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Midas Elastomers Brasil

Tese: Midas Elastomers Brasil. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  26/2/2014  •  Tese  •  814 Palavras (4 Páginas)  •  290 Visualizações

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O asfalto-borracha, constituído de 20% de pó de pneu velho, começa a ser aplicado em larga escala em algumas estradas brasileiras.

A concessionária Ecovias está aplicando o uso do também chamado asfalto “ecológico” em 146 dos 191 quilômetros que está recapeando no sistema Anchieta-Imigrantes, em São Paulo. Entre as capitais, Curitiba (PR) foi a primeira a usar o novo tipo de asfalto, no começo deste ano. Até o fim deste mês, a prefeitura pretende ter sete quilômetros de ruas urbanas pavimentadas com esse produto. Em São Paulo, a prefeitura começou a usar o asfalto-borracha no mês passado e já tem quase quatro quilômetros de ruas asfaltadas.

As informações variam um pouco de uma fonte para outra, mas todas confirmam que, mesmo mais caro, o asfalto-borracha é mais resistente e compensa o custo elevado. O diretor-superintendente da Ecovias, João Lúcio Donnard, diz que o novo tipo de asfalto é 30% mais caro e 40% mais resistente do que o convencional. A diferença pode parecer pequena, mas ele garante que é vantajosa no longo prazo. Tanto que a Ecovias pretende chegar a 2010 com todo o sistema formado pelas rodovias Anchieta e Imigrantes pavimentado com o novo produto.

Há quem diga que a resistência e a durabilidade do asfalto emborrachado é ainda maior. O gerente de negócio da Greca Asfaltos, Paulo da Fonseca, diz que alguns estudos mostram que o pavimento com borracha pode durar até 5,5 vezes mais do que o asfalto comum. Já o superintendente da usina de asfalto da prefeitura de São Paulo, Valter Antônio da Rocha, calcula que a vida útil do novo asfalto é o dobro da do comum.

A mistura de borracha no asfalto acabou movimentando toda a cadeia de reciclagem de pneus. A Greca, por exemplo, que fornece o asfalto-borracha para a Ecovias, está com planos ambiciosos de expansão. Está duplicando a capacidade de suas três usinas de asfalto (no Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo) e construindo uma outra em Minas Gerais. Segundo Fonseca, o asfalto-borracha já representa 20% das vendas da empresa, que tem investido R$ 5 milhões.

A Midas Elastômeros do Brasil, que transforma os pneus velhos em pó de borracha e o revende para empresas como a Greca, nota que esse mercado não existia até há pouco tempo. Ela começou a vender pó de borracha para a fabricação de asfalto em 2004 e hoje esse segmento já representa 20% do total de vendas. O curioso é que a Midas cobra (R$ 200 a tonelada) para receber os pneus velhos, que depois serão transformados em pó. Parte da conta é paga pelos fabricantes de pneus, que são obrigados pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) a recolhê-los e destruí-los de forma “ecologicamente adequada”.

Hoje, a maior parte dos pneus velhos ainda vai parar nas fábricas de cimento, servindo como fonte auxiliar de energia, pois o pneu tem alto índice de combustão. As cimenteiras também cobram para receber os pneus. Segundo o secretário-executivo da Associação Nacional da Indústria Pneumática (Anip), Walter Tegani, havia 11 milhões de pneus velhos, em 2004, do tipo que não podia mais ser reutilizado. Em 2005, a Anip gastou R$ 26 milhões para destruir os pneus velhos produzidos no país e atingiu a marca de 100 milhões de pneus destruídos de forma ambientalmente correta.

A Anip tem uma rede de 171 pontos de coleta de pneus usados espalhados pelo país, funcionando em

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