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Manifestaçoes Populares

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Por:   •  16/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.345 Palavras (18 Páginas)  •  186 Visualizações

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O Brasil está vivendo sob inúmeras manifestações sociais, as

quais estão repercutindo não somente em nível nacional, como também, na esfera internacional. A princípio, imaginou-se que o objetivo dessas manifestações, as quais ganharam as ruas de várias cidades brasileiras, fosse único e exclusivamente o aumento tido por exagerado na tarifa do transporte coletivo urbano em algumas dessas cidades nacionais. Constatou-se, porém, aos poucos, que o horizonte dos objetivos dessas manifestações é bem mais extenso do que aquele anteriormente imaginado. Eventuais ausências de soluções pacíficas das controvérsias instalada se existentes poderão evidenciar de forma inequívoca que a democracia não esteja suficientemente instalada ou não esteja se desenvolvendo de forma adequada,

devendo, então, for revistos os paradigmas aplicados, os quais, por ventura

estejam sendo insuficientemente inadequados para o trato do requisito essencial da solução pacífica das controvérsias. Neste ângulo e sob este foco devem sempre caminhar o Brasil e o seu povo sob pena de se efetivar um retrocesso democrático, fator este altamente negativo para toda a democracia então alcançada, a qual está sendo construída após um longo período de várias conquistas e encontra-se em franco e necessário desenvolvimento.

2 DESENVOLVIMENTO

No que diz respeito ao Brasil, as primeiras leituras sobre as manifestações, em geral, demonstram uma insatisfação com o deficiente acesso a direitos básicos de cidadania como saúde, educação, moradia, mobilidade urbana, etc. Diante deste cenário, é inegável a urgência de se fortalecer os canais existentes de participação popular, como os conselhos e fóruns de direitos, e de se tentar abrir novos caminhos que ampliem essa participação e possam fazer emergir propostas alternativas de desenvolvimento e melhoria nos serviços públicos. Como instrumento de mobilização, as redes sociais possuem enorme poder de difusão, sobretudo, por força das imagens veiculadas e da capacidade de comunicação simultânea com o local e o global.

Muitos especialistas também afirmam que a utilização das redes sociais, convocando pessoas a ocupar espaços públicos com reivindicações e protestos, pode vir a se configurar como uma estratégia de democracia direta na lacuna deixada pelo desconhecimento e/ou pela não participação nas esferas públicas tradicionais de representação social. O fato é que as manifestações trouxeram perplexidade e desafiam a uma reflexão. As questões são muitas, mas por sermos uma rede de mobilização social, propomos um debate sobre o papel das redes sociais como instrumento de debate de mobilização na sociedade contemporânea.

Algumas causas das manifestações são: insatisfação do povo com a

educação, saúde, preço das tarifas de ônibus, os bilhões que foram gastos em

estádios para a Copa do mundo, etc.…

É imprescindível que a sociedade assuma sua responsabilidade sobre questões políticas, pois mesmo que não seja tão aparente, é dizer dever de todo cidadão eleger os seus representantes, seja no Senado, na Câmara de Vereadores ou na presidência da República. Deve-se honrar ao lema da bandeira, principalmente ao que diz respeito ao progresso. Deve-se investir em educação, pois não basta ter em país alfabetos funcionais, basta sim existirem pessoas críticas, que zelem comumente para o bem social e para o progresso total brasileiro. O estímulo a essa participação na política começa pela mudança na legislação político-partidária, uma mudança que garanta maior participação da população; que modifique o sistema de financiamento das campanhas eleitorais; que estabeleça novas regras para o fundo partidário e o respectivo tempo de divulgação nos canais de rádio e televisão, entre tantos outros pontos fundamentais para que as pessoas sintam, efetivamente, que os espaços de representação estão se tornando mais igualitários.

E, acima de tudo, é preciso garantir o financiamento público de campanha,

exclusivo, transparente e democrático, impedindo que a ação do poder econômico “seqüestre” a representação política. E mais: com recursos públicos equânimes, que garantam o acesso de mulheres, negros, donas de casa, lideranças populares nos bairros, sindicatos e também nos partidos políticos para que estes possam, efetivamente, disputar democraticamente a representação popular em eleições limpas e transparentes.

As manifestações populares, acima de tudo, clamam por maior participação direta da população nas decisões do país. E essa manifestação não se contrapõe à democracia representativa. Ela clama, sim, por mais espaço na democracia participativa, à medida que pretende que esta represente melhor a população. E, para melhor representá-la, tem que ter mais a cara do povo brasileiro.

Atualmente, os movimentos sociais representam por si só grupo de pressão pela projeção que conseguem alcançar junto da opinião pública não tendo de recorrer a elites políticas para exercerem essa pressão junto do governo. O

fenômeno da globalização e a revolução dos meios de comunicação permitiu aos novos movimentos sociais divulgarem a sua mensagem sem precisarem de apoio dos partidos políticos.

Alguns teóricos afirmaram que na pós-modernidade já não existiam claras delimitações entre ideologias políticas, a denominada crise das ideologias, que as diferenças entre direita e esquerda atenuaram significativamente e que cada vez mais são as pessoas que não se identificam nem com uma nem com outra dessas ideologias, não se ausentando, no entanto do ativismo e da luta por causas sociais. Os políticos não são mais os que articulam os movimentos sociais porque é deles a culpa desses movimentos, ou seja, lutamos contra eles, não com eles.

Tem um monte de coisas acontecendo aí. Não dá pra negar: é um movimento jovem, que envolve muita gente e que não pode ser reduzido à idéia de uma elite branca e bem vestido, como tem tanta gente dizendo por aí. É um movimento que começou mais setorizado, mas que se tornou massivo – e digo massivo mesmo, porque por onde passava contava com o apoio das pessoas nas janelas, de todas as idades. Posso afirmar sem medo de deixar certo bairrismo falar mais alto, que o movimento se formou e começou a amadurecer em Porto Alegre.. Questões envolvendo a ocupação de espaços públicos e mobilidade urbana motivou a ida às ruas, majoritariamente. Quando a coisa se espalhou e, de forma expressiva e impressionante, tomou o país, o debate também

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