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Ler / Dort

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Por:   •  9/6/2014  •  3.545 Palavras (15 Páginas)  •  521 Visualizações

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1. Introdução

Com a popularização dos computadores a palavra informação ganhou um significado mais digital. Esta popularização e evolução destas áreas fazem com que as pessoas fiquem cada vez mais sentadas na frente dos computadores, preocupando-se menos com a saúde física e mental (VALLE, 1996).

O profissional da Tecnologia da Informação (TI) constitui uma das categorias de profissionais que se encontram em risco relativo à saúde física e mental. O estudo do impacto do trabalho sobre a saúde dessa categoria é um grande desafio, uma vez que a área de informática incorpora novas tecnologias de forma dinâmica e ininterrupta e envolve uma categoria de profissionais que se encontra “pulverizada” entre empresas de diferentes ramos da atividade econômica.

De acordo com Nahas (2001) a saúde classifica-se como dois pólos sendo um positivo e o outro negativo. A saúde positiva se caracteriza com uma vida satisfatória e confirmada com a sensação do bem estar geral, a saúde negativa com a doença e, no seu extremo, com a morte prematura.

Um dos problemas que mais tem afetado as empresas são os distúrbios na saúde dos trabalhadores, sendo na maioria das vezes, ocasionados devido a uma organização do trabalho que envolve tarefas repetitivas, pressão constante por produtividade, jornada prolongada além de tarefas fragmentadas, monótonas que reprimem o funcionamento mental do trabalhador, esses distúrbios trazem como conseqüência dor e sofrimento para os trabalhadores e para os empresários trazem onerosas despesas com assistência médica e pagamento de seguros (NAHAS, 2001).

Portanto este artigo tem o objetivo de levantar as informações bibliográficas, referentes ao trabalho realizado pelo profissional da TI e os principais fatores de risco relacionados à saúde destes trabalhadores.

2. Referencial teórico

2.1. Estresse

Conforme Rodrigues (2002), o termo estresse no campo da física significa grau de deformidade que uma estrutura sofre quando é submetida a um esforço. Nahas (2001) ressalta que essa adaptação se dá devido ao efeito regulador do sistema hormonal e nervoso como resposta para o restabelecimento da harmonia no organismo.

Situações de estresse provocam reações no sistema nervoso simpático, levando a secreção de hormônios, principalmente adrenalina (epinefrina) e a norepinefrina, esses hormônios entram na corrente sanguínea alterando reações bioquímicas e funções orgânicas, com isso, a pressão arterial e freqüência cardíaca aumentam, a energia é mobilizada para os músculos e o tempo de coagulação do sangue diminui, se o estresse for muito freqüente poderá haver como conseqüência problemas à saúde (Sharkey, 2008).

A reação do organismo diante destes estímulos gera um conjunto de modificações (Síndrome Geral de Adaptação) que se constituem em três fases: fase de alerta; fase de resistência e fase de exaustão (Sharkey, 2008).

Segundo Nahas (2001), se o estresse continuar e entrar na fase de exaustão ocorrerá uma queda no mecanismo de defesa do organismo, ocasionando doenças como: úlceras digestivas; hipertensão arterial; derrames cerebrais; infartos agudos do miocárdio; câncer; depressão; distúrbios nervosos; artrite; alergias; dores de cabeça.

Corroborando Rodrigues (2002) afirma que a maioria das doenças ocupacionais, tem uma correlação com o estresse, pois o desgaste que as pessoas são submetidas no ambiente e nas relações com o trabalho, é um dos fatores na determinação de doenças, dos mais significativos.

O profissional da TI vive constantemente em níveis exacerbados de estresse, pois o futuro da empresa está em suas mãos. Tal responsabilidade em cima do trabalhador causa um acúmulo imenso de preocupações e inquietações, o que de certa forma explica o nível elevado de estresse nessa profissão.

Segundo Nahas (2001) e Sharkey (2008), embora seja impossível viver sem o estresse, seu excesso é que pode causar os danos físicos e emocionais, podendo intervir na vida diária resultando na perda de produtividade e afetando o relacionamento interpessoal.

Apesar de o estresse fazer parte da rotina do profissional da TI, certos hábitos contribuem para que o mesmo não influencie no rendimento do trabalho. Dentre estes hábitos destaca-se a necessidade da realização de atividades físicas regulares, pois além do fator relaxante que a atividade proporciona, auxilia diretamente em todos os mecanismos fisiológicos do corpo humano.

De acordo com Sharkey (2008), a atividade física moderada e regular minimiza os efeitos do estresse, pois esta é relaxante, age contra a tendência de formar coágulos no sangue e protege o sistema imunológico, além de tudo a atividade física moderada é eficaz na redução da tensão, tanto quanto um tranqüilizante, sendo que o efeito do exercício é mais duradouro.

2.2. Ler/Dort

A LER e DORT fazem parte das doenças mais comuns em profissionais do ramo da informática, são afecções do aparelho locomotor provocado pela sobrecarga de um grupo muscular, tem maior incidência nos membros superiores e ocorre devido à utilização biomecânica incorreta destes, que resultam em dor, queda do desempenho no trabalho, fadiga e incapacidade funcional temporária que podem levar a síndrome dolorosa crônica, onde uma das causas apontadas para o aumento dessas afecções é a modernização do trabalho com características de atividades fragmentadas, repetitivas, monótonas, realizadas em curto ciclo de tempo com ritmo de trabalho imposto pela máquina ou padrão de produtividade (COUTO, 2004).

No Brasil os trabalhadores que mais apresentam o diagnóstico de DORT e LER, são os profissionais da TI por exercerem tarefas, sempre na mesma função e terem movimentos rápidos e repetitivos, no entanto a incidência no sexo feminino é maior devido a questões hormonais, dupla jornada de trabalho, falta de preparo muscular para algumas tarefas e aumentado do número de mulheres no mercado de trabalho (PRZYSIEZNY, 2000).

A cura da DORT e LER são mais complicados após atingir fases moderadas da doença, portanto necessário se faz, que os empresários tomem medidas preventivas para impedir a evolução do quadro clínico dos trabalhadores que já manifestaram os sintomas e prevenir os que ainda não manifestaram, a primeira medida que deve ser tomada em um programa de prevenção é analise dos fatores

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