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Historia Casas Bahia

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Por:   •  9/5/2013  •  1.322 Palavras (6 Páginas)  •  465 Visualizações

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Sempre de olho nos consumidores de baixa renda, Samuel Klein mantém seu império. Prova disso é que 80% dos R$ 12 bilhões que as Casas Bahia devem faturar este ano são provenientes do crediário, sinal inequívoco de que apostar - e, sobretudo, confiar nas camadas populares - é uma postura certeira. “Nas Casas Bahia, o crédito é uma ciência humana e não exata, portanto, não importa se o cliente é um pedreiro ou um faxineiro, se ele for bom pagador, daremos crédito para que ele resgate sua cidadania e realize seus sonhos”, diz.

E foi próximo às camadas populares, às quais pertencia, que Klein construiu seus negócios.

Em 1952, aos 29 anos, chegava ao Brasil, com apenas US$ 6 mil no bolso, o novo mascate da região de São Caetano, um polonês vendendo roupas de cama, mesa e banho. Com muita percepção de negócios e sobretudo seguindo os mandamentos do coração, expandiu suas vendas até criar, cinco anos mais tarde, sua primeira loja Casas Bahia, na mesma cidade do ABC Paulista. Sempre atento aos consumidores de baixa renda. “Vendemos a oportunidade para que as classes populares possam entrar em qualquer uma de nossas lojas para adquirir os produtos que elas desejam”, afirma Klein.

Mas como o próprio Klein diz, as Casas Bahia vendem muito mais que oportunidades. Vendem sonhos. Para isso, contam com 16 milhões de clientes cadastrados, com 40 mil colaboradores espalhados por 458 lojas, que faturaram, em 2004, R$ 9 bilhões.

Comandando pessoalmente seus negócios, aos 82 anos Klein vai quase todos os dias a seu escritório em São Caetano do Sul, onde faz reuniões com todos os diretores para saber o andamento das operações. Sempre que pode, visita lojas e comparece a festas de confraternização para estreitar a relação com seus colaboradores, considerados e tratados como verdadeiros filhos, como o próprio Klein ressalta.

Em entrevista à revista Canal Rh, o judeu que escapou do holocausto e veio ao Brasil construir a maior rede varejista do País, fala sobre seu estilo de administrar, a importância de sua família, o cuidado com seus funcionários e também sobre dedicação e perseverança, segundo ele, atributos sem o quais não teria chegado onde chegou.

Canal Rh: Em seu livro Samuel Klein e Casas Bahia, uma trajetória de sucesso, o senhor diz que vai quase todos os dias ao seu escritório, em São Caetano do Sul, e nunca deixa de saber sobre cada passo da empresa. Para o senhor, esse é o modelo de liderança ideal?

Samuel Klein: Lógico que sim. Em nossa vida profissional não podemos falhar. São justamente os erros que estragam nossos acertos. E, para não falhar, temos de estar atentos, ágeis e entender profundamente o nosso negócio.

Canal Rh: Dentro da política da empresa, qual a importância de seus colaboradores?

Klein: Eles são parte integrante das Casas Bahia. Tenho uma equipe vencedora, de pessoas motivadas. Ninguém constrói uma empresa do tamanho das Casas Bahia sozinho.

Canal Rh: Qual a relação que o senhor mantém com os funcionários de sua empresa?

Klein: Quando vou às lojas, converso com eles, e quando posso, faço o mesmo nas reuniões de trabalho, nas festas de confraternização. Tenho reuniões diárias com os gerentes, diretores e faço questão de saber como está o andamento em todos os departamentos. Não faço distinção de ninguém. Todos suam a camisa pela minha empresa, e eu tenho consciência disso.

Canal Rh: O fato de o senhor ter sido um mascate que comercializava roupas de cama, mesa e banho é um fator de aproximação com seus funcionários?

Klein: Ser mascate me levou mais ao encontro dos meus clientes. Para você se dar bem na vida, é preciso ser humilde, saber ouvir e ter o dom da simplicidade. Aliado a isso, é fundamental também o senso de oportunidade. Respeito meus funcionários e eles me respeitam.

Canal Rh: Quais as oportunidades de crescimento que a empresa oferece aos colaboradores?

Klein: Temos um plano de carreira, uma política séria de benefícios e de remuneração. Pagamos o melhor salário dentro de nossa atividade. Além disso, costumamos dar uma gratificação aos nossos colaboradores em épocas especiais, como Natal, Dia das Mães, das Crianças, dos Pais, para que eles possam comprar um presente para a família.

Canal Rh: O senhor sobreviveu ao holocausto, chegou ao Brasil com apenas US$ 6 mil e montou a maior rede varejista do País. Até que ponto sua história pessoal afetou sua visão empreendedora?

Klein: Confio na minha cabeça e sigo o que meu coração manda. Nunca desanimei frente a nenhuma adversidade. Além disso, tive a sorte de ter minha família a meu lado - minha mulher e meus filhos - o tempo todo. Sem eles eu não teria chegado onde cheguei.

Canal Rh: Seus filhos atuam diretamente no dia-a-dia da companhia (Michel é responsável

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