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Manifestações Brasileiras Em 2013

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Por:   •  9/4/2014  •  4.576 Palavras (19 Páginas)  •  201 Visualizações

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Manifestações Brasileiras em 2013

Resumo: Os protestos no Brasil no ano de 2013 ocorreram por todo o país que inicialmente surgiram com o foco na contestação do aumento nas tarifas de transportes públicos. As manifestações começaram principalmente em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, mas que ganharam forte apoio popular depois da repressão violenta e desproporcional que foi promovida pelas policias militares estaduais contra as passeatas. contra as passeatas. Os manifestantes foram ouvidos e algumas contestações foram aceitas e revogadas pelo Governo.

Palavras-Chave: Manifestações, popular, contestações e Melhorias.

O Brasil esta passando por manifestações por todo pais reivindicando por melhorias para a sociedade. Os confrontos com a polícia levaram grande parte da população a apoiar as mobilizações e atos semelhantes rapidamente começaram a se proliferar em diversas cidades do Brasil e do exterior em apoio aos protestos, passando a abranger uma grande variedade de temas, como os gastos públicos em grandes eventos esportivos internacionais, a má qualidade dos serviços públicos e a indignação com a corrupção política em geral. Os protestos geraram grande repercussão nacional e internacional. Em respostas às maiores manifestações populares realizadas no Brasil desde as mobilizações pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello em 1992, o governo brasileiro anunciou várias medidas para tentar atender às reivindicações dos manifestantes. Os Manifestantes alem de reivindicarem o aumentos das tarifas dos transportes, contestavam também pelas cinco causas, que eram: O arquivamento da Proposta de Emenda Constitucional 37/2011 , que retira o poder de investigação das mãos do Ministério Público e outros órgãos, passando a atribuição aos policiais federais e civis. A saída de Renan Calheiros da presidência do Congresso Nacional. Investigação e punição de irregularidades nas obras da Copa, pela Polícia Federal e Ministério Público Federal. Criação de uma lei que trate casos de corrupção no Congresso como crimes hediondos. Fim do foro privilegiado. Nele, autoridades políticas têm o direito de ser julgadas por um tribunal diferente ao de primeira instância, em que é julgada a maioria dos brasileiros que cometem crimes.

As manifestações decorreram durante o mês de junho, que tiveram duas fases demarcadas por características diferentes, mas ambas organizadas através das redes sociais como, por exemplo: o Facebook, principalmente pelo Movimento Passe Livre (MPL). Na primeira fase vemos um não apoio da mídia, pouca participação da população e muitos conflitos violentos entre os manifestantes e a polícia, e um foco quase exclusivo na questão do valor do transporte. No segundo momento, há uma grande cobertura da mídia, volumosa participação popular, além de aceitação de uma parcela maior da população, menos repressões policiais e atendimento de exigências quanto ao transporte. E há também novas exigências sendo colocadas em pauta e o atendimento de vários governantes quanto à redução dos valores das tarifas para utilização do transporte público. No dia 17 de junho, as manifestações se intensificaram em grandes cidades do Brasil. No Rio de Janeiro mais de 100 mil pessoas ocuparam importantes vias da capital fluminense, como por exemplo, a Av. Rio Branco, onde houve chuva de papel picado. Em frente à Biblioteca Nacional, foram distribuídas flores aos policiais. Porém, houve confronto em frente à Assembléia Legislativa, onde 80 policiais se refugiaram, estando cinco deles feridos. Manifestantes tentaram invadir a Assembléia lançando mão de pedras, Coquetéis Molotov e rojões contra as forças policiais, que revidaram com gás lacrimogêneo, balas de borracha e spray de pimenta.

Pelo menos um carro foi queimado, vidraças de lojas e bancos foram quebradas e vários artefatos públicos foram depredados. Houve vaias para quem levantava bandeiras de partidos políticos. Em São Paulo, manifestantes se concentraram no Largo da Batata e ocuparam diversas avenidas principais. Muitos cantavam o Hino Nacional combinado com o hino "O povo acordou!” e alguns deles carregavam flores brancas. As manifestações não tiveram restrições apenas em São Paulo e no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, pelo menos 30 mil pessoas ocuparam as ruas, com início de protesto pacífico, houve confronto, segundo um dos ativistas, iniciado quando tentaram furar o cerco policial que impedia a multidão de se aproximar. Em Brasília, ativistas ocuparam a Esplanada dos Ministérios e centenas deles subiram a rampa e no teto do Congresso Nacional. Em Fortaleza 5 mil pessoas percorreram três quilômetros de ruas, passando pelos bairros mais importantes, inclusive onde a seleção Brasileira de futebol estava hospedada. Nas cidades de Vitória e Velha, no Espírito Santo o movimento, que reuniu 20 mil pessoas, começou na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e percorreu onze quilômetros. No Paraná as manifestações de 17 de junho foram registradas em várias cidades como Curitiba, Maringá, Londrina, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Pato Branco e Francisco Beltrão. Além da manifestação que ocorreu no dia 17, nos dias 22 e 29 de junho ocorreram novos protestos com novas contestações, como por exemplo o protesto contra a PEC 37. A partir do dia 17 de junho, passaram a ocorrer manifestações de repúdio à presença de bandeiras de partidos políticos nas manifestações. Os que portavam bandeiras, por outro lado, qualificaram a intolerância às bandeiras partidárias como facismo. Muitos defendem a presença de partidos em manifestações e criticam o teor anti-partidário existente. No entanto, ainda não está claro se o movimento seria majoritariamente apartidário ou anti-partidário. Também há analistas a alertar que essa mobilização social pode ser tomada por grupos antidemocráticos e fascistas. Por outro lado, há também analistas que explicam que apartidarismo não seria um posicionamento próximo do fascismo. Apesar da presença de grupos fascistas nas manifestações, a grande maioria das pessoas não possuía um posicionamento político claro.

Durantes os protestos ocorreu diversos casos de vandalismo, O prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o governador do Estado Geraldo Alckmin e o Vice-Presidente do Brasil Michel Temer, criticaram os manifestantes envolvidos em confrontos com a polícia e atos de vandalismo. Alckmin qualificou-os como "baderneiros", enquanto Haddad se referiu aos envolvidos como "pessoas inconformadas com o Estado democrático de Direito". O Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo condenou os atos de vandalismo e afirmou que o governo federal estaria a disposição

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