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Jane Jacobs X Carta De Atenas

Trabalho Universitário: Jane Jacobs X Carta De Atenas. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/4/2014  •  1.684 Palavras (7 Páginas)  •  1.731 Visualizações

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RESUMO

A introdução das maquinas, e os demais avanços tecnológicos na revolução industrial gerou grandes problemas para áreas urbanas das cidades, com grandes concentrações de pessoas, que acabou criando um lugar poluído, sem higiene, lugar de desordem e impossível de se habitar. Diante disso foi necessário pensar como organizar essas cidades, de que forma recuperá-las. A idéia por meio desse trabalho é mostrar como os urbanistas se colocaram para resolver esse problema. As duas visões que serão mostradas, A Carta de Atenas criada em 1933 pelo CIAM ( Congresso Internacional de Arquitetura Moderna), e o livro publicado em 1961, Morte e Vida de Grandes cidades, de Jane Jacobs. Os dois a partir dos quatro fundamentos do urbanismo (habitar, circular, recrear-se, trabalhar), mostraram de que forma propor a cidade, e resolver os problemas gerados por seu crescimento acelerado.

Palavras-chave: Urbanismo, Setorização, Diversidade.

Com a revolução industrial foi introduzido a era maquinista, ouve um grande de deslocamento de pessoas para cidade, principalmente pelas ofertas de empregos. Esse rápido crescimento da cidade causou grandes problemas urbanísticos, como uma grande quantidade de pessoas morando no mesmo lugar, amontoados, em lugares sem higiene trazendo doenças, além do emprego da maquina ter dado um golpe fatal no artesanato.

Diante desse quadro urbano da época em 1933 em Atenas, Grécia, é realizado o IV congresso internacional de arquitetura moderna (CIAM), nesse encontro foi formulado a Carta de Atenas que propõe a setorização através de um planejamento de usos do solo das áreas residências, de lazer e trabalho, outros pontos que a Carta também discutiu é a forma de circulação, e o patrimônio histórico das cidades.

Contrariando essa idéia de separação de usos em 1961 Jane Jacobs lança o livro Morte e Vida de Grandes Cidades, onde ela defende, a diversidade na cidade, diversidade de usos, de tipologia de edificações, de raças de nível sócio econômico, e onde essa diversidade ocorre é na ruas e calçadas, a autora da muita ênfase no papel da rua como gerador da vida publica do contato com outras pessoas, e ela deve estar sempre em movimento durante todo o dia, devem ser largas e segundo Jane mais importante que parques para atividades das crianças.

Jane jacobs então aponta as quatro condições indispensáveis que geram diversidade nas ruas de distritos, que são: a necessidade de usos principais combinados; a necessidade de prédios antigos; a necessidade de quadras curtas; a necessidade de concentração.

Iremos agora expor a visão de cada um desses seguimentos, as idéias da Carta de Atenas e de Jane Jacobs da forma de como propor a cidade.

Comecemos primeiro com a carta de Atenas, por ter sido a primeira publicada entre as duas, e pela escritora Jane Jacobs ter criticado essa forma de compor a cidade.

Aos setores habitacionais deveram estar reservados as melhores localidades, com insolação favorável, ar puro, silêncio, afastadas do alinhamento das ruas, distantes de ruas de velocidades altas. Em seu entorno estará os centros de abastecimento, saúde, e educação. Para prevenir grande concentração de pessoas, as autoridades determinaram as densidades populacionais permitidas. Quando forem necessárias edificações mais elevadas estas deveram estar mais afastadas uma da outra liberando o solo para áreas verdes.

Quanto ao lazer a Carta de Atenas diz: “todo bairro residencial, deve compreender a superfície verde necessária a organização racional dos jogos e esportes das crianças, adolescentes e adultos”

As zonas edificadas e as zonas plantadas devem ser distribuídas de forma que o tempo de uma a outra seja razoável. Alem de áreas de atividades semanais e de equipamentos coletivos, as áreas verdes serviram de lugares de beleza da cidade, outra utilidade é separar as edificações de vias de grandes circulação , privilegiando a circulação media em seu entorno.

O local de trabalho será escolhido a partir de planos cuidadosamente elaborados, a sua distancia deve ser reduzida ao mínimo das áreas de habitações.

Os setores industriais ficarão ao longo das vias fluviais, e separados das habitações por meio de vegetação. Quanto ao artesanato devera designar lugares dentro da cidade.

O centro de negócios públicos ou privados, devera ter boa comunicação com áreas residências, industrias e artesanato.

Cada via de circulação terá uma destinação, pedestre; automóveis; cargas pesadas; suas dimensões, tipos de cruzamentos, etc, será estabelecido de acordo com sua função.

Quando destinadas a múltiplos usos (automóveis, pedestres, ônibus, caminhões) precisará de um programa que regularize esses fluxos, crie escoamentos, e supra os engarrafamentos.

Grandes vias de circulação serão ladeadas por grandes vegetações, deverão ter acessos as vias de circulação media, e estas as de circulação local (bairros habitacionais.)

O ultimo ponto abordado pela carta de Atenas é como tratarmos o patrimônio histórico dentro da cidade, este devera ser mantido para preservar os valores arquitetônico da cidade, quando repetidas em numerosos exemplares será permitido a demolição daquelas que depois de estudos e separação dos mais importantes, estiverem sendo prejudicial a cidade. Em seu lugar serão introduzidas áreas verdes. A carta diz ainda que quando construído novas edificações estas não poderão conter estilos do passado, cada época expressa através da arquitetura seu modo de pensar, cultura, estética, copiá-las é fugir da sua época, é construir uma mentira.

Falemos agora sobre os quatro pontos necessários para formar uma cidade diversificada expostos por Jane Jabobs em seu livro Morte e Vida de Grandes cidades.

O primeiro ponto discutido pela autora, A necessidade de usos principais combinados, diz que o distrito e seus segmentos deve atender a mais de uma função principal (Escritórios, industrias, habitações, lugares de estudo e recreação). Esses usos devem garantir que pessoas que saiam em horários diferentes e estejam em lugares por diversos motivos, utilizem a mesma rua, a quantidade de pessoas em cada horário deve ser proporcional a outros horários, a rua deve ter movimento o dia todo e a noite. Quanto maior esse movimento e mistura de usuários, mais comercio será necessário e mais pessoas serão atraídas.

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