TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Gravidez Na Adolescência E Politicas Publica

Trabalho Escolar: Gravidez Na Adolescência E Politicas Publica. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/3/2014  •  3.220 Palavras (13 Páginas)  •  622 Visualizações

Página 1 de 13

RESUMO

A presente pesquisa visa analisar, através do método analítico e bibliográfico, a ausência e a importância da inserção do profissional do Serviço Social na equipe mínima do Programa Saúde da Família (PSF). De início, o trabalho delimita o papel desempenhado pelos assistentes sociais, os quais possuem fundamental relevância à sociedade, porquanto proveem de uma profissão histórica e socialmente útil. Faz-se necessário o reconhecimento do trabalho de investigação acerca da realidade, sendo que, apenas um intelectual com capacidade técnica, ou seja, um profissional do serviço social é capaz de desmistificar as necessidades sociais, fomentando o trabalho interdisciplinar e, construindo, coletivamente, estratégias de ação para apresentar respostas mais condizentes com a demanda de usuários do Programa Saúde da Família.

PALAVRA-CHAVE: Sistema Único de Saúde, Programa Saúde da Família, Assistente Social.

INTRODUÇÃO

O Estado é o responsável pelo fornecimento do direito fundamental à saúde em todo o território nacional, devendo promover aos cidadãos brasileiros programas que intensifiquem a qualidade do serviço, desenvolvendo políticas públicas que atuem tanto no controle quanto na prevenção das moléstias sociais. Todavia, a realidade social é um fator que congela a atuação qualitativa do Estado, ao passo que se encontra em situação amplamente deficitária. Assim, neste contexto, é que se criou o Programa Saúde da Família (PSF), o qual permite a entrada do usuário e de sua família em projetos eminentemente assistenciais de atuação in loco e com áreas delimitadas. Tendo o programa caráter restrito, é de suma importância à avocação do profissional do serviço social na aplicabilidade das suas diretrizes, vez que o mesmo pode estudar analisar, formular e elaborar propostas com mais profundidade e assiduidade, para amenizar os problemas existentes dentro do seio populacional brasileiro.

A identificação dos fatores sociais de risco passíveis de interferência na problemática de saúde e o efetivo combate à própria problemática é o que justifica a intensa pesquisa bibliográfica ora apresentada, a qual, segundo GIL (1999, p. 65), “[...] é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Com efeito, a partir do estudo apurado do tema, se torna evidente que as resignadas lutas que os assistentes sociais têm conquistado, desde a sua origem junto à saúde, como um todo os capacita para a atuação diária junto aos programas de assistência familiar. Entretanto, para que isso aconteça, o Brasil precisa de políticas públicas eficazes de combate a estas questões sociais e suas problematizações, para que então, o Serviço Social, em geral, contribua para tornar mais acessível e compreensível os direitos dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Na mesma esteira, o assistente social deve difundir e conscientizar o povo acerca da existência de um amplo rol de garantias individuais e coletivas voltadas aos cidadãos, isso porque, na Constituição de 1988, estão especificados os direitos do cidadão brasileiro e estrangeiro, mas são poucas as pessoas esclarecidas que entendem o real significado de seus direitos e deveres, sendo que, o papel do assistente social, neste contexto, é de extrema importância para as classes subalternas.

Destarte, o assistente social, com o apoio sustentável do Estado, que detém a obrigação de fornecer saúde de qualidade, se propõe a contribuir para essa garantia, através do fortalecimento dos princípios de universalidade, equidade e integralidade, na luta para alcançar um Sistema Único realmente equânime, com participação popular universal e igual para todos os cidadãos.

DESENVOLVIMENTO

1. SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL

O serviço social, como profissão, tem seu início na década de 20 e após a Revolução de 30, o qual observou a existência da questão social, passando a ser uma questão política defrontada e resolvida pelo Estado, através de leis de cunho prestativo-social, vinculadas a grupos sociais. A profissão era desenvolvida por mulheres integrantes de movimentos católicos. Era uma “benevolência”, concedida aos necessitados, e não se configurava como direito social. Possuía cunho assistencialista e mascarava o objetivo de frear a ideologia socialista. Assevera Aguiar (1995) que após o surgimento do capitalismo, havendo inspiração na ação católica e na ação social, foi fundada a primeira escola de serviço social de São Paulo em 1936, a qual era voltada à assistência paliativa e curativa.

Com a influência do serviço social norte-americano e europeu, evoluiu-se da assistência paliativa e curativa, passando a assistência mútua aos programas de bem-estar, à proteção individualizada e coletiva, que assume com responsabilidade as ações educativas, preventivas e curativas de determinados males sociais.

Segundo NETTO (1999, p.116), “esta nova realidade profissional vai marcar o início das bases do serviço social ‘tradicional’, no qual ‘o assistente social quer deixar de ser um apóstolo’ para investir-se da condição de ‘agente de mudança’.” Aduzem MIRANDA e CAVALCANTI (2005, p.07) que “se deu uma ‘crise ideológica, política e de eficácia’ na categoria profissional, consequentemente foi apontado à ruptura do conservadorismo herdado pelo movimento de reconceituação do serviço social da América Latina”.

De acordo com NETTO (2002), após o período de 64, com a tentativa de ruptura do tradicional e do conservadorismo, acontece o movimento de Renovação no Brasil, pautado nos documentos de Araxá, Teresópolis e Sumaré.

Assim, conclui-se que o processo de Renovação proporcionou um expansivo mercado nacional de trabalho para os assistentes sociais, porquanto emergiu um grande antagonismo entre a burguesia e o proletariado. A trajetória recente dos assistentes sociais envolve a organização política de movimentos e de entidades representativas da categoria, as quais, segundo BOSCHETTI (2004), passaram a debater, a partir de 1991, a criação de um novo texto principio lógico e, então, aprovou-se o novo Código de Ética Profissional do Assistente Social, que vigora desde 1993 até os dias atuais, sob a lei n. 8.662/93, que regulamenta a profissão do assistente social.

Neste período também foi aprovada a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei n. 8.742/93, que regulamenta a assistência social como uma Política Social. Nos ensinamentos de PEREIRA (2006, p.104), “a LOAS expressa uma concepção de assistência social

...

Baixar como (para membros premium)  txt (21.5 Kb)  
Continuar por mais 12 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com