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IMPACTOS SOBRE A POPULAÇÃO E O ESPAÇO NA CONSTRUÇÃO DA USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU

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Por:   •  17/9/2013  •  5.880 Palavras (24 Páginas)  •  940 Visualizações

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IMPACTOS SOBRE A POPULAÇÃO E O ESPAÇO NA CONSTRUÇÃO DA USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU

Cristiane Teixeira

Gisele Aline V. Miranda

Leila Job Padovani

Valdeilda da Silva

Orientador: Sidinei Ap. Pereira

RESUMO

O projeto Itaipu era de interesse política para o aproveitamento dos recursos hídricos para a produção de energia e resultado de intensas negociações entre dois países durante a década de 70. Este projeto causou grande impacto socioambiental, devido o grande empreendimento necessitar que muitas mudanças no espaço; e, pela falta de leis que defendesse o meio ambiente, a carência de preocupação do estado ocasionou uma inexorável mudança na paisagem e ocultou um patrimônio ecológico.

PALAVRAS-CHAVE: Usina hidrelétrica, Impacto Ambiental e Impacto social.

INTRODUÇÃO

Desde o começo da civilização o homem vive uma incessante busca pelo desenvolvimento econômico em prol do crescimento, onde os recursos naturais como fonte de matéria-prima esgotável e finita são abusivamente explorados. Um crescimento econômico e industrial almejado por todas as nações, mas que geram graves danos à humanidade.

O ser humano em meio ao seu processo evolutivo foi captando os recursos oferecidos pela natureza e desenvolvendo técnicas mais avançadas para obtenção desses recursos em escalas cada vez maiores e periodicidade cada vez menor, onde a descoberta das fontes de energia se torna um fator primordial nesse processo.

Desde o século l a.C.,a força das águas para gerar energia é utilizada. É um método bastante antigo e começou com a utilização das chamadas "noras”, ou rodas d'água do tipo horizontal, ou seja, a produção de energia mecânica através da ação direta de uma queda d'água.

Com o surgimento da tecnologia, a partir do século XVIII, como o motor, a lâmpada, a turbina hidráulica e o dínamo, foi possível converter energia mecânica em eletricidade. No final do século XIX, foi construída a primeira hidrelétrica do mundo, junto ás quedas d'água das Cataratas do Niágara, as pesquisas sobre petróleo ainda engatinhavam e o principal combustível era o carvão. Na mesma época, no Brasil, D.Pedro II construiu a primeira hidrelétrica, no município de Diamantina, com linha de transmissão de dois quilômetros e com 0,5MW (megawatt) de potência, utilizando as águas do Ribeirão do Inferno, afluente do rio Jequitinhonha.

O avanço tecnológico e produtivo, principalmente após a Revolução Industrial, propiciou ao planeta inúmeras alterações. A busca pelo desenvolvimento permitiu ao homem condições de vida melhor e maior conforto, com a captação de recursos oferecidos pela natureza. Os princípios básicos de funcionamento para a produção de energia praticamente não foram alterados, porém as novas tecnologias permitem a obtenção de maior eficiência e confiabilidade do sistema, o que permite o aumento significativo na potência das unidades instaladas, chegando a 14 mil MW, é o caso da binacional Itaipu, construída em parceria do Brasil com o Paraguai. (Site de Itaipu)

A Usina de Itaipu foi arquitetada nos anos do “milagre econômico” que destacou o Brasil pós-64, “era” de imposição do Estado, que desenvolveu projetos de investimento econômico, com a finalidade de inserir uma indústria de bens de capital.

Como afirma ROSS, “O acréscimo do conhecimento técnico-científico dos séculos XVIII, XIX e XX possibilitado pelo capitalismo colocou definitivamente os interesses das sociedades humanas de um lado e a preservação da natureza de outro”. (ROSS, 1996, p. 213).

O processo de industrialização também implicou no crescimento dos grandes centros urbanos, com pessoas em busca de melhores condições financeiras e bem-estar. Facilitando a aceitação da decisão do Estado em ampliar a geração de energia com construções “faraônicas” de usinas hidrelétricas, com a concepção da ideia do positivismo e modernidade; deixando obscuro o impacto que causaria na natureza.

No entanto, a displicência em suas ações deixou marcas terríveis no meio ambiente, à degradação ambiental ganha proporções cada vez maiores e o ser humano já sofre as consequências desses atos.

Carvalho (2003, p. 67) defende que:

O dinamismo da civilização industrial introduziu radicais mudanças no Meio Ambiente físico. Essas transformações implicaram a formação de novos conceitos sobre o ambiente e o seu uso. A Revolução Industrial, que teve início no século XVIII, alicerçou-se, até as primeiras décadas do último século, nos três fatores básicos da produção: a natureza, o capital e o trabalho. Porém, desde meados do século XX, um novo, dinâmico e revolucionário fator foi acrescentado: a tecnologia. Esse elemento novo provocou um salto, qualitativo e quantitativo, nos fatores resultantes do processo industrial. Passou-se a gerar bens industriais numa quantidade e numa brevidade de tempo antes impensáveis. Tal circunstância, naturalmente, não se deu sem graves prejuízos à sanidade ambiental.

As alterações ambientais são causadas tanto por atitudes humanas como por processo natural, entretanto, as maiores alterações que ocorrem são causadas pela ação do homem.

As alterações provocadas ao ambiente, grande parte são irreversíveis, e os recursos naturais em sua maioria não são renováveis. Os principais problemas que afetam o meio ambiente são: Poluição do ar por gases poluentes; Queimadas de matas e florestas; Corte ilegal de árvores; Aquecimento Global; Diminuição da Camada de Ozônio; Poluição dos recursos hídricos - rios, lagos, mares e oceanos; Poluição do solo (agrotóxicos, produtos químicos e descarte incorreto).

Jean Dorst afirma:

“pode-se constatar cada vez mais nitidamente que as atividades humanas estão prejudicando nossa própria espécie. O homem intoxica-se envenenando, no sentido literal do termo, o ar que respira, a água dos rios e o solo de suas culturas. Praticas agrícolas deploráveis empobrecem a terra de forma por vez irrecuperável, e uma exploração excessiva dos mares está reduzindo os recursos que deles poderiam ser extraídos.”(Antes que a natureza morra , citado por Vladimir Passos de Freitas crimes contra a natureza, 6. Ed. São Paulo: revista dos tribunais, p. 19).

O planeta sempre passou por

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