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Gestão De Capital De Giro: Contribuição Para As Micro E Pequenas Empresas No Brasil

Artigo: Gestão De Capital De Giro: Contribuição Para As Micro E Pequenas Empresas No Brasil. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/11/2013  •  6.066 Palavras (25 Páginas)  •  892 Visualizações

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1. Introdução

Conforme Lamotte (1985), são bem conhecidas as diversas definições de micro e pequenas empresas. O Departamento de Comércio dos Estados Unidos define pequeno fabricante como aquele que tem menos de 100 empregados, e pequeno atacadista o que apresenta faturamento bruto anual entre $ 97.600 a $ 480.000.

A formação das micro e pequenas empresas não é um privilégio apenas dos que possuem talento. O bom-senso, a criatividade, o esforço, a dedicação e o amor ao trabalho têm mostrado ao homem sua capacidade variante em muitas virtudes, incluindo-se a honestidade. É importante ressaltar que a existência das micro e pequenas empresas é a base sustentável da economia do país. Por esse motivo deve-se dar ênfase à sobrevivência desse segmento para que ocorra um desenvolvimento econômico e social.

Esse segmento gera para o país mais emprego e renda; por esses motivos deve-se ter mais atenção com as micros e pequenas empresas, fazendo de tudo para que permaneçam vivas. Hoje os números são claros: 98% das empresas que existem no país são micro e pequenas empresas e 59% do pessoal ocupado no mercado têm empregabilidade nesse segmento.

Outro detalhe importante, de acordo com Palermo (2002), é que 71% dos micro e pequenos empreendimentos não passam dos quatro anos de existência e 48,5 milhões de trabalhadores estão na informalidade. O sucesso empresarial depende, cada vez mais, do uso de práticas financeiras apropriadas.

Devido às necessidades desse segmento empresarial, a administração de capital de giro vem exigindo maiores cuidados, em virtude da crescente complexidade da economia brasileira, da expansão e da sofisticação do mercado financeiro e do elevado custo de crédito. Mas esse segmento empresarial passa por vários fatores negativos como a falta de capital de giro, problemas financeiros, carga tributária elevada, recessão econômica, falta de cliente e concorrência.

Por esses motivos, o gestor administrativo tem de dedicar sua atenção para essas dificuldades que são enfrentadas pelas empresas, para que futuramente elas possam ter uma maturidade econômica sustentável. O administrador da micro e pequena empresa deve direcionar a atenção para o capital de giro porque ele precisa de acompanhamento permanente, uma vez que a empresa sofre continuadamente o impacto das diversas mudanças enfrentadas por esse segmento, mudanças que podem ser internas ou externas.

O capital circulante ou de giro é representado pelo ativo circulante, isto é, pelas aplicações correntes, identificadas geralmente por disponibilidades, valores a receber e estoques. Num sentido mais amplo, o capital de giro representa os recursos demandados por uma empresa para financiar suas necessidades operacionais, identificadas desde a aquisição de matérias-primas (ou mercadorias) até o recebimento pela venda do produto acabado.

Conforme Brigham (1999), capital de giro é investimento da empresa em ativos de curto prazo. Segundo Assaf Neto (2005), o conceito de capital de giro ou capital circulante está associado aos recursos que circulam ou giram na empresa em determinado período de tempo. Ou seja, é uma parcela de capital da empresa aplicada em seu ciclo operacional. Denominamos capital de giro a parcela dos recursos próprios de empresa que encontramos disponíveis para aplicações.

O capital de giro tem participação relevante no desempenho operacional das empresas, cobrindo geralmente mais da metade de seus ativos totais investidos. Alguns fatores como redução de vendas, crescimento da inadimplência, aumento das despesas financeiras e aumento de custos serão tratados com o fim de demonstrar a importância de uma boa administração do capital de giro para a empresa.

O capital de giro pode auxiliar os pequenos empreendimentos por meio de uma estratégia econômica sólida e eficaz, para que a empresa tenha recursos para aplicar em outros empreendimentos ou até mesmo na empresa. É bom lembrar que, quando uma empresa ou organização entra em operação, ou seja, em funcionamento, o administrador financeiro volta toda a sua atenção ao capital de giro, devido a sua importância, porque é por falta de controle nas entradas e saídas de caixa na empresa que a maioria das empresas vem morrer no mercado, tão globalizado e competitivo.

Pela necessidade de controlar a todo tempo esse fator, deixa-se claro que capital de giro não é igual a rentabilidade, porque a rentabilidade da empresa pode esperar por uma recuperação de lucros. Entretanto, o capital de giro não pode esperar. Ele é prioritário, ou seja, sem lucro a empresa fica estagnada ou encolhe, mas, sem capital de giro, ela desaparece. Isso porque o capital de giro é fortemente influenciado pelas incertezas inerentes a todo tipo de atividade empresarial.

Por esse motivo, a empresa deveria manter uma reserva financeira para enfrentar os eventuais problemas que podem surgir. A empresa tem de manter uma maior reserva financeira possível para ser alocada à manutenção do capital de giro; com isso, menor serão as possibilidades de crises financeiras.

O objetivo deste trabalho foi identificar as soluções propostas na literatura, para que o capital de giro não seja um ponto negativo na gestão das micro e pequenas empresas no Brasil. O estudo trata de uma pesquisa qualitativa com característica de levantamento bibliográfico para a fundamentação teórica sobre a importância do capital de giro nas micro e pequenas empresas do Brasil, cujos dados foram apresentados de forma descritiva.

É enfocada a importância das micro e pequenas empresas, devido a seu número expressivo no território brasileiro. Comentários foram feitos sobre a importância do capital de giro, que é o investimento da empresa em ativos de curto prazo. Também é descrita a relação entre micro e pequena empresa versus capital de giro, evidenciando que micro e pequenas empresas têm de montar uma estratégia econômica sólida para que nenhuma irregularidade interna ou externa venha a desequilibrar esse segmento, ou seja, seu fluxo de caixa tem de ser positivo para que possam distribuir esses lucros em prol do aumento do capital, visando o futuro próximo. Para isso, seu ciclo operacional deve ser curto, para tentar reduzir as necessidades de capital de giro.

2. Micro e pequenas empresas (MPE)

Segundo o Sebrae (2004), microempresa é a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 433.755,14, e empresa de pequeno porte é a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano-calendário,

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