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Historia Da Educação

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Por:   •  17/10/2013  •  8.373 Palavras (34 Páginas)  •  267 Visualizações

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INDICE

ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO NO BRASIL....................................03

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO..................................................................................... 15

UM BREVE PASSEIO PELA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ................................ 22

LINHA DO TEMPO: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL ....................... 28

BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 36

ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

Objetivos da Disciplina “História da Educação”

Oferecer ao educando uma oportunidade de reflexão sobre a educação no passado, para que possa compreender a educação atual e contribuir de forma eficaz para o desenvolvimento de um sistema educacional mais voltado a realização humana; ressaltar os aspectos essenciais de cada período e situar a educação de cada época em seu contexto sócio-econômico.

Conhecer um pequeno panorama histórico da educação no Brasil desde a fase colonial até o período contemporâneo da República.

Compreender os comentários sobre a herança legada pelos jesuítas e pela Igreja Católica no desenvolvimento da educação formal no Brasil.

Investigar o "sentido da educação no Brasil" levando em conta a relação entre Estado, Educação e Sociedade.

Conteúdos

• Educação Jesuítica.

• Ensino Régio.

• Educação na Época da Monarquia.

• Educação na República.

1. INTRODUÇÃO

Nesta unidade estudaremos os fundamentos históricos, filosóficos e sociológicos que marcaram a educação no Brasil ao longo de cinco séculos. Iniciaremos nosso estudo pelos jesuítas que tiveram importância decisiva no projeto português de expansão mercantil-cristão. Posteriormente, passaremos ao estudo das Reformas Pombalinas que colocaram em cena o Estado enquanto agente educacional. No século XIX, o Brasil atinge a condição de país soberano, estruturando-se em torno do regime monárquico e com ele novas iniciativas são tomadas no campo da educação escolar. Finalmente a última parte vai contemplar o estudo da educação brasileira no período republicano.

2 - EDUCAÇÃO JESUÍTICA

Os jesuítas foram referências fundamentais e básicas em termos de educação no Brasil - Colônia, de 1549 quando desembarcaram em Salvador na Bahia a bordo de uma expedição que trazia o primeiro Governador-Geral Tomé de Souza até 1759 quando foram expulsos pelo Marquês de Pombal. Podemos dizer mesmo que ao longo desses quase duzentos anos, as práticas formais de educação estiveram sob o controle desses padres, membros da Companhia de Jesus.

Na realidade é difícil entender a presença dos jesuítas no Brasil sem contextualizar os acontecimentos históricos que envolveram a Europa e a América na Época Moderna do século XV ao XVIII. Como sabemos, a partir do século XV, acelerou na Europa o processo capitalista de relações econômicas, marcado pela circulação de mercadorias - essa fase do capitalismo ficou conhecida por mercantilismo. Por outro lado, ocorre de forma desigual, a constituição política do Estado Nacional - conhecido por absolutismo.

A combinação entre Estado Absolutista e mercantilismo foi decisiva para desencadear uma corrida entre as nações européias pelo controle de rotas comerciais terrestres e marítimas. Essa corrida se justificava pelo princípio mercantilista de que o Estado se fortaleceria na economia, política e militarmente conforme o acúmulo de riquezas em metais. A partir de então, a Europa ávida por ouro, prata, produtos tropicais e especiarias, vai desbravar os oceanos e mares, conquistando e explorando porções da Ásia e do litoral africano, culminando com o "descobrimento" da América. 4

A conquista e a colonização da América, sobretudo, por parte de Portugal e Espanha se inscrevem, portanto, na perspectiva econômica do mercantilismo, ou seja, as metrópoles ibéricas tinham como objetivo fundamental auferir a maior quantidade possível de riqueza, tanto em metais como em matérias-primas e produtos tropicais. Se de um lado podemos explicar a colonização do Brasil como parte de um sistema econômico europeu, por outro lado, não podemos esquecer o quadro histórico-religioso por que passava a Europa na mesma época.

A Europa Moderna assistiu a quebra da hegemonia da Igreja católica, hegemonia esta que ela havia consolidada desde os tempos da Idade Média, do século 5° ao 15º. As idéias de Martinho Lutero na Alemanha desencadearam um movimento reformista no cristianismo com repercussões por toda a Europa questionando as práticas da Igreja católica. A fim de reafirmar seus dogmas a hierarquia da Igreja católica convocou um Concílio na cidade de Trento, na Itália, entre os anos de 1545 e 1563, desencadeando uma forte repressão aos movimentos protestantes. Entre os instrumentos utilizados a Igreja católica lançou mão da Companhia de Jesus, fundada pouco tempo antes do Concílio de Trento pelo religioso espanhol Ignácio de Loyola.

A importância da Companhia de Jesus na estratégia da Igreja de combate o ao protestantismo estava circunscrita ao campo da missão evangelizadora. Por meio de seus membros - os jesuítas - a Igreja investia na educação das elites européias, impedindo assim a propagação das idéias reformistas e reafirmando os dogmas defendidos pela Santa Sé. Os povos ibéricos aderiram prontamente aos ideais da Contra-Reforma católica tanto na luta contra os mouros (árabes islamizados que controlavam territórios na Península Ibérica) como na colonização da América.

Dependia-se, portanto, do que foi afirmado anteriormente, que a colonização do Brasil em particular, e da América Latina como um todo, foi obra de um duplo projeto: de um lado, o econômico, expresso pelo mercantilismo e, de outro lado, o cultural-religioso, expresso pela expansão do cristianismo católico. Afirmamos que a colonização do Brasil ocorreu nos quadros de expansão mercantilista e católica. Assim, a metrópole lusitana transplantou, para a colônia brasileira, seu próprio modelo cultural.

Desse modo, o desembarque de alguns poucos padres jesuítas sob

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