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Macroeconomia

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Por:   •  28/9/2014  •  3.004 Palavras (13 Páginas)  •  2.370 Visualizações

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RESUMO DOS CAPÍTULOS

5 E 6

O SISTEMA KEYNESIANO

CAPÍTULO -5 SISTEMA KEYNESIANO ( I ) O PAPEL DA DEMANDA AGRAGADA

A economia Keynesiana desenvolveu-se tendo como plano de fundo a depressão mundial na década de 1930.A atividade econômica entrou em

um declínio em extensão e gravidade sem precendentes na época.O efeito da Depressão sobre a economia dos Estados Unidos.

O economista britânico Jonh Maynard Keynes,cujo o livro “A Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda” é base do sistema Keynesiano,foi mais influenciado pelos eventos de seu próprio país do que pelo menos nos Estados Unidos. Na Grã-Bretanha, o alto desemprego começou nos primeiros anos da década de 1920 e persistiu por toda a década de 1930.

O modelo Keynesiano Simples: Condições para o Produto de Equilíbrio

Uma noção fundamental do modelo Keynesiano é que , para que o produto esteja em equilíbrio é necessário que o produto seja igual à demanda agregada.Em nosso modelo simples ,essa condição de equilíbrio pode ser expressa como: Y = DA (5.1) onde y é igual ao produto total (PNB) e DA é igual à demanda agregada, aos dispêndios desejados.A demanda agregada (DA) consiste em três componentes: o consumo das famílias ( C ) ,a demanda por investimento ( I ) e a demanda de bens e serviços por parte do setor governamental ( G ). Portanto, em equilíbrio temo:

Y= DA = C + I + G (5.2)

A forma mais simples de (5.2) e das identidades examinadas mais adiante resulta da desconsideração de vários detalhes na definição do PNB e da renda nacional.As exportações e as importações não aparecem na equação.Estamos lidando com uma economia fechada ,omitindo o comércio exterior.

Equação Y=C+S+T (5.3)

A equação (5.3) é uma definição contábil ou identidade que afirma que a renda nacional ,cuja totalidade se supõe seja paga às famílias em troca dos serviços de seu fatores de produção é consumida ( C ), poupada ( S ) ou paga em impostos ( T).Adicionalmente ,pelo fato de Y ser o produto nacional, podemos escrever: Y= C+ I + G que define o produto nacional como sendo igual ao consumo,mais investimentos e mais os gastos.

Os componentes da Demanda Agregada

Consumo

Os dispêndios dos consumidores costumam ser maior componentes da demanda agregada.O consumo desempenha um papel central na teoria Keynesiana de determinação da renda.

Keynes acreditava que o nível de dispêndios por parte dos consumidores fosse uma função estável da renda nacional menos os pagamentos líquidos de impostos (Yd=Y – T ). Keynes não negava que outras variáveis além da renda afetassem o consumo,mas acreditava que a renda era o fator dominante para a determinação do consumo.

Investimento

O investimento também era uma variável chave no sistema Keynesiano.Na opinião de Keynes, a mudança nos dispêndios com investimentos desejado era um dos principais fatores responsáveis pelas alterações na renda.

Como observamos anteriormente, Keynes acreditava que o consumo fosse uma função estável da renda disponível. Isso não implicava que os dispêndios do consumo não iriam variar no decorrer do tempo. Os dispêndios com consumo não seriam, contudo uma fonte independente e importante para explicar a variabilidade da renda admitindo a ausência de outros fatores forçando alterações nessa variável. O consumo era, fundamentalmente, um dispêndio induzido, dependente do nível de renda.

Para explicar as causas subjacentes aos movimentos da demanda agregada e , por conseguinte, da renda, Keynes procurou pelos componentes autônomos da renda agregada, determinados, em grande medida , independentemente da renda corrente. Quando esses componentes dos dispêndios se alteravam, a renda variava. Keynes acreditava que os investimentos eram o componente autônomo da demanda agregada que exibia a maior variância. Ele achava que a variabilidade dos dispêndios com investimentos era a principal responsável pela instabilidade da renda.

Determinando a Renda de Equilíbrio

A renda do equilíbrio (Y) é a variável endógena a ser determinada. Os termos do dispêndios autônomos I e G, assim como o nível de T , são dados; eles são variáveis exógenas, determinadas por fatores externos ao modelo. O consumo é , em sua maior parte , um dispêndio induzido determinado endogenamente pela função consumo:

C= a + bYd = a + bY – bT onde a segunda igualdade utiliza a definição de renda disponível (Yd= Y – T). Substituindo a equação para Ῡ, o nível de equilíbrio da renda , da seguinte forma

Y = C + I + G

Y = a + bY – bT + I + G

Y – bY = a – bT + I + G

Y(1 – b) = a – bT + I + G

Ῡ= 1/1-b(a – bT + I + G )

Efeito de um Aumento nos Investimentos Autônomos sobre a Renda de Equilíbrio

O conceito do multiplicador é essencial na teoria de Keynes, pois explica a forma pela qual os deslocamentos nos investimentos,causados por mudanças, nas expectativas das firmas, desencadeiam um processo que causa variações não só nos investimentos mas também no consumo. O multiplicador mostra como os choques num setor são transmitidos para toda a economia. A teoria de Keynes também dá a entender que outros componentes dos dispêndios autônomos afetam o nível total da renda de equilíbrio. O efeito sobre a renda de equilíbrio de uma mudança em cada um dos dois elementos dos dispêndios autônomos controlados pela política econômica, os gastos do governo e os impostos.

Procedemos da mesma forma que fizemos quando consideramos o efeitos de uma mudança no investimento, deixando que um dos componentes dos dispêndios autônomos mude, enquanto os demais são mantidos constantes. Para uma mudança dos gastos do governo ( G ) , temos:

∆Ῡ/∆T = 1/1 – b (-b)∆G

∆Ῡ/∆G = 1/1- b

Para uma mudança nos impostos, temos:

∆Ῡ= 1/1-b (-b)∆T

∆Ῡ=-b/1- b

Vemos que um aumento unitário nos gastos do governo tem exatamente o mesmo efeito , sobre a renda de equilíbrio, que um aumento unitário nos investimentos. Ambos são aumentos de uma unidade monetária nos dispêndios autônomos. O processo multiplicador, pelo qual o aumento inicial da renda gera aumentos induzidos no consumo, é o mesmo para um aumento no gastos do governo e nos investimentos.

Vemos que o efeito de um aumento nos imposto ocorre na direção oposta aos efeitos de um aumento nos dispêndios públicos ou nos investimentos. Um aumento nos impostos reduz o nível da renda nacional (Y). Isso desloca a curva de demanda agregada para baixo, pois reduz os dispêndios com o consumo para qualquer nível de renda. O efeito sobre a renda de equilíbrio resultante no aumento nos impostos.

Política Fiscal de Estabilização

Como a renda de equilíbrio é afetada pelas mudanças nos gastos do governo e nos impostos, esses instrumentos da política fiscal porem ser usados de várias formas, visando eliminar os efeitos das mudanças indesejáveis na demanda privada por investimentos. Em outras palavras, o governo autônomos totais e também a renda de equilíbrio , mesmo que o componente investimentos dos dispêndios autônomos mostre se instável.

Um exemplo de política de estabilização fiscal dentro da estrutura Keynesiana é o corte nos impostos da administração Kennedy-Johnson, em 1964, nos Estados Unidos. Uma grave recessão havia ocorrido em 1958, durante a qual a taxa de desemprego atingiu 6,8%. A recuperação dessa recessão teve vida curta. A economia voltou a afundar numa recessão em 1960, o que , na opinião de muitos, custou a Richard Nixon a presidência naquele ano , em sua primeira tentativa para o cargo. A administração Kennedy tomou posse em 1961, com um programa para “ colocar a economia de novo em movimento “ , designado “ a nova economia”, que se baseava na aplicação da teoria Keynesiana à política macroeconômica.

As Exportações e as Importações no Modelo Keynesiano

Simples

Aqui consideramos os efeitos da introdução das exportações e importações no modelo Keynesiano simples. O enfoque está no papel das importações e exportações na determinação da renda de equilíbrio. Também veremos que a expressão do multiplicador dos dispêndios autônomos se altera quando levamos em conta o fato de que o consumo inclui produtos importados além dos de produção interna.

Em capítulos anteriores vimos que o PNB ou PIB (Y) consiste em consumo, investimento e gastos do governo, mais exportações líquidas ( exportações menos importações). Portanto, a condição para o produto de equilíbrio na economia aberta ( inclusive exportações e importações) é

Y= DA = C + I + G + X – Z

Comparada com a condição de equilíbrio na economia fechada, somamos as exportações (X) à demanda agregada e subtraímos as importações (Z). As exportações são a demanda estrangeira por produtos domésticos e, portanto, correspondem à demanda agregada. Por outro lado, como as importações estão incluídas em C, I, e G mas não são demandas por bens domésticos, devemos subtraí-las da demanda agregada.

Para achar uma expressão do PNB de equilíbrio no modelo de economia aberta, seguimos o mesmo procedimento que empregamos para o caso da economia fechada: consideramos os investimentos e os gastos do governo como exógenos como componentes dos dispêndios autônomos. O consumo é dado pela função consumo:

C= a + bY

Onde omitimos os impostos, por não desempenharem nenhum papel essencial em nosso estudo específico, e, portanto, não precisamos diferenciar PNB (Y) e renda disponível (Yd = Y – T). Para computar o produto de equilíbrio para o caso da economia aberta, precisamos especificar os determinantes das importações e exportações.

Capítulo- 6 O sistema Keynesiano ( I I )

Moeda, Juros e Renda

Taxas de Juros e Demanda Agregada

Já consideramos as razões pelas quais a demanda por investimento por parte das firmas depende da taxa de juros. Resumindo, um projeto de investimento será empreendido somente se a lucratividade esperada exceder os custos de contrair empréstimos para financiá-lo , num montante suficiente para justificar os riscos do projeto. A uma taxa de juros ( custo de empréstimo ) maior, menos projetos satisfazem o critério.

Ao considerar as possíveis influências da taxa de juros, também precisamos levar em conta componentes da demanda agregada que não o investimento das firmas. O primeiro desses componentes é o investimento em construção residencial.

Outros componentes da demanda agregada não são computados nas contas nacionais como investimento, mas seriam numa definição mais ampla de investimento, e podem ser afetados pelas mudanças da taxa de juros.O primeiro desses componentes são os dispêndios dos consumidores com bens duráveis que são incluídos como consumo corrente nas contas nacionais para o consumidor, a compra de um carro ou de um eletrodoméstico, como um microcomputador ou um televisor, é uma forma de investimento.Outro componente da demanda agregada que pode ser afetado pelas taxas de juros é um subcomponente dos gastos do governo. Os gastos do governo nas contas nacionais incluem os gastos do governo estadual e municipal com serviços, bens de consumo e bens de investimento.

A Teoria Keynesiana da Taxa de Juros

A próxima relação que consideramos é a existente entre a qualidade de moeda e a taxa de juros. Keynes supunha que todos os ativo financeiros podiam ser divididos em dois grupos: a moeda e os demais ativos não monetários, que genericamente denominados títulos.

Pode-se pensar a moeda como sendo o estoque de moeda definido limitadamente, ao qual as estatísticas oficiais de MI. O MI consiste no papel-moeda mais os depósitos bancários a vista, aqueles sobre os quais se pode emitir cheques.A categoria “títulos” inclui os títulos propriamente ditos mais outros ativos financeiros de longo prazo, primeiramente ações. Os ativos podem ser classificados segundo sua maturação, tendo os títulos caráter de longo prazo, e a moeda, de curto prazo.

Dentro desse esquema simplificado,Keynes considera a forma pela qual os indivíduos decidem dividir sua riqueza financeira entre os dois ativos, a moeda (M) e os títulos (B). Num determinado instante do tempo, a riqueza (Wh) é fixa e , como os títulos e a moeda são as únicas formas de riqueza, temos:

Wh= B + M

A taxa de juros de equilíbrio dos títulos é aquela à qual a demanda por títulos é exatamente igual ao estoque existente de titulos

A Teoria da Demanda por Moeda

Keynes considerava três motivos para a manutenção de moeda. A análise procede como se houvesse demanda separadas por moeda para cada um dos motivos.Não se supõe que algum indivíduo consiga associar parcelas bem definidas do montante de moeda que carrega a cada um dos três motivos, mas Keynes acreditava que fosse útil analisar separadamente os motivos por trás dos estoques monetários mantidos pelos indivíduos.

Efeitos de um Aumento do Estoque por Moeda

A função demanda por moeda Md tem inclinação negativa; uma queda na taxa de juros , por exemplo, aumenta a demanda por moeda. Para fixar a posição da demanda por moeda, precisamos determinar o nível de renda. A curva é transada a nível de renda Y. O aumento do nível de renda desloca a curva para a direita, refletindo o fato de que, para uma determidada taxa de juros, a demanda por moeda aumentam com a renda. Supõe- se que a oferta de moeda seja uma variável de política econômica exogenamente controlada e fixada.

Modelo IS-LM

Construção da curva LM

Vimos que o modelo Keynesiano assuma- se a dependência positiva da demanda por moeda em relação à renda em razão da demanda por transações.A demanda por moeda variava inversamente à taxa de juros, devido à demanda especulativa por moeda e porque o montante de moeda mantido para viabilizar transações diminui à medida que a taxa de juros (o custo de oportunidade de manter moeda) aumenta, para qualquer nível de renda. Expressamos essa relação como: Md = L( Y,r)

ou, na forma linear: Md = Co + C1Y – C2r C1 > 0

Fatores que Determinam a Inclinação da Curva LM

Para ver os fatores que determinam a inclinação da curva LM, consideramos o feito de um aumento na renda. O aumento induzido da renda da demanda por moeda resultante dessa mudança será igual a C1 Y, onde C1 é o parâmetro que dá o aumento da demanda por moeda (para fins de transação) por aumento unitário da renda. A taxa de juros terá de aumentar o suficiente para compensar esse aumento na demanda por moeda induzido pela renda.Quanto mais alto for o valor de C1, maior será o aumento da demanda por moeda por aumento unitário da renda e, portanto, maior será o aumento da taxa de juros necessário para restabelecer a demanda total por moeda ao nível do estoque de moeda fixo. Quanto mais alto for o valor de C1 , mais inclinada a será a curva LM.

Fatores que Deslocam a Curva LM

Dois fatores que deslocam a curva LM são as mudanças no estoque de moeda, fixado exogenamente, e os deslocamentos da função demanda por moeda. Estes são os dois fatores que supusemos constantes para determinar a posição da curva LM. Supõe se que o esto que monetário seja uma variável de política econômica e, quando consideramos, por exemplo, um aumento do estoque de moeda, estamos falando de uma alteração desse instrumento de política econômica para um novo nível.

Deslocamento da Função Demanda por Moeda

O efeito de um deslocamento da função demanda por moeda sobre a posição da curva LM. Suponha que haja um aumento da demanda por moeda para níveis de renda e taxa de juros determinados. Uma razão possível desse deslocamento seria a persa de confiança nos títulos.

Equilíbrio do Mercado de Produto: A curva IS

Construção da Curva IS

A construção de equilíbrio no mercado de bens e serviços ( ou , simplesmente , mercado de bens) é Y = C + I + G

Já vimos que uma expressão equivalente dessa condição de equilíbrio é

I + G = S + T

Na maioria dos casos, a curva da equilíbrio no mercado de bens, denominada curva IS, é construída a partir dessa segunda forma da condição de equilíbrio, apesar de ser possível derivar os mesmos resultados.

Prosseguiremos, como fizemos com o mercado monetário, calculando o conjunto de combinações de taxa de juros e níveis de renda que produzem o equilíbrio; nesse caso, o equilíbrio do mercado de bens.

Fatores que Determinam a Inclinação da Curva IS

Agora considere os fatores que determinam o grau de inclinação da curva IS. Sabemos que a curva terá inclinação negativa, mas ela será muito ou pouco inclinada.

Na construção da curva IS observamos como muda o investimento quando variamos a taxa de juros. Depois consideramos a mudança necessária na renda, para mover a poupança de forma a igualá-la ao novo nível de investimento.Ao considerar o declive da curva IS, estamos perguntando se , observando taxas de juros progressivamente menores, por exemplo, o equilíbrio no mercado de bens exige níveis de renda muito mais altos ( a curva é pouco inclinada) ou apenas níveis de renda levemente maiores ( curva é muito inclinada).Isso dependerá das inclinações das funções investimento e poupança.

Fatores que Deslocam a Curva IS

Considere os fatores que determinam a posição da curva IS e as mudanças que deslocam essa curva.Aqui, abandonamos a suposição de que os gastos do governo e os impostos sejam zero, trazendo o setor governamental de volta ao modelo. Com o governo no modelo, a condição de equilíbrio de mercado é dada pela equação: I(r) + G = S(Y – T) + T

Observe que , agora, a poupança deve ser escrita como uma função da renda disponível(Yd = Y – T), a qual se diferencia da renda pelo montante de pagamentos de impostos.

Observe que a curva I + G tem inclinação negativa somente porque o investimento depende das taxas de juros. A curva I + G está distanciada, à direita da curva I, pelo valor fixo dos gastos do governo. A curva de poupança somada aos impostos { S ( Y – T ) + T } também é apresentada. Como estamos supondo que a arrecadação tributária seja determinada exogenamente, a curva poupança-mais-impostos fica acima da curva de poupança , a uma distância constante ( igual a T).

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