Uso dos Pronomes Pessoais Oblíquos Átonos com valor Possessivo
  1. Os pronomes acima podem ser usados no lugar de “seu/sua” ou “dele/dela”, indicando que modificam os substantivos a que se referem, em vez de completar-lhes o sentido, o que ocorreria de fosse um OD ou OI
  2. Classificação Sintática → Evanildo Bechara afirma que a função sintática do pronome oblíquo com valor possessivo é de Objeto Indireto de Posse, enquanto a maior parte dos gramáticos define sua função com de Adjunto Adnominal, uma vez que o termo procura definir, alterar ou restringir o significado do nome, como faria um pronome possessivo
  1. Pronomes de Tratamento: são pronomes da 2ª pessoa do discurso, ou seja, representam a pessoa com quem falamos, e para isso usa-se um pronome de 2ª pessoa (vós) – Vossa Majestade, Vossa Excelência, Vossa Senhoria, etc. Não obstante serem usados ao dirigir-se a alguém (2ª pessoa do discurso), esses pronomes levam o verbo e os pronomes possessivos à 3ª pessoa (Vossa Excelência tem manifestado sua opinião) → quando, em vez de dirigir-se a essa autoridade, fala-se dela (terceira pessoa do discurso – a pessoa de quem se fala), passa-se a empregar o pronome acompanhado do possessivo “Sua” (Sua Excelência, Sua Senhoria, etc)
  1. Possessivos
  1. Exemplos: meu, teu, seu, nosso, vosso, sua, etc
  2. Pessoais oblíquos átonos com valor possessivo: Vou seguir-lhe os passos → Vou seguir seus passos / Apertou-me as mãos → Apertou minhas mãos
  1. Demonstrativos
  1. Exemplos: este, esse, isto, isso, aquilo, aquele, etc
  2. Funções Linguísticas
  1. Função Dêitica → Indicar a posição dos seres no espaço e no tempo
  1. Ao referir-se ao momento presente (referência temporal) ou a algo que está próximo do falante (referência espacial), usam-se “este, esta, isto” (Neste fim de semana [o que está por vir], iremos ao teatro)
  2. Em relação ao momento passado (temporal) ou próximo do ouvinte (espacial), usam-se “esse, essa, isso” (Nesse fim de semana [o que passou], fomos ao teatro)
  3. Para se referir a momentos distantes no futuro e passado (temporal) ou a algo que está distante do falante e do ouvinte, usam-se “aquele, aquela, aquilo” (Naquela época, usava-se espartilho)
  4. Outros elementos que expressam função dêitica → alguns pronomes, como os pessoais, alguns advérbios (aqui, ali, agora) e substantivos
  1. Substituir elementos textuais em referência catafórica ou catafórica → se o termo for antecedente é anafórico, e se for posposto é catafórico
  1. Interpretações e Uso
  1. Este/Isto: indicam proximidade de quem fala ou escreve, retoma o termo mais próximo em relação ao que foi dito ou precede aquilo que será dito (função catafórica)
  2. Esse/Isso: indicam proximidade da pessoa a quem se fala ou escreve ou se refere ao que já foi dito na frase ou texto (função anafórica).
  3. Este/Aquele: quando houver mais de um elemento textual aos quais será feita menção, pode-se usar “este” para o mais próximo e “aquele” para o mais distante
  4. Casos Especiais
  1. “O, os, a, as, tal, tais” como demonstrativos: ocorre se equivalem a isto, isso, aquilo, aquele, aqueles, aquela, aquelas (A que fizer o melhor trabalho será promovida → Aquela que fizer...)
  1. Dica: normalmente vêm junto à preposição “de”, ao pronome relativo “que” ou a um adjetivo, o que é uma dica para sua identificação
  1.  “Tal, tais” como demonstrativos: além do caso acima, se significar “semelhante”, também é demonstrativo (Não fiz tal coisa → Não fiz semelhante)
  1. Por essa razão, “semelhante e semelhantes” são demonstrativos se significarem “tal e tais
  1. “Mesmo, próprio” como demonstrativos: ocorre se equivalem a “idêntico”, “em pessoa” (Não se pode continuar insistindo nos mesmos erros / O próprio eleitor vai fiscalizar as urnas)
  1. Interrogativos
  1. Que / Quem / Qual / Quanto (Que é isso? / Quero saber que é isso / Estou perguntando quem é esse senhor / Quero saber quanto lhe devo)
  1. Indefinidos
  1. Referem-se à terceira pessoa do discurso de forma vaga, imprecisa ou genérica
  2. Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, nada, algo, cada, outrem, mais, menos, demais
  3. Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vário, vários, tanto, quanto, um/uns, bastante, qualquer
  4. Uso especial de “todo” e “todo o” → Cegalla ensina que no português moderno firmou-se a distinção entre ambos, sendo “todo” equivalente a qualquer e “todo o” equivalente inteiro (Todo assunto foi tratado [qualquer assunto] / Todo o assunto foi tratado [o assunto inteiro])
  1. Relativos
  1. Conceito → substituem ou especificam um antecedente e introduzem uma oração subordinada – atuam como pronomes e conectivos simultaneamente
  2. Usos
  1. O termo remete a concordância para o seu antecedente
  2. Regra Geral de Uso: verifique
  1. Qual deve ser o pronome mais adequado, a depender do antecedente (lugar, pessoa, coisa, modo, etc)
  2. Se o algum termo na oração adjetiva exige preposição
  1. Supressão de pronomes relativos → duas orações coordenadas entre si e ligadas à mesma OP torna a omissão da segunda ocorrência do pronome possível para tornar o texto mais claro e sucinto (... qualquer ateniense maior de 18 anos que tivesse prestado serviço militar e [que] fosse homem livre)
  2. Exemplos: que, o qual (exclusivamente pronomes relativos), cujo (equivalem a de que, do qual ou de quem), quem (refere-se a pessoa personificada – “aquele que”), onde (equivalente a em que), quanto (após os pronomes indefinidos “tudo, todos, todas” – Esqueci tudo quanto foi dito por ela), quando, como (modo)

[pic 4]

  1. Pronome “se”
  1. Conjunção Integrante → inicia oração substantiva (Perguntei se você viria)
  2. Conjunção Adverbial → por apresentar valor condicional (Se ela dança, eu danço)
  3. Parte integrante do verbo
  1. Alguns verbos só se conjugam acompanhados de um pronome pessoal, como queixar-se, orgulhar-se, arrepender-se, suicidar-se – esses pronomes são conhecidos como “parte integrante do verbo” e não exercem função sintática específica
  2. Mesmo que apresentem ideia reflexiva, o verbo não existe sem o pronome e recebe essa classificação
  1. Pronome Pessoal Oblíquo → pode ser:
  1. Reflexivo → nesse caso, o sujeito, simultaneamente, pratica e sofre a ação verbal (Ela se cortou com a faca)
  2. Recíproco → Os namorados se beijavam no cinema
  1. IIS → com VTI, VI ou VL sob a forma “3ª pessoa singular + se”
  2. Partícula de Realce ou Expletiva → sem função na oração, podendo ser retirada sem prejuízo gramatical ou semântico → Ele se foi embora e levou meu coração
  3. Pronome apassivador → com VTD e VTDI, formando a voz passiva sintética ou voz passiva pronominal (sinônimos) → Coisas bonitas se veem por aqui (Coisas bonitas são vistas)
  1. Troca entre pronomes relativos “quem” e “que”
  1. Quem” é usado quando o referente for pessoa e está sempre precedido de preposição → se for decidido usar o relativo universal “que”, haverá tão somente mudança no emprego do pronome, em nada se alterando a regência do verbo que solicita a preposição antes do “quem” → ao trocar, mantém a preposição
  2. Exemplos
  1. ... desses de quem estamos ainda cuidando
  2. ...desses de que estamos ainda cuidando

  1. PREPOSIÇÃO

  1. Introdução: Coesão e Coerência Textual
  1. Conceito: é relação da significação entre elementos do texto – entre palavras, entre orações em um período, entre períodos → feita por meio de articuladores textuais ou conectivos, e qualquer emprego indevido destes gera incoerência textual
  2. Principais Conectivos
  1. Advérbios e locuções adverbiais → A primeira-dama visitou as instalações do hospital e ali pode constatar as precárias condições.
  2. Conjunções e Locuções conjuntivas – coordenativas e subordinativas → Argélia mantém tratado de paz, apesar dos atentados suicidas
  3. Preposições e locuções prepositivas → Após absolvição, Renan volta a afirmar sua permanência no cargo
  4. Itens de continuidade, articuladores ou elementos de transição → então, daí, ora, etc → Afinal, a pergunta que se faz é o que queremos para o futuro
  1. Conflito de Conectivos
  1. Emprego de preposições e locuções prepositivas com um único termo regido devem apresentar formas convergentes → o não atendimento dessa regra gera problema de conflito e, consequentemente, de paralelismo
  2. Você virá à festa antes ou após a meia-noite?
  1. Antes → exige preposição – antes da meia-noite
  2. Após → não exige preposição – após a meia-noite
  3. Solução → Você virá à festa antes da meia-noite ou após esse horário?
  1. Conceito
  1.  Palavra invariável que atua como conectivo entre palavras ou orações, estabelecendo sempre uma relação de subordinação → isoladamente não possuem significado nem exercem função sintática
  2. Função sintática: são conectivos, ou seja, elementos de ligação entre termos oracionais, podendo introduzir
  1. CVs e CNs: Obedeço aos meus princípios / Continuo obediente aos meus princípios.
  2. Locuções adjetivas: É uma pessoa de valor
  3. Locuções adverbiais: Tive que agir com cautela → no caso de locuções adverbiais as preposições também indicam noções fundamentais para compreensão e sentido das frases
  4. Orações reduzidas: Ao chegar, fui recebido por ela.
  1. Classificação
  1. Preposições Essenciais: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás
  2. Preposições Acidentais: palavras de outras classes gramaticais que, em certos contextos, podem atuar como preposições (como / conforme / consoante / durante / exceto / for a / mediante / salvo / Segundo / senão / tirante / visto / …
  3. Uso de pronomes pessoais com preposições
  1. Com preposições essenciais: regem pronomes oblíquos tônicos (Falamos sobre ti / Não vá sem mim)
  2. Com preposições acidentais: regem pronomes retos (Todos, exceto eu, concordaram com a decisão)
  1. Funções
  1. Importância → questões CESPE que envolvem preposição normalmente envolvem troca de uma por outra, e isso só poderá ser feito se preservar o sentido e elas exercerem mesma função
  2. Sentidos
  1. Lugar → Ficarei em casa. Que tal você vir até aqui?
  2. Limite → Permito que meu filho vá até o portão
  3. Origem → Acabou de chegar de NY
  4. Finalidade → Para causar impacto, deu notícia de supetão
  5. Causa → Seu pai morreu de derrame cerebral
  6. Assunto → A candidata discursou sobre o voto feminino
  7. Meio/destino → Fui a pé para o trabalho
  8. Matéria → Comprei um lindo relógio de ouro
  9. Autoria → Foi lançado o novo livro de Paulo Coelho
  10. Companhia → Maria irá com você à festa
  1. Locuções prepositivas
  1. Conjuntos de palavras que têm valor de preposição, sendo uma dessas palavras sempre uma preposição
  2. Acerca de / a respeito de / de acordo com / graças a / para com / por causa de / abaixo de / embaixo de / acima de / em cima de / por cima de / ao lado de / dentro de / em frente a / em redor de / perto de / por trás de / junto a / junto de
  1. Combinações, Contrações e Elipses
  1. Combinações: preposição se une a outra palavra e preserva seu fonema (ao, aos)
  2. Contrações: a preposição sofre modificações na estrutura fonológica (do,num, disto, naquela, pela). Importante: o “pela, pelo” é oriundo da preposição “per”
  3. Elipses
  1. Podem ocorrer especialmente com adjuntos adverbiais de tempo → Neste/este fim de semana, irei ao litoral / Chegarei (no) domingo / A lista dos aprovados sairá (n)esta semana ainda
  2. Podem ocorrer antes de uma série de elementos, de tal forma que a omissão da preposição indica a formação de um conjunto → a repetição da preposição tem mais valor estilístico do que gramatical, recomendando-se manter apenas 1 preposição quando o objetivo for o conjunto → Estivemos diante de autoridades e jornalistas (privilegia o conjunto) / Estivemos diante de autoridades e de jornalistas (privilegia os elementos)
  1. Casos Particulares
  1. Ter que / ter de
  1. Doutrina
  1. Napoleão Mendes de Almeida → “’ter de’ denota obrigatoriedade, e ‘ter que’ apenas relata a existência de coisa para fazer, e que ainda não foi feita. Em  ‘tenho dois livros que traduzir’, ‘dois livros’ é OD de ‘tenho’ e antecedente do relativo ‘que’, OD de ‘traduzir’”
  2. Domingos Paschoal Cegalla → “É recomendável usar ‘ter de’ em vez de ‘ter que’ quando se quer exprimir obrigação e necessidade. Não é erro usar ‘ter que’, pois tal sintaxe se incorporou ao português atual. ‘Ter que’ é de rigor em frases como as seguintes, nas quais o ‘que’ é pronome relativo: ‘Hoje não temos nada que comer’ e ‘Nada mais tínhamos que fazer ali’”
  1. Banca CESPE → admite-se tanto o ‘ter que’ quanto o ‘ter de’ antes de infinitivo
  1. CONJUNÇÕES
  1. Conceito
  1. É palavra invariável que une termos de uma oração ou une orações, podendo relacionar termos de mesmo valor sintático, orações sintaticamente equivalentes (coordenadas) ou diferentes (subordinadas).
  2. Função sintática: não exercem função específica quando sozinhas, atuando como conectivos
  1. Locuções conjuntivas
  1. São conjuntos de palavras que atuam como conjunções, geralmente terminando em “que”: visto que, desde que, ainda que, por mais que, à medida que, à proporção que, etc.
  1. Classificação – Conjunções Coordenativas
  1. Conjunção que relaciona termos ou orações de idêntica função gramatical
  2. Aditivas: exprimem adição – e, nem, não só… mas também… (neste caso são séries aditivas enfáticas), etc
  1. Séries Aditivas Enfáticas → relacionam elementos com ideia de adição, mas com uma ênfase maior do que uma simples conjunção aditiva proporcionaria – tanto ... quanto, não só ... mas também, tanto ... como, etc → Eu e você fomos ao baile / Tanto eu quanto você fomos ao baile
  1. Adversativas: exprimem oposição ou contraste – mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, enquanto, não obstante, etc
  1. Inobstante → apesar de surgir na linguagem coloquial, não tem respaldo na gramática normativa
  1. Alternativas: exprimem alternância ou exclusão – ou, ora, nem, quer, seja (repetidos ou não) etc.
  2. Conclusivas: exprimem conclusão em relação à oração anterior – logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo – no meio da oração sindética), logo, por isso, assim, etc.
  3. Explicativas: exprimem explicação – pois (anteposto ao verbo – no início da oração sindética), que, porque, porquanto
  1. Classificação – Conjunções Subordinativas
  1. Integrantes
  1. Introduzem OS Substantivas – que, se, como
  2. Sobre essas conjunções aplica-se a regra do ISSO
  3. Casos de OSS não iniciadas por conjunções integrantes – Orações Justapostas
  1. Agente da Passiva → A escola foi reformada por quem quebrou → Foi reformada por ELE → neste caso a OS é chamada de justaposta e é iniciada por outro elemento, especificamente um pronome indefinido (quem)
  2. Iniciadas por advérbios → Não sei como você aguentou tudo isso / Preciso saber quanto você me ama → a partir de “como” e de “quanto” é possível substituir toda a oração por ISSO, o que prova ser uma OSS; porém, nestes casos, tem-se advérbios
  1. Regra → conjunções integrantes sempre iniciam OSS, mas as OSS nem sempre são iniciadas exclusivamente por conjunções integrantes, podendo-o ser por advérbios e pronomes
  1. Adverbiais
  1. Sempre iniciam orações subordinadas adverbiais, mas nem toda oração subordinada adverbial é iniciada por uma conjunção adverbial → pode ser iniciada por outro termo (advérbio, pronome) ou se apresentar em forma nominal reduzida (particípio, gerúndio, infinitivo), dispensando conectivo
  2. Causais: porque, como, uma vez que, visto que, já que, pois, porquanto, desde que, por isso que, etc
  3. Concessivas: exprimem concessão – embora, ainda que, mesmo que, conquanto, apesar de que, etc
  1. Dica → porquanto x conquanto → conquanto é concessiva, e porquanto significa por causa de (e por isso é causal ou explicativa)
  1. Condicionais: exprimem condição ou hipótese – se, caso, desde que, contanto que, etc
  2. Conformativas: exprimem conformidade – conforme, consoante, segundo, como, etc
  3. Comparativas: estabelecem comparação ou confronto de ideias – como, mais … (do) que, menos/mais … (do) que, assim como, bem como, tal qual, qual, etc
  4. Consecutivas: exprimem consequência – que, de sorte que, de forma que, de modo que, de maneira que, (tanto/tamanho/tão) que, etc
  5. Finais: exprimem finalidade – para que, a fim de que, que, porque, etc
  6. Proporcionais: estabelecem proporção ou simultaneidade – à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais … menos …, etc
  7. Temporais: quando, enquanto, antes que, depois que, desde que, logo que, assim que, etc
  1. Casos Especiais
  1. Enquanto x Enquanto que
  1. Enquanto → pode significar:
  1. Oposição → enquanto um filho é preguiçoso, o outro já venceu na vida
  2. Concomitância de ações → enquanto eu durmo, ele trabalha
  1. Enquanto que → não há uniformidade de entendimento sobre seu uso, e nesse caso o CESPE não considera errado – para a sentença estar errada deverá haver outro erro além deste
  1. Posição Napoleão Mendes de Almeida: não aceita → “’enquanto’ também significa ‘ao passo que’, ou seja, pode ser usado com sentido adversativo. Coloquialmente, usa-se ‘enquanto que’ por causa da locução sinônima ‘ao passo que’. Está errado”
  2. Posição de Cegalla: aceita e cita Machado de Assis → “a locução ‘enquanto que’ está correta quando equivalente a ‘ao passo que’, como em Machado: ‘Mas eu creio que Capitu olhava para dentro de si mesma, enquanto que eu fitava deveras o chão’”
  1. E → pode expressar diferentes valores e sentidos
  1. Aditiva → sentido convencional
  2. Adversativa → Ele diz que me ama e me trai descaradamente
  3. Consecutiva → Estude com afinco, e terá ótimos resultados → relação causa e efeito
  1. Desde que → pode apresentar diferentes sentidos
  1. Causa e Efeito
  2. Condição → Irei à festa, desde que sua ex-mulher não vá
  3. Temporal → Desde que o galo cantou, não parei de trabalhar
  1. Como → pode ser não apenas conjunção. Abaixo as funções:
  1. Preposição → pode ser substituído por “na condição de” → índios e negros asseguravam como soldados o domínio de seus exploradores / o STF atua como guardião da CF 88
  2. Conjunção Subordinativa
  1. Causal → Como a chuva aumentou, tivemos que sair
  2. Proporcional → Como eram chamados, os pacientes iam entrando [à medida que]
  3. Conformativa → Como afirmei antes, não se esqueça de estudar [conforme]
  4. Comparativa → Como se eu fosse flor, você me cheira
  1. Conjunção Coordenativa – em séries enfáticas → Tanto seu pai como sua mãe estiveram aqui
  2. Advérbio
  1. Interrogativo → em orações interrogativas diretas e indiretas → Como você chegou a essa conclusão? / Gostaria de saber como você chegou a essa conclusão
  2. Intensidade → Como cheira bem a sua roupa
  1. Pronome Relativo → com antecedente indicativo de modo → A maneira como ele se veste é ridícula

SINTAXE

  1. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

  1. Conceitos Preliminares
  1. Frase → todo enunciado capaz de transmitir uma mensagem
  1. Formas:
  1. Forma sucinta (Não!)
  2. Forma complexa (De acordo com a última estimativa, havia mais de cem pessoas ali)
  1. Composição
  1. Sem verbo → não se presta à análise sintática
  2. Com verbo → frase oracional, contendo estrutura completa dos termos essenciais
  1. Oração → estrutura formada pelo conjunto de “sujeito + predicado” → Situações especiais:
  1. Inexistência de sujeito → oração sem sujeito com verbos impessoais
  2. Verbo elíptico → está omitido, mas pode ser subentendido
  3. Verbos Nocionais: refletem ações → podem ser VTD, VTI, VTDI (com complemento) ou VI (sem complemento). São sempre núcleo do predicado.
  4. Verbos Não-nocionais: refletem estado → Verbos de Ligação : ser, estar, permanecer, ficar, continuar, tornar-se, virar, andar, achar-se, passar (a) acabar, persistir, etc. Nunca são núcleo do predicado.
  5. Importante: o predicado sempre deve existir na oração
  1. Período → estrutura composta de pelo menos uma oração e que se inicia e se encerra com uma pausa bem definida – ponto, ponto de interrogação, exclamação, e em alguns casos as reticências
  1. Período simples: formado por uma única oração, com um verbo (oração absoluta)
  2. Período composto: duas ou mais orações
  1. Conceitos – Termos Essenciais
  1. Constituem a estrutura básica das orações – Sujeito e Predicado
  2. Sujeito → tem como núcleo sempre um substantivo ou pronome substantivo, e em torno deste núcleo podem estar presentes outros elementos em funções acessórias.
  3. Predicado → é o que se declara sobre o sujeito. Com exceção do vocativo (que não se liga a nenhum elemento oracional), tudo o que não for do sujeito pertence ao predicado
  1. Tipos de Sujeito
  1. Sujeito Determinado Explícito: pode ser simples ou compostos, dependendo do número de núcleos
  2. Sujeito Determinado Oculto, Implícito, Desinencial ou Elíptico: pode ser simples ou composto, e o núcleo do sujeito é implícito na forma verbal ou no contexto – é determinado pelo contexto
  3. Sujeito Indeterminado: ocorre quando não se pode ou não se quer identificar a quem o predicado se refere. Pode ser realizado de 2 formas:
  1. Verbo na Terceira pessoa do plural e sem referência anterior. Exclui o locutor da ação → essa forma funciona com qualquer transitividade verbal
  2. Verbo na Terceira pessoa do singular acompanhado de “se” como Índice de Indeterminação do Sujeito. Só acontece com VTI, VI e VL, pois o pronome “se” com VTD ou VTDI formam voz passiva, e não sujeito indeterminado. Inclui, normalmente, o locutor na ação (Vive-se melhor nas cidades pequenas)
  1. Pegadinha: Verbo “Tratar-se de” → é um VTI, e não pode ser usado na voz passiva. Usado pelo CESPE como construção flexionada no plural, o que não é permitido para indeterminação do sujeito → deve-se uma trata-se de e variantes (em se tratando de, por exemplo)
  1. Posicionamento Banca CESPE – Doutrina de M. Said Ali
  1. Admite possibilidade de um VTD no singular, mesmo com pronome “se”, formar indefinição do agente da ação verbal, casos que ocorrem quando prevalece a ideia de indefinição em detrimento de passividade.
  1. Orações Sem Sujeito: Orações apenas com predicado, e com verbos impessoais
  1. Verbos que exprimem fenômenos da natureza (Choveu demais no ultimo verão). Se for usado no sentido figurado pode ter sujeito determinado (Choviam papéis sobre a multidão)
  2. Verbos ser, estar, fazer, haver ligados à expressão de tempo ou fenômeno natural (Já é tarde / Está cedo / Fez muito calor / Faz meses que não ando)
  3. Verbo haver exprimindo existência ou acontecimento (Há boas razões para amar / Deve ter havido muitos episódios felizes).
  4. Regra de Flexão de Verbos impessoais: todos na terceira pessoa do singular, exceto o ser, que é flexionado quando indica tempo (São duas horas)
  1. Sujeito Oracional
  1. A função de sujeito pode ser exercida num período composto por subordinação por uma OSSSubjetiva
  2. Regra → o sujeito oracional SEMPRE leva o verbo da OP para o singular
  1. Tipos de Predicado
  1. Predicado Verbal: núcleo é um verbo nocional (VTD, VTDI, VTI, VI)
  2. Predicado Nominal: núcleo é um nome, que desempenha função de predicativo do sujeito, e ocorre quando há VL. O núcleo do predicativo pode ser um adjetivo, substantivo ou palavra com valor de substantivo (A vida é um constante retomar)
  3. Predicado Verbo-Nominal: o predicado tem 2 núcleos – um verbo nocional e um predicativo que se refere a um sujeito ou a um complemento verbal (Os excursionistas voltaram exaustos da caminhada → Núcleos são o Verbo nocional e o predicativo do sujeito → Os excursionistas voltaram da caminhada. Eles estavam cansados)
  1. TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
  1. Conceito
  1. São os termos que têm alguma transitividade com verbos e nomes na oração.
  2. São os complementos verbais e nominais, e o agente da passiva
  1. Complemento Verbal
  1. OI e OD, se tiver ou não preposição, respectivamente, ligando-o ao verbo
  2. Regra para diferenciar: substituir por algo e alguém (Preserve a Mata Atlântica →”algo” / Necessitamos de investimentos em saúde → “de algo”)
  3. São funções substantivas da oração → os núcleos dos ODs e OIs devem ser substantivos, pronomes, numerais substantivos ou qualquer palavra substantivada.
  1. Pronomes pblíquos “o, os, a, as”: são sempre OD
  2. Pronomes oblíquos “lhe, lhes”: são sempre OI
  3. Pronomes oblíquos “me, te, se, nos, vos”: podem ser OD ou OI, de acordo com a transitividade do verbo.
  1. Objeto Direto Preposicionado: o verbo é sempre um VTD, o que deverá ser buscado na sua regra de regência → a preposição surge apenas por razões morfossintáticas (A nova determinação inclui a todos / Estimo aos meus colegas)
  1. Uso do OD Preposicionado:
  1. Com verbos que indicam sentimento
  2. Para evitar ambiguidade
  3. Quando vem antecipado, como em alguns provérbios
  4. Em associação a pronomes pessoais oblíquos tônicos (mim, si, nós vós, ele, ela, eles, elas), certos pronomes indefinidos e junto aos pronome relativo “quem”
  5. Com o numeral “ambos” na função de OD
  6. Em certas construções enfáticas, quando se atribui à ação um valor diferente do tradicional
  1. OD/OI Pleonástico: colocação do objeto no início da oração e repetidos em seguida por pronome pessoal na posição correta, por motivo de destaque (Sua carta, releio-a sempre / Aos amigos, dedica-lhes o melhor de si)
  1. Complemento Nominal
  1. Complementos de substantivos, adjetivos e advérbios
  2. Sempre têm preposição
  3. O núcleo do CN será um substantivo, um pronome, numeral substantivo ou palavra substantiva (Temos sido fiéis aos nossos princípios / Ele mora perto de um grande parque)
  4. Uso do “lhe” como CN: o pronome “lhe” pode substituir outro nome, e ser um CN (Tenho-lhe uma justificada admiração → Admiração por você)
  1. Predicativos do Sujeito e do Objeto
  1. Predicativo do Sujeito: termo que, mesmo distante, se refere ao sujeito → representado por adjetivo, locução adjetivo, substantivo, expressão de valor substantivo
  2. Predicativo do Objeto: refere-se ao complemento verbal, que pode ser tanto OD quanto OI → somente é exigido quando o verbo for transobjetivo
  1. Agente da Passiva
  1. Há 3 vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva (agente é paciente da ação e o verbo é acompanhado de “se” como pronome reflexivo)
  2. Voz Ativa: o sujeito é o agente (Abandonaram aquele carro ali)
  3. Voz Passiva Analítica: uso do verbo “ser” (Aquele carro foi abandonado ali)
  4. Voz Passiva Sintética: uso do “se” como partícula apassivadora ou pronome apassivador, que só ocorre com VTDs e VTDIs (Abandonou-se aquele carro ali)
  5. Agente da Passiva: é quem pratica a ação quando o verbo está na voz passiva. Sempre introduzido por uma preposição – normalmente pelo/a/os/as, por ou de (É uma pessoa estimada de todos)
  1. Não existe agente da passiva indeterminado (O preço dos combustíveis foi aumentado [por quem?])
  2. Primeira diferença do “se” como PA e IIS: o verbo com o “se” que é PA concorda em número e pessoa com o sujeito da oração, enquanto se for ISS fica na terceira pessoa do singular → Regra: passar a frase para a Voz Passiva Analítica  e no plural (Vendeu-se aquela casa / Aquelas casas foram vendidas → PA)
  3. Segunda diferença do “se” como PA e ISS: normalmente o PA o é para VTD e VTDI, e o ISS o é para VL, VTD e VI
  4. Uso do “se” como OD Preposicionado: gera-se um IIS e existem essas estruturas para evitar ambiguidades entre reflexividade e passividade (Estima-se aos bons amigos / Ama-se aos pais)
  1. Voz Reflexiva: os pronomes pessoais “me, te, se, nos, vos” podem atuar como OD ou OI (Não me considero tão importante / Reservo-me o direito de opinião)
  1. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
  1. Conceito
  1. São informações circunstanciais que podem servir como elementos organizadores do texto, sendo termos que se juntam a um nome ou a um verbo para precisar-lhes o significado e, embora tragam dado novo à oração, não são indispensáveis ao entendimento do enunciado
  2. Adjuntos adnominais, adjuntos adverbiais, apostos e vocativos
  1. Adjunto Adverbial
  1. Circunstância em que se desenvolve o processo verbal ou intensifica um verbo, adjetivo ou advérbio → função adverbial da oração
  2. As circunstâncias dos adjuntos adverbiais devem ser obtidas do contexto
  3. Circunstâncias comuns: afirmação, dúvida, fim, meio, companhia, concessão, assunto, condição, instrumento, causa, intensidade, lugar, modo, negação, tempo
  4. São expressões invariáveis
  5. São encabeçadas por uma preposição
  1. Diferença do papel da preposição em CN/CV e Adj. Adv.: são apenas conectivos em CN e CV, e nos adjuntos adverbiais possuem papel de definição de sentido (Vou sair com meus amigos / Vou sair sem meus amigos / Volto de casa / Volto para casa)
  1. Adjunto Adnominal
  1. Termo que delimita, especifica e caracteriza um substantivo sem a intermediação de um verbo → função adjetiva da oração desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos , numerais adjetivos e orações adjetivas
  2. São expressões variáveis, que marcam o gênero, número, qualificam e/ou indicam posse
  3. Acompanha apenas o núcleo
  1. Dica para identificar um adjunto adnominal: substitui-se toda a expressão da qual o adjunto é parte por um pronome substantivo (como ela, os, as, etc), e caso o suposto adjunto desapareça junto com o núcleo, então ele é um adjunto adnominal realmente (A nova política salarial prejudica trabalhadores abastados → Ela prejudica-os → Percebe-se que sumiram “A nova”, “salarial”, “abastados”)
  2. Diferença de Adjunto Adnominal e Predicativo do Objeto: o adjunto liga-se apenas ao nome, e o predicativo apresenta uma ligação com o verbo transitivo. Para resolver, aplica-se a regra acima e substitui a expressão por um pronome substantivo; se a expressão desaparecer, será adjunto adnominal; se permanecer, será PO, como prova de que tem relação com o verbo e não pode ser suprimida (Noel Rosa deixou uma obra rica → Noel Rosa deixou-a → é um adjunto adnominal / Seu comportamento deixou todos os meus amigos perplexos → Seu comportamento deixou-os perplexos → é um predicativo do objeto, pois é termo sintático também ligado ao verbo)
  3. Diferença de Adjunto Adnominal e Complemento Nominal: se o adjunto adnominal estiver na forma de locução adjetiva, é comum confundir com CN. A regra é:
  1. Morfossintaxe: Adj. Adn. só acompanha substantivos, enquanto CN acompanha substantivos, advérbios e adjetivos. Assim, termo ligado por preposição a adjetivo/advérbio só será CN.
  2. Transitividade: Adj. Adn. indica o agente ou possuidor da noção expressa pelo substantivo, enquanto o CN indica o paciente ou alvo (Os investimentos da iniciativa privada em educação deveriam ser proporcionais → “da iniciativa privada” é característica do agente e é Adjunto Adnominal, e “em educação” é o alvo e é CN)

[pic 5]

  1. Exemplos
  1. A invasão do prédio durou 10 horas
  1. Invasão → substantivo abstrato
  2. Do prédio → ideia de “O prédio foi invadido” = passiva → CN
  1. A invasão dos sem-terra foi fulminante
  1. Invasão → substantivo abstrato
  2. Dos sem-terra → ideia de “Os sem-terra invadiram” = ativa → Adjunto adnominal
  1. A lembrança do meu pai alegrou-me
  1. Lembrança → substantivo abstrato
  2. Texto ambíguo, pois pode ser tanto ativo quanto passivo, dependendo do contexto → deve-se tomar cuidado para cada caso

  1. Aposto
  1. Termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro termo, e se refere na maioria das vezes a um substantivo, a um pronome ou a um equivalente, a título de explicação ou de apreciação
  2.  Ao se retirar o aposto não há prejuízo à oração.
  3. O termo a que o aposto se liga pode desempenhar qualquer função sintática, mas o aposto sempre é equivalente sintaticamente ao termo a que se relaciona (Nossa terra, o Brasil, carece de políticas sociais → sujeito)
  4. É uma função substantiva da oração: tem como núcleo um substantivo, pronome, numeral substantivo ou palavra substantivada
  5. Vem marcado por dois pontos ou vírgula
  6. Classificações:
  1. Explicativo: A ecologia, ciência do equilíbrio ambiental, adquiriu importância.
  2. Enumerativo: Suas reivindicações incluíam: salário, paz, alegria, estudo.
  3. Recapitulativo ou Resumitivo: Vida digna, cidadania completa, igualdade de oportunidade, tudo isso está na base de um país melhor.
  4. Comparativo: Seu senso crítico, eterno indagador, levou-o a questionar aqueles dados.
  5. Especificativo: é um substantivo próprio que individualiza um substantivo comum, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de uma preposição. Não é marcado por sinal de pontuação (O rio Tietê atravessa o estado de São Paulo / O compositor Caetano Veloso continua a produzir obra representativa)
  6. Em referência a uma oração: Ele não compareceu, o que nos deixou tristes → o é o aposto que se refere a toda a oração anterior

  1. Vocativo
  1. Termo sintático que nomeia um interlocutor a que se dirige a palavra → termo de entoação exclamativa que serve apenas para invocar, chamar ou nomear, com ênfase maior ou menor, a pessoa ou coisa personificada
  2. Termo independente: não faz parte nem do sujeito nem do predicado → por colocar-se à parte da estrutura oracional vem sempre separado por vírgulas
  3. É uma função substantiva da oração, desempenhada por substantivos, pronomes, numerais substantivos ou palavras substantivadas (A vida, amada minha, é um constante retomar / Não sei o que te dizer, meu amor)
  1. ORAÇÕES SUBORDINADAS
  1. Conceitos
  1. São orações que possuem relação de subordinação, em que uma exerce função sintática em outra (OP + OS)
  2. Classificação pela Função Sintática: depende do tipo de função sintática que exercem: substantiva, adjetiva ou adverbial
  3. Classificação quanto à Forma: desenvolvidas ou reduzidas
  1. Desenvolvidas: verbos nos modos indicativo e subjuntivo e orações normalmente encabeçadas por pronomes relativos ou conjunções integrantes
  2. Reduzidas: verbos nas formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio) e sem presença de conjunção integrante ou pronome relativo – podem ser em alguns casos encabeçada por preposições
  1. Orações Equipolentes ou Concorrência de Subordinadas (Bechara)
  1. Assim como uma oração pode depender de outra subordinada, assim também duas ou mais orações subordinadas podem vir a servir à mesma principal
  2. Como a concorrência de subordinadas só é possível se as orações exercerem a mesma função, elas estão coordenadas entre si, porque a coordenação se dá com expressões de mesmo valor
  3. Uso de conectivos → por elegância, costuma-se omitir a partir da segunda ocorrência de orações de mesma função sintática
  4. Exemplo: Vamos assumir (1) que a existência desse tipo de pobreza é inaceitável (2) e, portanto, [que] desejamos (3) erradicá-la o quanto antes (4)
  1. (1) → OP
  2. (2) → OSSOD em relação a (1)
  3. (3) → OSSOD em relação a (1) e OCSindética em relação à (2)
  4. (4) → OSSOD reduzida de infinitivo em relação à (3)
  5. (2) e (3) são orações equipolentes, ou seja, há concorrência de subordinadas
  1. Oração Subordinada Substantiva
  1. Identificação da OSS → Adriano Gama Cury: técnica do ISSO → sempre que for possível trocar a oração iniciada pelo “que” por um pronome indefinido ou demonstrativo (como ‘isso’), é porque se tem uma OSS e o “que” é uma conjunção integrante
  2. Subjetivas: atuam como sujeito da OP
  1. Dica: o verbo da OP sempre estará na terceira pessoa do singular
  2. Estrutura básica:
  1. VL + predicativo: é bom, é necessário, é conveniente, é claro, está comprovado, parece certo, fica evidente, etc
  2. Verbo na Voz Passiva sintética ou analítica: sabe-se, soube-se, comenta-se, foi anunciado
  3. Verbos convir, cumprir, importar, acontecer, suceder, parecer, constar urgir, etc (Convém que se apurem os fatos / Parece que nenhuma das acusações é válida / Aconteceu fazerem todos um mesmo pedido ao diretor)
  1. Objetivas Diretas: atuam como OD da OP. Há 2 casos particulares:
  1. Frases interrogativas indiretas: surgem OSSOD encabeçadas pela conjunção integrante “se” e por pronomes interrogativos (Quero saber se ela virá à festa / Quero saber onde você esteve / Quero saber qual foi o problema)
  2. Verbos Auxiliares Causativos e Auxiliares Sensitivos: no caso de auxiliares causativos (deixar, mandar e fazer) e auxiliares sensitivos (sentir, ver, ouvir, perceber) formam-se OSSODs reduzidas de infinitivo (Deixe-me descansar → Deixe que eu descanse / Mandei-os entrar → Mandei que eles entrassem / Ouvi-o gritar → Ouvi que ele gritava) 
  1. Importante: única situação na Língua Portuguesa que admite pronome oblíquo como sujeitos, facilmente verificado quando se transforma a forma reduzida para desenvolvida da oração
  1. Objetiva Indireta: atuam como OI da OP. Verbo da OP é VTI ou VTDI e exige preposição.
  2. Completiva Nominal: atuam como CN de algum termo da OP (Tenho certeza de que ainda há esperanças / Tenho a impressão de estarmos andando em círculos)
  3. Predicativa: atuam como predicativo do sujeito da OP e sempre apresenta VL (Minha vontade é que se consigam vitórias / Nosso desejo era encontrares o teu caminho)
  4. Apositiva: atuam como aposto de um termo da OP, e vem delimitada por dois pontos ou vírgula (Faço um pedido: que você reveja sua opinião / Há um fato inexplicado, terem sobrevivido a adversidades)
  5. Orações com Função de Agente da Passiva e Vocativo: não são OS específicas, mas exercem essas funções e deve-se estar atento
  1. Vocativo: Quem estiver ouvindo, por favor, acuda.
  2. Agente da Passiva: Isso foi feito por quem entende do assunto → a oração subordinada é chamada de justaposta, ou seja, não é iniciada por uma conjunção integrante, mas por outro elemento, no caso, um pronome indefinido (quem)
  1. Oração Subordinada Adjetiva
  1. Conectada à OP por meio de um pronome relativo (quando OSAdjetiva for desenvolvida), o qual além de conectivo desempenhará, na OS, uma função sintática: a mesma do termo que o antecede/que ele substitui.
  1. OS Adjetivas introduzidas por pronome relativo sem antecedente: deve-se tentar substituir o pronome relativo por um demonstrativo para verificar a estrutura (Chegou a vez de quem tanto esperou → Chegou a vez daquele que tanto esperou → “daquele”é adjunto adnominal e “que tanto esperou” é OS Adjetiva ligada ao termo “aquele”)
  1. Pronomes Relativos: que, quem, qual (variantes a qual, os quais, etc), cujo (e variantes), onde, quanto, quando, como.
  2. OS Adjetiva Restritivas: restringem o sentido do termo antecedente, e nunca são separadas por vírgula da OP
  3. OS Adjetiva Explicativas: realçam um detalhe ou ampliam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido. Sempre são separadas por vírgula da OP.
  1. Oração Subordinada Adverbial
  1. Expressam circunstâncias, e é importante verificar as conjunções utilizadas caso sejam orações desenvolvidas, e o sentido do texto caso sejam orações reduzidas
  2. Causal: provoca determinado fato.
  1. Conjunções comuns: porque, pois que, já que, uma vez que, visto que, porquanto, como (em OS sempre estão antepostas à OP → Como não se planejaram, os trabalhos foram cancelados)
  1. Consecutiva: exprimem um efeito daquilo que se declara na OP, normalmente expresso por estruturas correlativas ou conjunções.
  1. Estruturas correlativas comuns: tão ... que ..., tanto ... que ..., tamanho ... que ...,
  2. Conjunções comuns: que, de forma que, de sorte que, tanto que
  1. Condicional: exprimem condições reais ou hipotéticas necessárias para que se realize ou deixe de realizar o fato expresso na OP.
  1. Conjunções comuns: se, desde que, salvo se, exceto se, contanto que, caso, a menos que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo)
  1. Concessiva: exprimem fatos que, embora possam afetar a realização de outro fato, não o fazem.
  1. Conjunções comuns: conquanto, embora, ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que
  2. Importante: “posto que” tem valor concessivo, e não causal
  1. Comparativa: contém o fato ou ser com que se compara o fato ou ser mencionado na OP.
  1. Conjunções comuns: como, tão ... como, tão ... quanto, mais (do) que ..., menos (do que.
  1. Conformativa: exprimem fatos que estão de acordo com o que se declara na OP.
  1. Conjunções comuns: conforme, como, consoante, segundo
  1. Final: exprimem a intenção ou objetivo do que se declara na OP.
  1. Conjunções comuns: a fim de que, que, porque (com sentido de “para que”), para que
  1. Proporcional: estabelecem relações de gradação entre o processo verbal que exprimem e aquele declarado na OP.
  1. Conjunções comuns: à medida que, ao passo que, à proporção que, quanto mais/menos ... (tanto) mais/menos ...
  1. Temporal: exprimem fatos simultâneos, anteriores ou posteriores ao expresso na OP, localizando-o no tempo.
  1. Conjunções comuns: quando, enquanto, assim que, logo que, sempre que, antes que, depois que, desde que
  1. Modal: exprimem modo.
  1. Conjunções comuns: sem que, sem se (Retirou-se sem se despedir de ninguém / Saiu sem que ninguém notasse) 
  1. Locativa: exprime lugar.
  1. Introduzida pelo pronome relativo sem antecedente: onde 
  1. ORAÇÕES COORDENADAS
  1. Conceitos
  1. São orações sintaticamente equivalentes, pois nenhuma delas atua como termo sintático da outra
  2. Classificação quanto à conexão da relação de coordenação:
  1. Sindética: encabeçada por meio de uma conjunção
  2. Assindética: não encabeçadas por conjunção – ligam-se à outra OC por uma pausa
  1. Oração Coordenada Inicial: sempre classificada como assindética
  1. Oração Coordenada Sindética
  1. Aditivas: indicam fatos ou acontecimentos dispostos que não acrescentam nenhuma significação à outra oração.
  1. Conjunções comuns: e, nem (equivale a “e + não”) – condena-se na norma culta o uso de “e nem”
  2. Importante: podem ser usadas estruturas correlativas chamadas de séries aditivas enfáticas, usadas para dar destaque ao conteúdo da segunda oração (Não só fizemos um estudo, mas chegamos a propor soluções / Não apenas estivamos lá, como participamos de todas as atividades)
  1. Adversativas: exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na OC anterior, estabelecendo contraste ou compensação.
  1. Conjunções comuns: mas, porém, contudo, todavia, entanto, entretanto, no entanto, não obstante
  1. Alternativa: exprimem fatos ou conceitos que se alternam ou que se excluem mutuamente.
  1. Conjunções comuns: ou, ou ... ou..., ora ... ora..., já ... já..., quer ... quer... (Quer você aceite, quer você negue, ela já age por conta própria)
  1. Conclusiva: exprimem conclusão ou consequência lógica obtida a partir dos fatos ou conceitos expressos na oração anterior.
  1. Conjunções comuns: logo, portanto, pois (posposto ao verbo) então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso.
  1. Explicativa: expressam o que levou alguém a fazer uma declaração anterior
  1. Conjunções comuns: que, pois (anteposto ao verbo), porque (Não o perturbe, que ele precisa trabalhar / Choveu, porque as ruas estão molhadas)
  2. Importante: não confundir explicação com causa (OCS Explicativa ≠ OS Adverbial Causal) – uma explicação é sempre posterior ao fato que a causou (As ruas estão molhadas porque choveu → Adverbial Causal)
  1. CONCORDÂNCIA VERBAL
  1. Regras Gerais
  1. Sujeitos Compostos Antepostos com pessoas gramaticais diferentes: a concordância é no plural, e prevalece a seguinte ordem – a primeira pessoa prevalece sobre a segunda, e esta sobre a terceira (Nossos amigos, tu e eu formaremos um time / Tu e teus colegas formareis um time)
  2. Sujeitos Compostos Pospostos: o verbo pode concordar no plural com a totalidade do sujeito ou concordar no singular com o núcleo de sujeito mais próximo (Pouco opinamos eu e eles OU Pouco opinei eu e eles)
  1. Caso de Reciprocidade: o plural é obrigatório (Agrediram-se o deputado e o senador / Ofenderam-se o jogador e o juiz)

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  1. Casos especiais de Sujeito Simples
  1. Sujeito formado por expressão partitiva (parte de, uma porção de, a maioria de, o grosso de, metade de, etc) seguida de substantivo ou pronome no plural: o verbo pode ficar no singular ou plural (A maioria dos alunos participou|participaram da reunião / Metade dos candidatos morreu|morreram)
  2. Sujeito formado por expressão de quantidade aproximada (cerca de, mais de , menos de, perto de, etc) seguida de numeral ou substantivo: o verbo concorda com o numeral ou substantivo (Cerca de vinde corpos foram encontrados / Perto de trinta pessoas compareceram à reunião / Mais de um atleta estabeleceu o recorde)
  3. Sujeito com a expressão “mais de um”: se expressar reciprocidade ou for repetida, deve-se concordar no plural (Mais de um parlamentar se ofenderam na sessão / Mais de um casal, mais de uma família já perderam a esperança num futuro melhor)
  4. Sujeito sendo pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, vários, quaisquer, muitos) seguido de “de/dentre nós/vós”: o verbo pode concordar com o primeiro pronome na terceira pessoa do plural ou com o pronome pessoal (Quais de nós sabiam/sabíamos disso? / Alguns de vós temiam/temíeis novas revelações)
  1. A escolha do tipo de concordância gera mudança de sentido.
  1. Plural aparente: são palavras ou expressões com forma de plural, mas sentido de singular – concordam no singular (Flores não recebe acento / Nós é um pronome)
  1. Plural aparente com Nomes Próprios: concorda-se de acordo com a ausência ou existência de artigo (Os Estados Unidos são líderes / Poços de Caldas continua referência / As Minas Gerais são inesquecíveis)
  1. Percentagem seguida de numeral ou substantivo: o verbo concorda com numeral ou substantivo (25% do orçamento do país deve|devem destinar-se à Educação / 1% da classe recusou-se a colaborar / 1% dos alunos recusou-se|recusaram-se a colaborar)
  2. Sujeito é o pronome relativo “que”: o verbo concorda em número e pessoa com o antecedente desse pronome (Fui eu que fiz isso / Fomo s nós que fizemos isso / Não és tu que provocas isso)
  1. Expressão “um dos ... que” ou “um dos que”: concorda-se no plural (O Amazonas é um dos rios que cortam a floresta / O ministro é um dos que defendem a lei)
  1. Sujeito é o pronome relativo “quem”: o verbo deve estar na terceira pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome (Fui eu quem fiz|fez isso / Fomos nós quem fez|fizemos isso)
  1. CESPE → prevalece a concordância na terceira do singular, preferencialmente

  1. Casos especiais de Sujeito Composto
  1. Núcleos do sujeito composto que são sinônimos, quase sinônimos ou gradação: concordância pode ser no singular ou plural (O desalento e a tristeza minou-lhe|minaram-lhe as forças / Um aceno, um gesto, uma palavra, um estímulo faria|fariam muito por ele)
  1. A escolha do tipo de concordância gera mudança de sentido.
  1. Núcleos do sujeito composto unidos por “ou” ou “nem”: pode concordar no singular ou no plural (Nem poder, nem dinheiro o corrompiam / Nem você nem ele será o líder / Milão ou Berlim sediará a próxima Olimpíada)
  1. A escolha do tipo de concordância gera mudança de sentido. O verbo no plural indica que a declaração contida no predicado pode ser atribuída conjuntamente a todos os núcleos, e no singular significa alternância ou mútua exclusão.
  1. Expressões “um ou outro” e “nem um nem outro: pode ser feito no singular ou no plural. Normalmente concorda-se no singular.
  2. Núcleos do sujeito unidos por “com”: pode ser feita concordância no plural ou singular. Concorda no plural se tiver sentido de “e”, e no singular se tiver sentido de adjunto adverbial de companhia (O professor com o aluno montaram o equipamento / O velho patriarca com sua mulher fazia-se notar pela elegância do porte)
  1. A escolha do tipo de concordância gera mudança de sentido.
  1. Núcleos dos sujeitos unidos por expressões correlativas “não só ... mas também”, “não só ... como também”, “não só ... mas ainda”, “não somente ... mas ainda”, “não apenas ... mas também”, “tanto ... quanto”: o verbo concorda no plural (Não só a seca mas também o descaso assolam o Nordeste / Tanto o pai quanto o filho costumavam passar por ali)
  2. Elementos do sujeito seguidos de Aposto Recapitulativo: concordância de acordo com o termo resumidor (Carros, casas, prédios, tudo foi destruído / Luxo, riqueza, dinheiro, nada o tentava)
  1. Casos de Verbos e Estruturas Verbais especiais
  1. Verbos com pronome ”se”: há dois casos
  1. IIS: concordância no singular
  2. PA: concordância com o sujeito (Construiu-se uma nova praça em Timóteo / Entregaram-se novas bibliotecas ao povo de Timóteo / Não se devem poupar esforços para despoluir o Rio Doce)
  1. Verbo “haver” com sentido de existência ou acontecimento: verbo impessoal, e concordância na terceira pessoa do singular (Há pontos obscuros nessa versão)
  2. Verbo “haver” e “fazer” com sentido de tempo transcorrido: verbos impessoais, e concordância na terceira pessoa do singular (Faz anos que não o vejo / Havia dias que não conversávamos)
  3. Haja vista”: concordância livre (... haja vista aos acidentes de trânsito / ... hajam vista as últimas eleições municipais)
  4. Verbo “ser”: pode concordar com sujeito ou predicativo, dependendo do caso.
  1. Casos do verbo “ser” entre dois nomes: concorda na seguinte ordem – pronome pessoal > nome próprio > substantivo comum no plural > substantivo comum no singular > pronome não pessoal (A sua paixão eram os filmes de terror → substantivo comum no singular e outro no plural, concorda no plural / Garrincha foi as maravilhas do drible → nome próprio e substantivo comum, concorda com nome próprio / José da Silva sou eu → nome próprio e pronome pessoal, concorda com o pronome pessoal / Tudo eram alegrias naquela noite →pronome não pessoal e substantivo comum no plural, concorda com substantivo / Que são ideias? → pronome não pessoal e substantivo comum no plural, concorda com o substantivo)
  2. Verbo “ser” indicando quantidade (medida, peso, preço, valor): o verbo é invariável e sempre concorda na forma “é” (Vinte mil reais é sempre demais / Dez minutos é mais do que suficiente)
  3. Verbo “ser” indicando tempo: concorda com a expressão numérica que o acompanha (É uma hora / São mais de duas horas / Hoje são vinte de setembro)
  1. Casos de Infinitivo Flexionado
  1. Conceito: o infinitivo exprime o processo verbal sem indicação de tempo, e pode ser impessoal, em que se considera apenas o processo verbal, e pessoal, em que se atribuía esse processo verbal um agente (É proibido fumar / É bom fazermos algo)
  2. Não deve ser flexionado quando:
  1. O verbo é usado indeterminadamente, com valor substantivo (Agir é tudo / Atacar é a melhor defesa)
  2. O infinitivo tem valor imperativo (Apressar o passo!)
  3. For regido de preposição “de”, com sentido passivo como complemento de um adjetivo (Passei por momentos difíceis de esquecer)
  4. For o verbo principal de uma locução verbal (Não podíamos prever isso / Estão a brincar comigo)
  5. O infinitivo aparecer numa OSS reduzida que complementa um auxiliar causativo (mandar, fazer, deixar) ou sensitivo (ver, sentir, ouvir, perceber) e tem como sujeito um pronome oblíquo (Deixe-os falar / Mandaram-nos sair / Viram-te passar na rua)
  1. Deve-se flexionar se:
  1. O sujeito do infinitivo for próprio deste infinitivo e for diferente do da OP (Lembrei-me da recomendação de tomares sol todas as noites)
  2. O sujeito do infinitivo for indeterminado e o da OP não (Senti apalparem-me os seios)
  3. Quando se deseja indicar o sujeito não expresso a partir da desinência verbal, em que se não houver indicação pela desinência não ficaria claro quem deveria executar a ação (Está na hora de irmos embora)
  1. Relação do verbo “parecer” com o infinitivo: pode variar a depender do caso
  1. Regra geral → somente um dos verbos se flexiona, e nunca os dois ao mesmo tempo
  2. “Parecer” como verbo auxiliar: conjuga-se (Os dias parecem voar) → locução verbal
  3. “Parecer” está invertido na ordem dos termos da oração: não se conjuga (Os dias parece voarem → Parece voarem os dias → Parece que os dias voam → “Parecer” é verbo da OP cujo sujeito é a OSSS reduzida de infinitivo “voarem os dias” → sujeito oracional)
  1. Uso facultativo da conjugação quando:
  1. O infinitivo da oração reduzida que complementa um auxiliar causativo ou sensitivo apresentar como sujeito um substantivo (Deixe os meninos falarem|falar / Ouvi os pássaros cantarem|cantar)
  2. Quisermos enfatizar o agente do processo verbal nas OS cujo sujeito é igual ao da OP (Trouxemos nossos produtos para verder|vendermos)
  3. Quando o sujeito do infinitivo já está expresso em orações anteriores →recomenda-se omitir a flexão para o texto mais enxuto e objetivo a não ser que exista risco de ambiguidade
  4. Quando há infinitivo em voz passiva → A construção “preposição + ser (infinitivo) + particípio” admite 2 possibilidades:
  1. Quando sujeitos das orações são distintos e o do infinitivo vem logo após a preposição, a flexão do infinitivo é facultativa, dando-se preferência à flexão verbal em função da proximidade com o particípio que está flexionado (Envio os documentos para ser/serem analisados)
  2. Prefere-se a não flexão
  1. Quando sujeito (plural) das 2 orações for o mesmo (...não nos importamos de ser/sermos perturbados)
  2. Quando se tem um adjetivo antes da preposição (Os alimentos estavam prontos para ser/serem comercializados)
  3. Importante → é preferência, a depender da ênfase que se queira dar. Ao não flexionar, valoriza-se a ação; com a flexão dá-se ênfase ao sujeito que a pratica. Na maioria das vezes a escolha é feita por questão de eufonia ou clareza textual, apenas.
  1. Expressão de Realce “é que”
  1. Celso Cunha e Lindley Cintra: “A locução ‘é que’ é invariável e vem sempre colocada entre o sujeito da oração e o verbo a que ele se refere, e poderia ser retirada sem prejuízo para o período. (...) É uma construção fixa, que não deve ser confundida com outra semelhante, mas móvel, em que o verbo ‘ser’ antecede o sujeito e passa, naturalmente, a concordar com ele e a harmonizar-se com o tempo dos outros verbos” (José é que trabalhou →Foi José que trabalhou – neste caso mantém-se o valor de realce, mas como os termos se separaram, o verbo “ser” poder realizar a concordância com o núcleo do sujeito que lhe segue. Mesmo assim os 2 elementos podem ser retirados sem prejuízo de sentido)
  1. CONCORDÂNCIA NOMINAL
  1. Conceito
  1. É a relação entre substantivo, numeral substantivo, pronome e as palavras que a eles se ligam para caracteriza-los (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos).
  1. Regras Gerais
  1. Se atuam como adjunto adnominal de um único substantivo, os adjetivos concordam em gênero e número (Seus olhos escuros transmitem paz)
  2. Se atuam como adjunto adnominal de dois ou mais substantivos, os adjetivos podem concordar no plural ou com o mais próximo. Normalmente, se é anteposto aos substantivos, concorda com o mais próximo (Tratava-se de oportuno momento e lugar / Tratava-se de momento e lugar oportuno|oportunos)
  3. Se um adjetivo se refere simultaneamente a substantivos de gêneros distintos, concorda no masculino plural (Tratava-se de ocasião e lugar oportunos)
  4. Se um adjetivo é predicativo de sujeito simples ou objeto simples, concorda com ele em gênero e número (A situação é delicada / Considero solucionados os problemas)
  5. O adjetivo atua como predicativo de sujeito ou objeto compostos, concorda com todos os núcleos se vier posposto e tem concordância facultativa se vier anteposto (Pai e filho são talentosos / Julguei insensatas sua atitude e suas palavras / São calamitosos a pobreza e o desamparo / É calamitosa a pobreza e o desamparo)
  6. A concordância é facultativa se:
  1. O substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos no singular (Estudo a cultura italiana e a francesa / Estudo as culturas italiana e francesa)
  2. Numerais ordinais que se referem a um único substantivo posposto (Avisei todos do primeiro e segundo andar|andares)

[pic 7]

  1. Palavras e construções especiais
  1. Próprio, mesmo, anexo, incluso, quite, obrigado: concordam em gênero e número com o substantivo ou pronome (Seguem anexas as cópias solicitadas / Elas próprias falaram / Os aposentados disseram: muito obrigados por tudo)
  2. Meio, bastante: se atuam como adjetivos, referem-se a substantivos e são variáveis; se atuam como advérbios, referem-se a verbos, adjetivos ou advérbios e são invariáveis.
  3. Substantivos tomados em sentido amplo e desacompanhados de determinante (artigos, pronomes e numerais adjetivos) não variam. É o caso de expressões como é proibido, é bom, é necessário, é preciso, etc (Água é bom para a saúde / É preciso cidadania)

  1. CONCORDÂNCIA IDEOLÓGICA
  1. Conceito
  1. Mecanismo da língua é contaminado pela significação de palavras ou expressões, transformando a concordância lógica e formal em psicológica e ideológica. É chamada de silepse.
  1. Silepse de Número
  1. Sujeito é um coletivo: o verbo concorda no plural (O conjunto apresentaram um amplo repertório)
  2. “Plural de Modéstia”: a pessoa que fala ou escreve refere-se a si mesma como “nós”, mas os adjetivos referentes estão no singular (Nossas palavras foram recebidas com carinho, o que nos deixou satisfeito e comovido)
  1. Silepse de Gênero
  1. Uso de pronomes de tratamento e indefinidos: pode-se revelar o gênero (Vossa Senhoria está cansado? / Alguém tem saudades e quer que você vá vê-la)
  1. Silepse de Pessoa
  1. Quando o locutor se inclui num sujeito de terceira pessoa (Todos faremos o possível)
  2. Expressão a gente(A gente queremos participar)
  1. REGÊNCIA VERBAL
  1. Conceito
  1. Regência: indica, em sentido amplo, a subordinação sintática de um elemento a outro → Estuda a relação entre o verbo regente e o complemento ou adjunto regido, decidindo pela participação de preposições ou conjunções, e impactando em mudança de significado da relação.
  2. Transitividade do Verbo: condição para análise da regência verbal
  1. Intransitivos
  2. Transitivos Diretos
  3. Transitivos Indiretos
  4. Bitransitivos
  5. Transobjetivos → aqueles que não se satisfazem apenas com informação trazida pelo objeto, exigindo algo mais trazido pelo predicativo do objeto
  1. Houaiss: define o verbo como transitivo direto ou indireto predicativo → Queria fazê-la sua mulher / Fazer de um capitão um comandante / Havia de fazer do filho um herói
  2. Exemplo: Fazer → VTD que requer um predicativo do OD (Quero que o porão faça da criança um romancista introvertido)
  1. Razões para mudanças de preposição: evitar ambiguidade e mudar o sentido entre termos regente e regido
  2. Regra Geral → Omissão de preposição em complementos oracionais →Celso Luft admite a preposição omissível antes de que (Gostaria [de] que você viesse / Não concordo [com] que você vá embora)
  1. Verbos Intransitivos
  1. Não necessitam de complementos
  2. Caso específico dos verbos “chegar e ir”: normalmente acompanhado de adjunto adverbial de lugar e nesses casos deve-se usar as preposições “a, para” para indicar direções e “em” para indicações de tempo ou meio (Cheguei a Manaus em um velho barco)
  1. Verbos Transitivos Diretos (VTD)
  1. Sempre VTD: amar, estimar, conhecer, ver, ouvir, cumprimentar, abraçar, adorar, ajudar, namorar, encontrar, abandonar, conservar, prejudicar, socorrer, abençoar, convidar, prezar, suportar, aborrecer, proteger, visitar, eleger
  2. Nunca podem ser acompanhados de “lhe, lhes”
  1. Verbos Transitivos Indiretos (VTI)
  1. Sempre VTI (quando transitivos): pertencer (a), responder (a), antipatizar (com), simpatizar (com), obedecer (a), desobedecer (a), consistir (em)
  1. Antipatizar/simpatizar: nunca podem ser pronominais/reflexivos (Antipatizei-me com alguém)
  2. Obedecer/Desobedecer/Responder: apesar de VTI, admitem voz passiva analítica, o que segundo Luft e Celso Cunha deriva de sua antiga transitividade direta
  1. Luft → “Entre os clássicos aparece como VTD. Vigoram hoje portanto 2 regências – obedecer a alguém e obedecer alguém. Em linguagem culta formal, ainda se recomenda a primeira construção: obedecer-lhe. A voz passiva é vista como normal: alguém é obedecido”
  2. Censo Cunha → “Na língua culta moderna fixou-se como VTI. Admite-se, no entanto, voz passiva, o que deriva do antigo regime TD do verbo. Não é raro o seu emprego como intransitivo – Você é o único que não me obedece”
  1. Nunca podem ser acompanhados de “o, a, os, as”
  1. Verbos Transitivos Diretos OU Indiretos, sem alteração de sentido (VTD ou VTI)
  1. Abdicar (de), acreditar (em), almejar (por), ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar (para, em), cogitar (de, em), consentir (em), deparar (com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), preceder (a), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar (sobre)
  2. Atender
  1. Facultativamente VTD ou VTI (preposição a) se:
  1. No sentido de dar ou prestar atenção (Atender a um conselho / Atender uma explicação / Atendi aos interessados / Atendi os interessados)
  1. Luft → se o complemento for um pronome pessoal referente a pessoa, só se emprega VTD (Atendi-os)
  1. No sentido de tomar em consideração, considerar, levar em conta, ter em vista (Atender às condições de mercado / Atender as condições de mercado)
  2. No sentido de responder (Atender o/ao telefone)
  1. VTD:
  1. No sentido de conceder uma audiência → o fato de ser VTD permite a voz passiva (Os requerentes foram atendidos pelo juiz)
  2. No sentido de acolher, deferir, tomar em consideração (O diretor atendeu-os no que foi possível)
  1. VTI: no sentido de atentar, reparar (preposição a, para, em) → Ninguém atendeu para os primeiros sintomas da doença
  1. Lembrar/Esquecer
  1. Transitividade Direta → Lembrar alguma coisa
  2. Transitividade Direta e Indireta → sempre pronominais, com complemento indireto com preposição ‘de’ (Esqueci tudo → Esqueci-me de tudo / Não lembro nada → Não me lembro de nada / Esqueci que tinha dinheiro → Esqueci-me de que tinha dinheiro)
  1. Sempre que lembrar for usado no sentido de “advertir, notar, fazer recordar”, o OI será a pessoa e o OD será a coisa (Lembrei ao meu amigo que muita coisa aconteceu)
  2. Luft: se for “lembrar algo a alguém” com sentido de trazer à memória por semelhança ou analogia, tem-se OD de coisa e OI de pessoa (Ela me lembra sua mãe → ela lembra sua mãe a mim)
  1. Transitividade Indireta → o objeto da lembrança exerce função de sujeito, equivalendo a “Algo veio à minha lembrança” (Seu nome lembrou-me)
  2. Regra Geral → quando o OI for oracional, a omissão/elisão da preposição é possível (Ele se lembrou [de] que a expectativa era...)
  1. Necessitar: Luft registra também a transitividade direta do verbo (Necessitar dinheiro)
  1. Verbos Transitivos Diretos E Indiretos (VTDI)
  1. Agradecer, perdoar, pagar: OD de coisa e OI de pessoa
  2. Alertar: OD de pessoa e OI de coisa, regido pela preposição “de/sobre/contra” (
  3. Alegar: OD de coisa e OI de pessoa
  4. Extorquir: significa obter por violência, ameaça ou ardil, e quem extorque vale-se de meios ilícitos para tirar algo de alguém → OD de coisa e OI de pessoa (Ele extorquiu o carro do empresário → não é correto dizer “ele me extorquiu”)
  5. Congratular: é VTD ou bitransitivo (congratular alguém de/por algo)
  6. Consolidar: é VTD ou bitransitivo regido por “em” (Consolidar as empresas num grupo forte)
  7. Preferir: OI sempre introduzido pela preposição “a”
  1. Não devem ter termos intensificadores: muito, mil vezes, antes, etc
  1. Ajudar: segundo Luft, tem sintaxe originária de OD de pessoa e OI de coisa
  1. Emprega preposição “em” antes de substantivo (ajudar alguém em algo) e a preposição “a” antes de infinitivo (ajudar alguém a fazer algo)
  1. Verbos de dupla regência: admitem OI e OD para coisa ou pessoa – uso ambíguo
  1. Informar → informar algo a alguém ou informar alguém de algo
  2. Avisar → avisar algo a alguém ou avisar alguém de algo
  3. Ensinar → ensinar algo a alguém ou ensinar alguém a fazer algo
  4. Certificar → certificar alguém de algo ou certificar algo a alguém
  5. Autorizar → autorizar alguém a algo ou autorizar algo a alguém
  6. Aconselhar → aconselhar alguém a fazer algo ou aconselhar algo a alguém
  7. Submeter → submeter algo a alguém ou alguém a algo
  1. Verbos cuja mudança de transitividade acarreta mudança de significado
  1. Agradar
  1. VTD: fazer carinho, acariciar (Nunca o vejo agradar seu cão)
  2. VTI (a): satisfazer a (O candidato agradou aos eleitores)
  1. Aspirar
  1. VTD: sorver, inspirar, inalar
  2. VTI (a): desejar, almejar
  1. Não admite o uso de “lhe, lhes” 
  1. Assistir
  1. VTD: ajudar, prestar assistência a
  2. VTI: admite dois sentidos
  1. Presenciar, ver, estar presente a: preposição “a” (Assistiremos ao jogo)
  2. Caber, pertencer: preposição “a” (Reclamar é um direito que assiste ao consumidor)
  3. Importante: pode ser também usado para indicar “ajudar, prestar assistência” como VTI
  1. VI: morar, residir – normalmente acompanhado de um adjunto adverbial de lugar introduzido por “em” (Assisti muitos anos naquela velha casa)
  1. Chamar
  1. VTD: chamar, solicitar atenção ou presença
  2. VTI ou VTD: tachar, apelidar – ao seu complemento se refere um predicativo do objeto que pode ser introduzido pela preposição “de”
  1. Chamaram o vereador arrivista → Chamaram-no arrivista
  2. Chamaram o vereador de arrivista → Chamaram-no de arrivista
  3. Chamaram ao vereador arrivista → Chamaram-lhe arrivista
  4. Chamaram ao vereador de arrivista → Chamaram-lhe de arrivista
  1. Custar
  1. VI: ter o valor de, ter o preço de – sempre acompanhado de adjunto adverbial
  2. VTI: ser penoso, ser difícil – tem como sujeito uma OSS reduzida (Custa a um cidadão crer num absurdo desses)
  1. Dispor
  1. VTD ou VTI: determinar, prescrever, ou tratar, discorrer (VTD: A CF 88 dispõe que ninguém será submetido à tortura) – quando VTI rege preposição sobre ou a locução prepositiva acerca de
  2. VTI (forma de): ter, possuir (Ele dispõe de muitos recursos), contar com o auxílio (Precisamos dispor de ajudantes para terminar essa tarefa)
  1. Implicar
  1. VTD: dar a entender, pressupor ou trazer como consequência, acarretar, provocar
  2. VTI: embirrar, ter implicância (preposição com)
  3. VTDI: envolver, comprometer (Acabaram implicando o ex-ministro em atividades criminosas)
  1. Proceder
  1. VI: ter cabimento, ter fundamento ou comportar-se, portar-se – nesse segundo caso vem sempre acompanhado de adjunto adverbial de modo (Sempre procedi com isenção) 
  2. VTI: originar-se (nesse caso com a preposição “de”) ou dar início, realizar (nesse caso com a preposição “a” – Proceder-se-á aos trâmites legais)
  1. Querer
  1. VTD: desejar
  2. VTI: ter afeição, estimar, amar (preposição “a”)
  1. Visar
  1. VTD: mirar, apontar ou pôr visto, rubricar
  2. VTI: ter como objetivo, almejar (preposição “a”)
  3. Luft: “a regência primária é TI (visar a). Por causa da semântica ‘buscar, procurar, pretender’, passou a aceitar também a TD, dispensando a preposição. Isto se deu, de início, principalmente com o infinitivo: ‘Todas essas considerações visam glosar os debates...’” → fato legitimado pelos gramáticos e dicionaristas Nascentes, Rocha Lima, Celso Cunha, Cegalla, Bechara, Aurélio
  4. Cespe → admite VTD e VTI para o significado de objetivar, almejar (Livro Português – Questões Comentadas – CESPE, capítulo Sintaxe de Regência, pg. 160, ex. 24)
  1. REGÊNCIA NOMINAL
  1. Conceito
  1. Estuda a relação entre um substantivo, adjetivo ou advérbio transitivos e seu respectivo complemento nominal, cuja relação sempre é intermediada por uma preposição. Deve ser conhecida a preposição correta de cada palavra.
  2. Razões para mudanças de preposição: evitar ambiguidade e mudar o sentido entre termos regente e regido
  3. Regras Gerais
  1. Nome originário do verbo → Sendo o complemento verbal originário indireto, é comum o nome correspondente (substantivo, adjetivo) manter a regência do verbo – é comum, mas não é regra fixa (duvidar de alguma coisa → duvidoso de algo →dúvida de algo)
  2. Omissão de preposição em complementos oracionais →Celso Luft admite a preposição omissível antes de que para alguns vocábulos. Importante ressaltar que a preposição não é dispensável, pois isso suporia ser ela facultativa, mas sim um caso de elipse, mantendo, portanto, a relação de subordinação entre termo regente e termo regido e, nos casos de complemento verbal, continua sua classificação como OI. Os vocábulos admitidos por Luft são somente:
  1. Ansioso (Estou ansioso [para] que a aula termine)
  2. Convencido (Estou convencido [de] que todos os habitantes...)
  3. Crente (Estou crente [de] que ela me ouve)
  4. Dúvida (Não há dúvidas [de] que você é legal)
  5. Esperança (Tenho esperanças [de] que você irá me perdoar)
  6. Esquecido (Ela parecia esquecida [de] que fora feliz)
  1. Substantivos
  1. Acusação a/contra/de/sobre
  2. Admiração a/por
  3. Atentado a/contra
  4. Aversão a/para/por
  5. Bacharel em
  6. Capacidade de/para
  7. Consciência de/sobre → se o complemento for oracional, só se admite “de” (Ter consciência de que é louco)
  8. Devoção a/para com/por
  9. Doutor em
  10. Dúvida acerca de/em/sobre/de
  11. Horror a
  12. Impaciência com
  13. Medo a/de
  14. Obediência a
  15. Ojeriza a/por
  16. Proeminência sobre
  17. Respeito a/com/para com/por
  18. Tolerância a/de/(para) com/para/por
  1. Advérbios
  1. Longe de / Perto de
  2. Advérbios terminados em “mente” seguem a lógica dos adjetivos de que são formados (paralelamente a → paralelo a / relativamente a → relativo a)
  1. Adjetivos
  1. Acessível a
  2. Acostumado a/com
  3. Afável com/para com
  4. Agradável a
  5. Alheio a/de
  6. Análogo a
  7. Ansioso de/para/por
  8. Apto a/para
  9. Associado a/com/em
  10. Ávido de
  11. Benéfico a
  12. Capaz de/para
  13. Compatível com
  14. Contemporâneo a/de
  15. Contíguo a
  16. Contrário a
  17. Curioso de/por
  18. Descontente com
  19. Desejoso de
  20. Diferente de
  21. Entendido em
  22. Equivalente a
  23. Escasso de
  24. Essencial a/para
  25. Fácil de
  26. Fanático por
  27. Favorável a
  28. Generoso com
  29. Grato a/por
  30. Hábil em
  31. Habituado a
  32. Idêntico a
  33. Impróprio para
  34. Indeciso em
  35. Insensível a
  36. Liberal com
  37. Natural de
  38. Necessário a
  39. Nocivo a
  40. Paralelo a
  41. Parco em/de
  42. Passível de
  43. Preferível a
  44. Prejudicial a
  45. Prestes a
  46. Propício a
  47. Próximo a/de
  48. Relacionado com
  49. Relativo a
  50. Satisfeito com/de/em/por
  51. Semelhante a
  52. Sensível a
  53. Sito em
  54. Suspeito de
  55. Vazio de
  1. Caso especial
  1. Quando o complemento de um nome ou verbo tiver forma de oração reduzida de infinitivo, não se pode fazer a contração da preposição e o sujeito desse infinitivo porque sujeitos nunca são preposicionados (Penso na possibilidade de eles intervirem → ...deles intervirem)
  1. COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Colocação pronominal é aplicável aos pronomes pessoais oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes).

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