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Por:   •  5/5/2014  •  2.715 Palavras (11 Páginas)  •  637 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho de Pesquisa e Prática Profissional, enfatiza uma especificidade relativa à atuação do Profissional da educação. É um trabalho muito importante na vida dos novos ingressantes à pedagogia, pois tem em vista que estes contextos oportunizam a vivência da intercessão entre a teoria e a prática educativa. Os fazem vivenciar problemáticas do dia-a-dia da escola em um geral, as facilidades e dificuldades no meio profissional pedagógico.

 Apontar as relações entre a teoria estudada e a prática através da pesquisa e observação.

 Descrever a observação, o planejamento e aplicação da prática docente no ensino médio.

A importância da pesquisa contribui para aliar teoria e prática, onde esta pesquisa muito em suas vidas profissionais e serve para a verificação de uma realidade existente e aumenta o conhecimento.

A metodologia que foi utilizada para elaboração deste relatório foi através de pesquisa de campo, livros das disciplinas e textos disponibilizados no AVA.

Serão abordados os seguintes assuntos:

 Princípios educativos e enfatizando a atuação do professor pesquisador;

 Evolução da história do professor docente;

 Evolução dos cursos de formação de professores no Brasil;

 Objetivo da formação continuada e sua importância ao professor do Magistério/Nível Médio;

 Caracterização da instituição escolar;

 Entrevistas com profissionais da instituição escolar.

EDUCAÇÃO, ENSINO E PESQUISA

Definição de educação, além da construção das habilidades e competências relacionadas à formação mais técnica do aluno, tem muito a ver também com a formação do cidadão, aspecto no qual os valores civis, éticos e morais são parte fundamental.

Definição de ensino é um processo de interação entre professor e aluno no qual o conhecimento a respeito tanto da parte técnica da educação, como da parte civil, ética e moral, não passa somente pela transmissão de informações, mais principalmente pela reflexão sobre estas, o que torna o conhecimento uma questão de construção.

Definição de pesquisa é também um processo em que o conhecimento é construído por meio de interpretações que devem ser fundamentadas em fontes de pesquisa; as conclusões às quais o pesquisador chega são parte do saber a ser continuamente interpretado, debatido e revisto pelas sociedades humanas, trabalho este que deve estar baseado, obrigatoriamente, nos paradigmas científicos conhecidos.

O princípio educativo para a prática pedagógica do professor, pois através da pesquisa o professor poderá levar para a sala de aula novas descobertas realizadas no campo da pedagogia a serem colocadas em prática (caso se faça pertinentes e possibilitadores de bons resultados; para se fazer essa avaliação, as pesquisas precisam ser postas em discussão com coordenação e corpo docente, bem como eventualmente testadas em sala de aula). Descobertas científicas referentes a outros campos do saber igualmente podem ser debatidas com os alunos, pois são instrumentos a mais no processo de construção do conhecimento.

O professor pesquisador é o sujeito que pensa sua relação entre teoria e prática, age na sua realidade social, tem atitudes críticas sobre o contexto político e social vigente, e procura emancipar-se.

A evolução histórica da profissão docente começa-se a partir do século XVI. Começou a cargo das congregações religiosas, com especial destaque para os jesuítas. O ensino estava fortemente ligado ao poder clerical sendo o professor na maior parte das vezes também sacerdotes. Este tipo de ensino prolongou-se até aproximadamente ao século XVII. Só estava reservado a uma elite e servia meramente como atividade acessória.

A partir do século XVIII procedeu-se a uma grande mudança no ensino. Este passou das mãos do Clero para o poder do Estado. Esta mudança não foi estabelecida de uma maneira muito brusca. Foi o Marquês de Pombal quem inaugurou na Europa as reformas estatais de ensino. A sua grande preocupação foi a de constituir um corpo laico de professores que pudessem servir de agentes do estado nas diversas localidades e povoações do país, essencialmente passar a tutela do ensino para o Estado. A intervenção do Estado vai provocar uma homogeneização, uma unificação e uma hierarquização à escala nacional, de todos estes grupos, os professores aparecem, então como corpo profissional. O pagamento dos professores tem uma origem única. O Ministro de D. José I decretou uma medida inédita na Europa setecentista que foi a cobrança de um novo imposto, o subsídio literário que garante o funcionamento público de escolas. De notar a instituição da Real Mesa da Comissão Geral sobre o Exame e Censura dos Livros, mostrando claramente o controlo político e ideológico exercido sobre o ensino e os próprios professores. A elaboração de um conjunto de normas e de valores é largamente influenciada por crenças e atitudes morais e religiosas. A princípio, os professores aderem a uma ética e a um sistema normativo essencialmente religioso.

As escolas responsáveis pela formação dos professores começam a surgir e os professores adquirem um estatuto social. Este estatuto não está inserido nos outros já presentes, os visto não estarem propriamente relacionados com o clero, nobreza, povo ou burguesia. Mas a comunidade tem bem presente a sua importância e a necessidade de criar boas condições para eles. A escola e a instrução incarnam o progresso: os professores são os seus agentes. A época de glória do modelo escolar é também o período de ouro da profissão docente.

A visão de que os professores são necessários para uma evolução do país torna-se cada vez mais presente. Assim, com a Primeira República procurou-se fazer da educação o instrumento político de afirmação como regime. Elaboram-se políticas de combate ao analfabetismo e tentou-se criar uma nova consciência cívica.

Mas esta evolução não se manteve por muito tempo. Com o Estado Novo inverteu-se a situação. Toda a evolução em direção a uma autonomia desaparece e o estado passa a impor um rigoroso controlo político, ideológico e profissional. No 25 de Abril procurou-se afincadamente retomar o processo de autonomização da profissão. Para isso estabeleceram-se algumas transformações: restauração da possibilidade de constituição de associações profissionais, incluindo sindicatos; reformulação dos procedimentos de formação inicial dos professores, inicialmente com a reforma dos magistérios, depois com a constituição de Escolas Superiores de Educação e departamentos ou escolas nas universidades; incentivo a uma maior autonomização profissional pela adopção de programas e metodologias ausentes na iniciativa dos professores e na integração comunitária.

"Entre todos os funcionários públicos nenhuns há que mais assiduamente trabalhem pela prosperidade e bem estar da nação do que os professores porque são eles que diariamente se ocupam de inocular no coração da infância, na alma dos futuros cidadãos, o amor ao trabalho e à prática de todas as virtudes, a obediência às leis que nos regem, a sujeição e o respeito aos poderes instituídos, a dedicação à pátria que os viu nascer". Esta realidade nem sempre é reconhecida.

O poder exercido pelo estado sobre os professores ainda é grande, dado tratarem-se de funcionários públicos. A sua tutela prolonga-se ao domínio científico e pedagógico através dos programas e currículo minuciosamente definidos. Os docentes tendem a exigir uma maior autonomia e desvinculação do estado. É necessário adequar programas e procedimentos educativos às características das comunidades em que as escolas estão inseridas. A autonomia dos professores só é total com a descentralização estatal e com um processo de desfuncionalização. Cria-se uma noção de escola como capaz de dar respostas eficazes aos problemas económicos e sociais atuais responsabilizando de forma mais direta os responsáveis pela educação.

A defesa da autonomia consagra uma crítica à funcionalização dos professores. A aquisição dessa autonomia tão desejada deve ser articulada com a progressão na carreira docente, mas um dos aspectos mais gravosos do estatuto de funcionários públicos diz respeito à impossibilidade de instituir uma verdadeira carreira profissional baseada no mérito e na competência e não no tempo de serviço.

Outro aspecto a referir é o da proletarização dos professores. Este fenómeno deve-se essencialmente ao sucedido no 25 de Abril, quando a escola se estendeu às grandes massas. Como surgiu a necessidade de uma maior quantidade de professores a solução encontrada foi descer as habilitações mínimas exigidas de acesso. Com isto o crescimento quantitativo não foi acompanhado de um crescimento qualitativo. As alterações quantitativas foram tomadas sem que as indispensáveis medidas qualitativas fossem adoptadas. Gerou-se uma escola de elites massificadas sem que se adquirissem novas qualidades para a escola. Para colmatar esta falta à reforma educativa tem de ser acompanhada de um franco apelo à profissionalização docente.

No Brasil, após a expulsão da companhia de Jesus em 1749, as reformas adotadas por Marquês de Pombal assumiam o inicio da criação das escolas públicas. Foram criadas as “aulas régias”, que consistiam em aulas avulsas ministradas por um professor o qual tinha conhecimento de uma disciplina, um assunto. Esses professores eram religiosos e ou intelectuais. Foi mantida a proposição de ensino público nos colégios, no entanto, poucos deles prosperaram na época. Somente com a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, em 1808, que ocorreu a preocupação com a escolarização e foram instalados alguns cursos superiores.

A reforma do ensino de 1854, proposta por Couto Ferraz (na época ministro do império), definia como requisito ao cargo de professor do ensino primário o seguinte: ser brasileiro, ser maior de idade, ter moralidade e capacidade profissional. O exame da capacidade (prova oral e escrita) era realizado por uma comissão de examinadores definida pelo presidente provincial.

Entre as décadas de 1960 e 1980, o Brasil encontrava-se sob vigência da ditadura militar. As reformas de ensino definidas pela Lei n° 5.540/1968 e pela Lei n° 5.692/1971, para o ensino superior e o ensino de 1° e 2° graus, respectivamente, estabeleceram, entre as principais medidas, a departamentalização da organização universitária, as licenciaturas curtas, o núcleo comum na estruturação curricular, o ensino profissionalizante no 2° grau e a iniciação para o trabalho de 1°grau.

A necessidade de reestruturação da profissionalização do professor nas atuais políticas educacionais, que passaram a exigir maior titulação, cursos de aperfeiçoamento e de pós-graduação, como também participação de programas de formação continuada.

O objetivo da formação continuada é a melhoria do ensino, não apenas a do profissional. Portanto, os programas de formação continuada precisam incluir saberes científicos, críticos, didáticos, relacionais, saber-fazer pedagógico e de gestão; podem ser realizados na modalidade presencial e a distância.

Os programas de formação, ao possibilitarem conhecimentos sobre a escola e o sistema educativo, e ao explicarem a complexidade das situações de ensino e as possíveis alternativas de solução, a partir da prática, favorecerem uma ação docente mais crítica e consciente. Investimentos na formação continuada têm importância relevante para a formação docente, visto que torna o profissional da educação mais reflexivo e atuante, possibilitando-os a facilidade de sobressaírem aos desafios encontrados no cotidiano escolar.

Além disso, considerando a grande demanda de informações que surgem a todo instante, novas propostas de ensino, a atualização da legislação educacional e o Ensino de nove anos, pode se considerar que o professor precisa estar sempre em formação. Desse modo o objetivo central deste estudo é propor um programa de formação continuada para os docentes que atuam no Curso Normal e sentem a necessidade de criar momentos de reflexão sobre sua prática, ou buscar novos conhecimentos, bem como para aqueles que estão iniciando essa prática.

A contemporaneidade exige mudanças, adaptações, atualizações e aperfeiçoamento. Quem não se atualiza fica para trás. A globalização, a informática, toda a tecnologia moderna é um desafio para quem se formou há mais de uma década. Num momento em que se retoma o curso de formação de professores, faz-se necessário oferecer aos professores as condições mínimas para que desempenhem sua função. Isto implica em muito preparo, conhecimento e disponibilidade do educador para adaptar se às novas situações vividas na sala de aula.

IDENTIFICAO DA ESCOLA ESTAGIADA E ENTREVISTA COM PROFESSORES

A escola oferta atendimento, no ensino fundamental, médio, curso normal e técnico e Educação de Jovens e Adultos, no período manhã, tarde e noite. A instituição atende um total de 1785 alunos, com aproximadamente 35 alunos por turma, com aproximadamente 80 professores, natureza da mantedora é pública e o nível socioeconômico, todos os professores com curso superior e muitos com pós-graduação.

O estágio foi realizado de 17/09/2013 a 02/10/2013, nos períodos tarde e noturno, sendo observada na turma N11, nas disciplinas, didática de linguagem, didática da natureza, matemática, didática geral, sociologia, português, didática humana, Libras, psicologia e educação física.

Ao entrevistar a professora de Sociologia, ela relatou que os principais desafios que encontra em sua atuação é a sociedade extremamente materialista, pois como ela leciona em uma instituição pública e outra privada, vivência dois mundos bem definidos a do aluno abandonado de certa forma pelo Estado. Ela comenta que o resgate pela humanidade é um desafio diário.

O professor poderá levar para a sala de aula novas descobertas realizadas no campo da pedagogia a serem colocadas em prática. Não só virtude de necessidades especiais de algum aluno, mas muitas vezes na tentativa de facilitar o entendimento promovi adaptações, sobretudo o que se refere ao vocabulário.

Ao ser indagar sobre a contribuição das disciplinas pedagógicas de seu curso acadêmico na atuação docente que desenvolve ela relata que na verdade as disciplinas de licenciatura não fornecem nenhum contato com verdadeira realidade do ensino no Brasil. Para a professora de Sociologia o curso de Magistério de Nível Médio é mais uma opção para que estudantes optem por uma carreira profissionalizante valorizando o ser humano e suas potencialidades.

Em entrevista com a professora de Psicologia, formada em Licenciatura Plena Psicologia e Didática. Ela afirma que o principal desafio encontra na prática da sua docência é o desinteresse dos educando e de seus familiares com relação e os conflitos que estes alunos acabam trazendo na bagagem.

A professora relata que as disciplinas pedagógicas de seu curso acadêmico na atuação docente que desenvolve foram de fundamental importância para sua concretização profissional docente. Com relação ao curso de Magistério Nível Médio ela diz ser o passo concretizado, a base da formação de um professor, julgando ser extrema necessidade para o inicio da carreira docente, além de mais uma opção de profissionalização. Para a professora de psicologia o trabalho do pedagogo diante da escola é de suma relevância desde que seja aplicado como se prevê e se espera.

O professor de Matemática relata que o maior desafio que encontra é uma sociedade com difícil compreensão a respeito dos objetivos da disciplina e certa intolerância dos educando com relação aos debates que ocorrem durante as aulas. Par o professor as disciplinas pedagógicas do seu curso de formação contribuem para a estruturação da sua prática docente e aplica da docência. Este profissional acredita que o curso de Magistério Nível Médio é mais oportunidade de profissionalização e qualificação. Também vê o trabalho do pedagogo como parte fundamental na organização curricular de ensino e de acompanhamento das atividades apresentadas nele.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente relatório de Pesquisa e Prática Profissional Magistério Nível Médio vem apresentado como atividade avaliativa do portifólio, vindo demonstrar dados coletados durante a realização do estágio de Pesquisa e Prática e também dos conhecimentos que adquiri por meio de textos e livros que me foi disponibilizado pelo curso de Pedagogia da Uninter.

Os profissionais da educação que atuam em sala de aula o profissional de Magistério também deve estar em constante aperfeiçoamento, deve ter conhecimentos fundados e saber transmiti-los para desta forma dar mais segurança a seus educando com relação à efetividade do que estão aprendendo. Vale a pena ressaltar que nesta fase de transformação que o educando começa a passar, pelas mudanças hormonais da pré-adolescência para a adolescência ficam mais dispersos e inquietos. Quando o Educador não demonstra domínio e conhecimento e de turma fica impossível conseguir manter a aula em ordem e lecionar.

Pude concluir para termos uma educação de qualidade em um curso de Magistério Nível Médio é necessário todo um conjunto de métodos teóricos e práticos a serem aplicados. Durante o meu estágio de observação consegui superar minha expectativas e objetivos, onde os profissionais que acompanhei foram de extrema presteza e pude explorar completamente como é funcionamento de um curso de Magistério Nível Médio.

REFERÊNCIAS

Almeida, Claudia Mara de, Soares Katia Cristina Dambiski. Professor de Educação Infantil e anos iniciais do ensino fundamental: aspectos históricos e legais da formação. Curitiba. PR, interSaberes. 2012

Lima, Michele Fernandes, Zanlorenzi, Claudia Maria Petchak, Pinheiro, Luciana Ribeiro. A Função do Currículo no contexto escolar. Curitiba. PR, InterSaberes. 2012

Martins, Pura Lúcia Oliver. Didática. Curitiba. PR, InterSaberes. 2012

ROMANOWSKI, Joana Paulin. Formação e profissionalização docente. Curitiba: InterSaberes. 2012

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