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Homem E Saúde

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Por:   •  9/12/2014  •  843 Palavras (4 Páginas)  •  555 Visualizações

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Ao longo da história foram implantados tabus no homem desde a infância, como “homem não chora, não adoece, tem que ser durão”, incutindo posturas machistas na população masculina, enquanto que para a mulher foi dada a função de cuidar, seja de si, da casa ou da família, o que acabou por implementar hábitos saudáveis e uma maior preocupação coma sua saúde, maior flexibilidade em mudar seus hábitos e facilidade em reconhecer alterações existentes em seu estado de saúde que necessitem de tratamento (BRASIL, 2010). Essas barreiras socioculturais se refletem na ausência dos homens nos serviços de atenção primária à saúde, os quais usam como justificativa frequente pela sua ausência a falta de tempo. Nardi (1998) e Marinho (2000) apud Schraiber et al.(2005) afirmam que muitos homens alegam não poder se ausentar do trabalho para procurar os serviços de saúde,principalmente quando se trata do SUS: o tempo que gastam para agendar as consultas, as filas de espera, o atendimento em horário de trabalho, tudo isso se reflete na (in) disponibilidade dos homens a buscar os serviços de saúde. Para a maioria deles, o trabalho está em primeiro lugar, onde a saúde só se torna uma prioridade quando começa a impossibilitar esses homens de exercer suas atividades cotidianas, sejam elas laborativas ou, muitas vezes, sexuais.Comprovada essa realidade, percebeu-se a carência de políticas que atendessem a esta população culturalmente resistente em mudar seus hábitos para obter uma melhoria na qualidade de vida.

O sistema de saúde brasileiro também tem a sua parcela de culpa nessa questão: foi omisso durante muito tempo, existindo políticas voltadas para a atenção à saúde da criança, do adolescente, do adulto, do idoso e da mulher, mas a saúde do homem estava sendo deixada de lado.

Percebe-se uma falha nos serviços de saúde tanto na parte de atividades voltadas para o público masculino quanto no próprio ambiente das UBS/USF, ainda muito feminilizado. Couto et al. (2010) constata essa realidade em pesquisa realizada em oito serviços de atenção básica à saúde de quatro estados brasileiros:Na caracterização dos serviços, chamou atenção como os ambientes não favorecem a presença e permanência dos homens, já que todos se apresentam como espaços de marcadamente femininos - observações que sobressaem da totalidade dos diários de campo. Como exemplo, nas áreas comuns e de grande circulação, como recepção e sala de espera, há sempre muitos cartazes, produzidos pelo Ministério da Saúde, veiculando mensagens de promoção da saúde. Temas como promoção do aleitamento materno, pré-natal, prevenção de DST e HIV/AIDS são comuns e apresentam forte conotação feminina, excetuando alguns sobre o uso correto do preservativo e sobre hanseníase. Somado a isto nota-se o reforço da feminilização dos ambientes das unidades tanto pelos materiais de educação em saúde como pelos puramente decorativos que são produzidos internamente (pelos funcionários) (COUTO et al., 2010, p.260-261).

Além disso, é fato de que a maioria dos profissionais enfermeiros ainda hoje é do sexo feminino como afirma Costa e Silva (2004), o que dificulta a abordagem da população masculina e a transmissão de confiança por parte deste profissional, uma vez que os homens tendem a se constranger e/ou duvidar da capacidade das mulheres para orientá-los quanto à resolução

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