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História Da Teoria Das Orgnizações

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Por:   •  14/10/2013  •  2.374 Palavras (10 Páginas)  •  325 Visualizações

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IV – HISTÓRIA DA TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES

As organizações e a prática da Gestão foram, são e serão sempre influenciados por forças sociais, políticas e económicas (incluindo a Tecnologia).

O estudo da evolução do Pensamento da Gestão é importante na medida em que:

- Fornece o contexto

- Permite melhor compreensão do impacto na Sociedade e nas Organizações

- Orienta o Pensamento Estratégico

IV.1 - TEORIAS CLÁSSICAS

Surgem na segunda e terceira década deste século aquando do desenvolvimento das primeiras grandes empresas industriais diversificadas.

A grande preocupação era a descoberta de regras ideais e de códigos de conduta necessários ao funcionamento duma organização. Se havia essas regras ideais, tal significava que o indivíduo se teria de adaptar total e mecanicamente ao processo produtivo e ao esquema de funcionamento da organização. O indivíduo apenas iria complementar o trabalho da máquina.

Nos primórdios da revolução industrial, não houve grande concorrência na produção e na procura (o mercado tinha um grande crescimento). Nessa fase, importante era produzir para satisfazer uma procura crescente e portanto o que estava em causa era optimizar a função de produzir. Não era necessária imaginação, talento ou criatividade para captar /vender aos clientes e como tal o indivíduo era utilizado apenas como elemento mecânico de um sistema que obedecia a regras muito bem definidas com vista a optimizar a produção dentro de um esquema organizacional rígido.

Nesta fase tínhamos três grandes princípios:

– descoberta das regras ideais de funcionamento;

– a organização (ou empresa) era um sistema fechado, muito centrado na tecnologia para optimizar o processo produtivo, sendo o seu único objectivo a procura da eficiência

Eficiência essa que é um conceito interno à organização visando a optimização do sistema.

– o indivíduo devia adaptar-se à máquina de forma mecânica e automática, complementando – a e contribuindo para a optimização do sistema.

Nesta lógica clássica, temos basicamente três abordagens:

– a de Taylor, Administração Científica;

– a de Fayol, Escola Anatómico – Descritiva;

– a de Weber, Modelo Burocrático de Organização.

Para Taylor, havia uma e única maneira de melhor executar qualquer tarefa (one and only best way).

Definido o objectivo do trabalho, Taylor aplica então o método conhecido por “estudo de tempos e movimentos” que consiste na desagregação de cada tarefa de um indivíduo nos seus movimentos físicos elementares; tais movimentos eram cronometrados, a face ao objectivo da tarefa, eram depois recompostos para minimizar o tempo da execução.

Em contrapartida, Fayol, embora conceptualmente próximo de Taylor, vai-se preocupar fundamentalmente com a análise da estrutura hierárquica das organizações, em vez de se preocupar com os tempos e movimentos de cada um. Ele põe o acento tónico na linha de comando da qual dependeria o bom funcionamento da organização.

Para Taylor, o indivíduo devia ajustar-se à máquina. Para Fayol, o indivíduo deve ajustar-se ao superior hierárquico. Assim, para Taylor, teríamos o individuo como homem – máquina enquanto que para Fayol temos o indivíduo como homem-servo.

Assim, Fayol pretende aplicar um conjunto rígido de princípios universalmente explicáveis em termos de:

— o que devem ser as funções e preocupações de cada gestor dentro da cadeia hierárquica;

— como deve ser todo o relacionamento ao longo da cadeia hierárquica que é a base, e espinha dorsal do organigrama.

Taylor e Fayol eram gestores de empresas. Weber era um académico com importantes contributos ao nível do desenvolvimento das Ciências Sociais.

Para Weber, devia haver um modelo puro ou ideal de organização.

A organização weberiana, a BUROCRACIA é o paradigma (modelo de referência) da administração racionalizada em que a predeterminação (ou seja a definição à priori das regras de jogo) é total a todos os níveis da organização.

Weber apresenta assim um conceito da organização em que é possível formular um sistema de regras e papéis a serem executados pelos indivíduos após a definição dos objectivos e actividades.

Para Taylor o homem seguia a máquina, para Fayol seguia o chefe enquanto que para Weber ele devia seguir as regras burocráticas, isto é um conjunto de conjunto de comportamentos prefixados, geralmente inseridos num documento escrito, comportamento esse que o indivíduo deve saber de cor.

Na lógica clássica das três teorias que descrevemos há sempre uma estrutura – máquina para Taylor, hierarquia para Fayol e regras burocráticas para Weber – que fixa o comportamento do indivíduo.

Estamos pois numa abordagem estruturalista em que a estrutura impõe e fixa o comportamento dos indivíduos.

ABORDAGEM ESTRUTURALISTA

COMPORTAMENTO = f (ESTRUTURA)

IV.2- ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA

Tais abordagens surgem em tempos mais modernos em contraponto e até mesmo em oposição às visões estruturalistas das teorias clássicas. Nesta abordagem, o indivíduo é o elemento central da organização, sendo o ponto de partida e da chegada para explicar ou fazer qualquer análise do funcionamento da organização. Ponto de partida porque é através do estudo do comportamento humano que é possível (compreender o comportamento da organização). Ponto de chegada porque as organizações devem ser estruturadas à medida e em função dos

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