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INCLUSÃO: REALIDADE EDUCACIONAL DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

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Por:   •  8/3/2015  •  4.396 Palavras (18 Páginas)  •  335 Visualizações

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INCLUSÃO: REALIDADE EDUCACIONAL DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA.

RESUMO

A inclusão antevista como educação para todos com a finalidade de modificar o sistema de exclusão e criar condições, estruturas e espaços para a existência de uma diversidade de educandos na escola, traz consigo o desafio de transformar, não somente a rede física, mas o modo, as ações e as práticas. Nessa temática, o presente trabalho tem por intuito conhecer e analisar as mudanças necessárias, em todos os âmbitos, para que a inclusão alcance sua principal finalidade que é de requerer condições de desenvolvimento igualitário a todos os educandos. O papel do atendimento educacional especializado para a educação dos alunos inclusos para que apresentem maiores probabilidades de se desenvolverem frente aos conteúdos acadêmicos e evidenciar a importância do professor nesse processo educacional. A pesquisa aqui desenvolvida de caráter qualitativo utilizou-se de análise documental e bibliográfica da legislação e principais autores estudiosos do tema, como Bueno (1999), Ferreira (1999), Mantoan (2001), entre outros. Neste ponto de vista procurou-se entender o que a proposta inclusiva indica que as escolas que ofertam o ensino regular, primando pela oferta de um atendimento diferenciado baseado nas especificidades dos alunos, ou seja, o Atendimento Educacional Especializado, separando o papel do docente frente a inclusão, pondo como de fundamental importância para que a proposta inclusiva surta o resultado esperado. Portanto, o desafio não é apenas matricular os alunos com necessidades educacionais especiais e adentrá-los em uma sala de aula comum, mas sim fazer com que a educação seja verdadeiramente inclusiva proporcionando aos alunos inclusos uma evolução no seu desenvolvimento educacional, emocional, pessoal e social.

PALAVRAS-CHAVE: Inclusão. Atendimento Educacional Especializado. Aluno. Prática Docente.

1. INTRODUÇÃO

A inclusão é o entendimento e o respeito às diferenças (BRASIL 1994), e promover condições para que se efetive é dever de todos os segmentos sociais, compreendendo também os ambientes escolares. A proposta educacional inclusiva é tida como um paradigma educacional que se fundamenta, basicamente, na concepção de direitos humanos, sendo que os mesmos tratam da igualdade e diferença como valores indissociáveis (FERREIRA, 1999).

Assim, considerando o exposto, pode perceber que a inclusão vem afirmar uma educação voltada a todas as pessoas, sem distinção, contribuindo para que as situações de exclusão sejam extintas, favorecendo a toda a diversidade que a escola atende. Diante disso, pode-se inferir que o espaço educacional ao transformar toda sua estrutura seja ela física, humana ou organizacional, poderá ser tida como verdadeiramente inclusiva. (BUENO, 1999).

Nesta temática o presente trabalho buscará trilhar os caminhos duvidosos da inclusão escolar, tendo como objetivo habituar-se ao conceito de inclusão, alçar as características da inclusão escolar e assinalar o papel e formação do professor para esta realidade.

O referido estudo constitui-se numa pesquisa bibliográfica de ordem qualitativa tendo como bases os autores Bueno 1999, Ferreira (1999), Mantoan (2001), entre outros buscando entender o que a proposta inclusiva lembra as escolas que ofertam o ensino regular, primando pela oferta de um atendimento diferenciado baseado nas especificidades dos alunos, ou seja, o Atendimento Educacional Especializado, e ainda, aborda-se o papel do docente frente à inclusão, colocando-o como de fundamental importância para que a proposta inclusiva surta o resultado esperado, sendo então este trabalho um importante instrumento de pesquisas para os profissionais da educação.

2. A INCLUSÃO

A inclusão tornou-se uma manifestação social, uma vez que é defendida por todas as esferas da sociedade. Entretanto há evidencias históricas onde mostram que esse fato teve origem nos movimentos que defendia as pessoas que apresentam algum tipo de deficiência. Também podemos afirmar que tal movimento teve início a partir da década de 80, mais especialmente no ano de 1981, quando a Organização das Nações Unidas – ONU, concretizou como o Ano Internacional das Pessoas Deficientes.

Portanto a partir da luta em defesa dessa causa, houve uma evolução e progressão significativa sobre o conceito de inclusão, pois como é visto, após muito debate e confronto com muitas situações burocráticas, nestas duas últimas décadas, as pessoas com deficiência já obtiveram alguns direitos, mas sabemos que ainda há muito a conquistar.

Em 1990 aconteceu a Assembleia Geral da ONU, que se tornou um marco na conquista dos direitos dos portadores de deficiências, pois, foi nesta ocasião que se formulou a Resolução Nº 45/91, que mencionou o modelo de Sociedade Inclusiva, também designada Sociedade para Todos. Este documento determina que esta sociedade deva se estruturar buscando acolher às necessidades de cada cidadão, objetivando-se no princípio de que todas as pessoas têm a mesma importância ante a sociedade (FERREIRA, 1999).

Não há como negar que uma sociedade para ser reconhecida como para todos são aquela onde todas as pessoas são respeitadas em suas particularidade e diferenças. Mas infelizmente sabemos que a sociedade em que vivemos ainda segue padrões e modelos pré-estabelecidos, fato que torna difícil o respeito e valorização às diferenças.

O conceito de pluralismo vem respeitar as diferenças e se constituir como eixo central para um processo democrático, pois saber respeitar as diferenças quiçá seja a tarefa mais complexa da sociedade contemporânea, pois a construção de modelos sociais pré-estabelecidos acaba homogeneizando a sociedade (MANTOAN, 2001).

Neste sentido, Werneck (1997, p. 21) assegura que “a sociedade para todos conscienciosa da desigualdade da raça humana, ficaria estruturada para atender às necessidades de cada cidadão, das maiorias às minorias, dos privilegiados aos marginalizados”.

E ainda, Mantoan (2001, p. 51) diz que “não lidar com as diferenças é não compreender a diversidade que nos abraça nem os muitos aspectos em que somos diferentes uns dos outros e transmitir, implícita ou explicitamente, que as diferenças devem ser escondidas, abordadas à parte”.

Analisando o que traz Mantoan (2001), o conceito de inclusão se expande na medida em que não defende apenas as pessoas com

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