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Introdução à Engenharia

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Por:   •  3/9/2013  •  3.832 Palavras (16 Páginas)  •  415 Visualizações

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VISÃO HISTÓRICA DA ENGENHARIA CIVIL:

1-A ENGENHARIA:

A palavra Engenheiro vem de engenho, engenhoso, do latim in genenare, que significa faculdade do saber, criatividade. Foi usada pela primeira vez 200 d.C. quando Tertuliano descreveu um ataque a Cartago onde tinha sido usado um aríete, por ele descrito como ingenium, ou uma invenção engenhosa.

Esse foi o nome com que passaram a denominar a pessoa que era responsável pelos engenhos de guerra (aríetes, pontes flutuantes, catapultas, etc). À medida que foi se ampliando o campo de atuação do engenheiro, por volta de 1500, já se atribuía o nome engenheiro às pessoas que fabricavam engenhos. Nessa época viveu talvez o maior gênio de todos os tempos, Leonardo Da Vinci. Sem dúvida um grande engenheiro.

Questão para reflexão: Quais as diferenças entre os papéis dos Engenheiros, dos Cientistas, dos Tecnólogos, Técnicos e Artífices ou Artesãos?

Engenheiros são indivíduos que combinam conhecimentos da ciência, matemática e da economia para solucionar problemas técnicos com os quais a sociedade depara. É o conhecimento técnico aplicado que distingue os engenheiros dos cientistas.

Engenheiros são pessoas que solucionam problemas e reúnem os recursos necessários para alcançar um objetivo técnico claramente definido. A.M.Wellington (1847-1895), engenheiro americano, descreveu a engenharia como “a arte de fazer bem feito e com um dólar, aquilo que qualquer outro pode fazer com dois”.

A história da Engenharia está ligada à própria história da evolução do homem. Ainda não como ciência, os primeiros passos foram dados ainda no período Paleolítico, à cerca de dois milhões de anos quando se produziram as primeiras ferramentas com o uso de pedras lascadas, ossos, etc. Algumas técnicas depois começaram a mudar o mundo: o polimento de pedras, o braço de alavanca e a produção do fogo.

No período entre 12 mil e 2 mil a.C. o homem começou a dominar o uso dos metais e inventou a roda. Esses feitos provocaram profundas mudanças no progresso mundial.

Na sequência, outros avanços técnicos contribuiriam para a evolução do mundo e das técnicas precursoras da engenharia: a escrita, a construção de templos e palácios, os trabalhos de irrigação no Egito, construção naval dos nórdicos, em Jerusalém surgia o primeiro sistema subterrâneo de abastecimento dágua e na China se publicava o primeiro tratado de Matemática. Inventos como a pólvora e a bússola impulsionavam novas descobertas. Mas tudo isso era feito de forma empírica, prática.

A partir do séc. XV a tecnologia começou a tomar corpo, mas foi com a revolução industrial que a engenharia tomou os contornos atuais. Nos séc XVI e XVII surgem gênios que contribuiriam significativamente para essa transformação: Galileu Galilei, Johannes Kepler, Nicolau Copérnico, René Descartes, Isaac Newton, Charles Coulomb. Nessa época também surge a primeira escola de engenharia em Veneza, em 1506.

A partir do século XVIII com a evolução da matemática, a explicação de vários fenômenos físicos, da prática de campo, e do aparecimento de cursos formais para transmissão desses conhecimentos, foram lançadas as bases da Engenharia moderna.

2-A ENGENHARIA CIVIL

A engenharia Civil é a mais antiga das engenharias. Seus grandes feitos remontam ao Egito antigo. Devido a atuação em construção de pontes, estradas, etc, seus serviços eram extremamente úteis em tempos de guerra. Para distinguir os engenheiros que trabalhavam em projetos de aplicação civil daqueles que trabalhavam em projetos de aplicação militar, o engenheiro britânico John Smeaton propôs o termo Engenheiro Civil, com o qual se auto-intitulou, por volta de 1750.

Os termos Construção civil e Engenharia civil são originados dessa época em que existiam apenas duas classificações para a Engenharia sendo elas Civil e Militar. A Engenharia militar era destinada apenas aos militares a Engenharia civil destinada aos demais cidadãos. Com o tempo, a Engenharia civil, que englobava todos as áreas, foi se dividindo, e hoje conhecemos vários divisões, como a Mecânica, Elétrica, Química, Naval, e mais recentemente, de Computação, de Softwares, entre outras.

3-A ENGENHARIA CIVIL NO BRASIL:

A Engenharia Civil no Brasil teve início, mais especificamente, em 1549, quando o Rei de Portugal, Dom João III, criou a figura do Governador Geral, para ajudar a fiscalizar e defender os rendimentos das Capitanias Hereditárias. Para isto, foi enviado à Colônia o primeiro Governador Geral, Thomé de Souza, com a expressa incumbência de construir “uma fortaleza de pedra e cal e uma cidade grande e forte”. Sabia-se que na Colônia não se encontraria mão de obra especializada, por este motivo o Governador Geral trouxe de Portugal muitos pedreiros, carpinteiros e outros artífices, dentre eles, Luiz Dias o “mestre de obras da fortaleza”, Diogo Peres, o “mestre pedreiro” e Pedro Góis, o “mestre pedreiro arquiteto”, conforme destaca MACEDO (1998, p. 12). Afirma, ainda, este autor que o General Aurélio Lyra Tavares, em seu livro A Engenharia Militar Portuguesa na Construção do Brasil, apresenta uma relação, contendo 238 nomes de engenheiros militares que atuaram no Brasil até 1822.

Quanto aos “engenheiros brasileiros” dessa época, eram artífices legalmente licenciados para projetar e construir, cujos conhecimentos haviam sido adquiridos de outros mestres, como aprendizes, e cuja capacidade profissional tinha de ser comprovada por exames minuciosamente descritos no Regimento dos Oficiais Mecânicos – compilado pelo “licenciado” Duarte Nunes Leão - em 1572 – que regulamentou as corporações de Ofício de Portugal e suas Colônias. Essa legislação, segundo o autor, só foi revogada pela Constituição do Império de 1824.

Por volta de 1650 foi contratado o holandês Miguel Timermans para ensinar ciência e arte de engenharia, segundo relato de Pedro Telles em seu livro História da Engenharia no Brasil.

Com a vinda da Família Real Portuguesa e seus mais de 15.000 cortesãos, a cidade do Rio de Janeiro transformou-se na sede da monarquia e do governo português. O impacto dessa transferência sobre os costumes, os serviços, a infraestrutura e as instalações públicas foi revolucionário. O Rio de Janeiro transformou-se num canteiro de obras, onde a engenharia e a arquitetura portuguesa enfrentaram, entre outros, o desafio de suas próprias adaptações aos trópicos;

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