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Por:   •  26/9/2014  •  1.621 Palavras (7 Páginas)  •  292 Visualizações

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ANÁLISES ESPACIAIS EM PLANEJAMENTO URBANO

NOVAS TENDÊNCIAS

RENATO T. DE SABOYA

Os Sistemas de Informações Geográficas (SIG) vêm-se tornando cada vez mais populares, despertando o interesse dos mais diversos setores da sociedade. Já os modelos urbanos, utilizados como ferramenta específica para o planejamento urbano, experimentaram fases diferentes, indo de um rápido crescimento e crença no seu potencial ao descrédito gerado por uma série de fatores que impediram a sua proliferação (Lee, D. 1973). Entretanto, diversos avanços foram feitos nesse campo, o que promoveu a superação de muitas das suas limitações e certa retomada do modelo (Batty, 1994;Wegener, 1994).

ANÁLISES ESPACIAIS EM PLANEJAMENTO URBANO

Existem diversas tentativas de definição do processo ideal de planejamento urbano (Lee, C. 1973; Cowen & Shirley, 1991; Calkins, 1991; Levy, 1997). Com maior ou menor grau de detalhamento, todas convergem, entretanto, para uma mesma estrutura básica de passos a serem percorridos no modelo racional de planejamento:

• Descrição do sistema;

• Definição do problema;

• Determinação dos objetivos;

• Definição de alternativas;

• Avaliação e seleção da melhor alternativa;

• Implementação;

• Monitoramento

Nessa estrutura, o papel das análises espaciais é essencial em pelo menos três etapas:

• Definição do problema – as análises permitem compreender o sistema em estudo, e determinaras variáveis relevantes, bem como a natureza de suas inter-relações. Problemas existentes, assim como problemas futuros, podem ser detectados com base em critérios de avaliação.

• Avaliação e seleção da melhor alternativa – envolve a avaliação das alternativas levantadas, por meio da predição de estados futuros do sistema, baseando-se nas suas normativas. Inclui também as chamadas análises de impacto, do tipo “se x ocorrer, o que acontece com o sistema como um todo?”.

• Monitoramento – tem como objetivo avaliar o desenvolvimento do sistema, do estado.

Há necessidade da análise espacial no processo de planejamento sob o ponto de vista de duas ferramentas principais: sistemas de informações geográficas e modelos urbanos.

MODELOS URBANOS

O estudo de uma realidade introduz a necessidade de representá-la e manipulá-la de alguma maneira. A complexidade da realidade é reduzida a níveis aceitáveis de simplificação, com o intuito de conseguir realizar procedimentos de análise sem perda na validade dos resultados.

Existem diversos tipos de modelos, que variam em função da sua finalidade, do modo como se comportam em relação à variável tempo, e da natureza dos seus componentes. Os modelos urbanos, na história do seu desenvolvimento, podem ser classificados em duas grandes categorias: modelos microeconômicos e modelos de interação espacial.

Esse tipo de abordagem sofreu diversas críticas. A mais significativa é o fato de que o sistema real nunca atinge o equilíbrio, devido a imperfeições no processo. O mercado não funciona de forma perfeita – visto que os indivíduos não têm conhecimento de todas as alternativas ao tomarem suas decisões – e, além disso, abriga elementos monopolísticos.

Atualmente, existem pelo menos vinte grandes centros de pesquisa no mundo dedicados ao estudo e à aplicação de modelos urbanos. Ao realizar uma análise do Estado da Arte nesse campo, Wegener (1994) criou um “modelo” de modelos, composto por oito subsistemas classificados segundo a velocidade de suas mudanças:

a) Mudanças lentas – redes urbanas e uso da terra;

b) Mudanças médias – lugares de trabalho e residências;

c) Mudanças rápidas – emprego e população;

d) Mudanças imediatas – transporte de mercadorias e viagens.

Os modelos atuais procuram unir esses submodelos dentro de uma estrutura única. Todos eles tratam o espaço como um conjunto de subáreas discretas, ou seja, são descendentes dos modelos de interação espacial.

Atualmente existe outro grupo de modelos, denominados modelos configuracionais, que enfatizam a importância das características do traçado no sistema urbano.

LIMITAÇÕES DOS MODELOS

A estrutura de representação dos elementos espaciais dos modelos urbanos pode ser considerada arcaica (Wegener, 1998). Em essência, neles o espaço é representado por um conjunto de zonas discretas. Dessa maneira, cada zona é tratada de forma homogênea.

Outra limitação, é o fato de que os procedimentos de análise e mesmo a teoria são invisíveis a quem opera os modelos. Apenas as pessoas que os desenvolveram conseguem usá-los e entender os procedimentos de análise.

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIGS)

REVISÃO CONCEITUAL

Existem inúmeras definições para o que seja um Sistema de Informações Geográficas. Isso se deve ao amplo espectro de utilizações abarcado por esse tipo de sistema, o que acaba gerando diversos enfoques.

O SIG, da maneira como vem sendo encarado neste estudo, pode ser definido como um sistema implementado em computador, que tem como função adquirir, armazenar, manipular, analisar e visualizar dados do mundo real de três naturezas: a) dados geográficos, isto é, aqueles definidos espacialmente e representados habitualmente por mapas, b) suas características, ou atributos, normalmente compostos por valores alfanuméricos armazenados em forma de tabelas; e c) as relações espaciais entre os elementos, chamadas relações topológicas. A possibilidade de vincular dados de natureza diversa é uma das principais características dos SIGs que os diferenciam de outros tipos de sistemas de informações.

Existem dois tipos de estruturas de dados espaciais em sistemas de informações geográficas: estrutura raster e estrutura vector. Ambas baseiam as formas de representação dos objetos espaciais em três elementos — ponto, linha e polígono —, mas condicionam maneiras diferentes de realizar a vinculação entre dados espaciais e não-espaciais.

A estrutura raster é composta por uma matriz de pontos (ou células) com dimensões

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