INDEPENDÊNCIA MELHORADA DAS FAMÍLIAS

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 3

2.. CRESCENTE ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS................................................ 4

3.. SOCIEDADE DE CONSUMO.................................................................................5

4. PESQUISA DE CAMPO..........................................................................................6

5.CONCLUSÃO...........................................................................................................8

6. REFERENCIAS........................................................................................................9

1.INTRODUÇÃO

Atualmente no mundo é visível a existência de vários problemas que tem afligido as famílias brasileiras, principalmente a questão do endividamento que tem batido recordes.

A crescente oferta de créditos no mercado tem a cada dia aumentado, proporcionando assim a população o acesso fácil e a possibilidade de comprar com as melhores condições de pagamentos. Não verificando as possibilidades, as condições e as suas limitações pessoais, algumas pessoas adquirem vários cartões, fazem empréstimos compram financiados e acabam se comprometendo com várias dividas ao mesmo tempo, acarretando assim atrasos nos seus compromissos financeiros.

2.DESENVOLVIMENTO

A Confederação Nacional do Comércio- CNC, define endividamento como a existência de um compromisso financeiro para o futuro.

segundo a Pesquisa Nacional de Inadimplência do Consumidor – PEIC, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC, o percentual de famílias com dívidas cresceu para 57,3% em junho. No mês anterior era 55,9%.

Com o crescimento da oferta de crédito, a procura e a facilidade ao acesso, as famílias sem nenhum planejamento orçamentário, fazem compras financiadas e acabam se enchendo de dividas. Gerando severas conseqüências pessoais, econômicas e sociais. O diretor da entidade, Fernando Cosenza, lembra que nos últimos cinco anos 32 milhões de brasileiros passaram a ter acesso ao crédito. E ele declara “Essas pessoas (...) estão lidando com o crédito sem uma prática, sem uma experiência anterior, e estão muitas vezes tendo dificuldade de lidar com o crédito a seu favor”.

Mesmo com o aumento da renda, é de fundamental importância saber como gastar o dinheiro. Pois além da falta do planejamento financeiro e compras excessivas, vários outros motivos também podem acarretar endividamento como: perda de renda, desemprego, problema de saúde, gastar mais do que ganha, não sabe administrar o dinheiro, acumulo de débitos, etc. E, quando essas coisas acontecem conseqüentemente às pesquisas apontam o numero de pessoas que não tem condições de pagar suas contas ou dividas atrasadas no próximo mês ou declaram não ter como pagar.

O economista chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento-ACREFI, Nicóla Tingas, explica que quando falta o dinheiro no mês, o consumidor, que já está endividado, e está com o orçamento apertado, vai pegar dinheiro aonde ele tem disponível, que é no cheque especial ou na utilização do cartão. Com isso, o processo de furo, em vez de diminuir, acaba sendo algo constante e muitas vezes drástico.

Os principais tipos de dívidas das famílias são o cartão de crédito, os carnês e o credito pessoal. O CNC destaca o cartão de créditos sendo o primeiro com 75%,isso porque tem os juros mais alto no mercado, em segundo, os carnês com 19,7% e o terceiro, o credito pessoal com 10,4%

O Superendividamento é uma das categorias do endividamento. O indivíduo gasta sem controle nenhum. Não consegue pagar os empréstimos e financiamentos, porque estoura os limites do cheque, cartão de créditos e cheque especial.

Segundo a Psicóloga, Inês Hennigen, o superendividamento é um fenômeno grave e um grande problema social, que afeta consumidores e comerciantes e fornecedores. E para compreender e enfrentar esse problema necessita não somente da parte jurídica, mas também da Psicologia, Serviço Social, Educação e Economia. Esse fenômeno já levou muitos países a estabelecer leis especificas para o tratamento.

o motivo do considerável crescimento do endividamento dos consumidores brasileiros, o qual pode gerar consequências relevantes em seu bem estar, seus relacionamentos pessoais e convívio social, além, é claro, de gerar externalidades para a economia e sociedade como um todo.

Na década de 70 pensadores refletiam as condições sociais, econômica, política e pessoal do indivíduo a partir do conceito que tinham da sociedade de consumo. Quanto maior a posse dos objetos, maior o poder ou posição social. A aquisição desses objetos ou mercadorias não era somente por necessidade, mas também para serem reconhecidos socialmente. E a psicóloga Inês no seu artigo fala que existem objetos que assumem o posto de indicadores de inclusão e distinção social. E isso leva as pessoas a adquirirem bens e serviços que vai lhe dar uma nova identidade e um reconhecimento, mesmo que tudo lhe custe caro mais tarde.

Ainda em pesquisa, no artigo de Inês Hennigen, filósofos e sociólogos são citados apresentam algumas posições sobre a sociedade de consumo, uma posição que se difere da outra. Uns se posicionam colocando o consumo, como condição para o desenvolvimento social e melhoria de vida para a populações e outros, apontam o consumo como o grande mal de nosso tempo. Todas essas posições nos levam a reflexão em relação ao endividamento, e observas alguns aspectos como: a extensão da produção capitalista de mercadorias que originou os bens para o consumo; a grande oferta de créditos, independente da classe social a terem acesso e facilidade nas compras, e por fim, a cultura do consumo. Caracterizando a sociedade existente hoje.

Angelita e José Eustáquio destacam que a época que marcou a história do consumo das famílias brasileiras foi a estabilização econômica proporcionada pelo Plano Real em