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Memória da educação escolar no Brasil moderno

Artigo: Memória da educação escolar no Brasil moderno. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/9/2014  •  Artigo  •  1.242 Palavras (5 Páginas)  •  227 Visualizações

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“Memória da Educação Escolar no Brasil Contemporâneo”

A história da educação nos possibilita compreender melhor a pedagogia, pois a partir do conhecimento do passado podem-se desvendar as origens das nossas tradições educativas, como a maiêutica de Sócrates que é dar à luz novas idéias com a arte de interrogar o aluno, a escola organizada como instituição fechada, o hábito propagado dos trabalhos escritos a partir da pedagogia dos jesuítas e o ensino monitorado que existiu na Inglaterra e na Índia.

Através da história da educação passamos a entender as mudanças, os processos e as evoluções que esclarece a situação da educação atual.

Em cada etapa da história de uma sociedade as instituições de ensino que existiam respondia a uma necessidade. A educação atualmente é em grande parte resultado de forças históricas, sociais e econômicas que se transforma ao longo do tempo.

A educação brasileira foi fortemente influenciada pelos movimentos europeus e as revoluções que marcaram o período (séc.XVIII e XIX).

No período Brasil Colônia, os jesuítas, apesar do modelo elitista de educação, trouxe para o Brasil não só costumes e religiosidade européia, mas também um modelo de organização pedagógica que por 210 anos, significaram o sistema de educação brasileira. Porém o ensino jesuíta manteve a escola conservadora, indiferente a perspectiva cartesiana européia, pautada na revolução intelectual e no racionalismo e aprendizado de cunho científico, sendo extremamente dogmática e voltada para a formação de uma classe dirigente.

A maioria dos estudantes ricos que buscavam uma educação mais científica dirigia-se para a Universidade de Coimbra ou demais universidades européias.

Após a expulsão dos jesuítas das colônias portuguesas, em 1759, pelo Marquês de Pombal, instaurou-se um verdadeiro caos. O sistema jesuítico foi desmantelado. A educação brasileira vivenciou uma grande ruptura histórica no modelo já implantado.

Com a chegada da família real ao Brasil (1808), houve um processo de conexão entre as atividades comerciais do Brasil com Portugal, a abertura dos portos, favorecendo a dinamização da sociedade colonial.

Em 1824 é outorgada a primeira constituição brasileira, que pregava a instrução primária e gratuita para todos os cidadãos, constituindo um importante passo em relação às reformas educacionais posteriores.

Por todo o Império, pouco se fez pela educação brasileira e muitos reclamavam de sua qualidade ruim. Segundo os pareceres de Rui Barbosa, “A reforma sugerida por ele, inspirava-se nos sistemas educacionais da Inglaterra, da Alemanha e dos Estados Unidos”.

Porém, tal reforma não aconteceu como previsto, gerando estagnação e um atraso educacional, em relação aos países que serviram de inspiração para o modelo educacional proposto.

A República proclamada em 1889 adota o modelo político americano baseado no sistema presidencialista. Na organização escolar percebe-se influência da filosofia positivista.

A década de 1920, marcada pelo confronto de idéias entre correntes divergentes, influenciadas pelos movimentos europeus, culminou com a crise econômica mundial de 1929.

A Revolução de 30 foi o marco referencial para a entrada do Brasil no mundo capitalista de produção. A nova realidade brasileira passou a exigir uma mão-de-obra especializada e para tal era preciso investir na educação. Em 1932 um grupo de educadores lança à nação o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, redigido por Fernando de Azevedo e assinado por outros conceituados educadores da época.

Em 1964, um golpe militar aborta todas as iniciativas de se revolucionar a educação brasileira, sob o pretexto de que as propostas eram "comunizantes e subversivas". Depois do golpe militar de 1964 muito educadores passaram a ser perseguidos em função de posicionamentos ideológicos. Muito foram calados para sempre, alguns outros se exilaram, outros se recolheram a vida privada e outros, demitidos, trocaram de função.

Segundo Freitas (2002, p.17), o Regime Militar espelhou na educação o caráter antidemocrático de sua proposta ideológica de governo: professores foram presos e demitidos; universidades foram invadidas; estudantes foram presos, feridos, nos confronto com a polícia, e alguns foram mortos; os estudantes foram calados e a União Nacional dos Estudantes proibida de funcionar; o Decreto-Lei 477 calou a boca de alunos e professores; o Ministro da Justiça declarou que "estudantes tem que estudar" e "não podem fazer baderna". Esta era a prática do Regime.

Neste período deu-se a grande expansão das universidades no Brasil. E, para acabar com os "excedentes" (aqueles que tiravam notas suficientes para, mas não conseguiam vaga para estudar), foi criado o

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