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Mini Handebol

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Por:   •  21/11/2014  •  2.196 Palavras (9 Páginas)  •  1.033 Visualizações

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Introdução

    O mini-handebol é uma atividade lúdica pré-desportiva criada na década de 70 na Europa e que tinha como principal objetivo resgatar o gosto das crianças pela modalidade handebol em alguns países, além de fazer com que os pais dessas crianças também estivessem sempre em contato com o esporte. Mas apesar de criada na década de 70, somente em 1994 a International Handball Federation divulgou seu material sobre a atividade, fazendo com que sua popularização mundo afora fosse de certa forma tardia.

 Mais do que promover o handebol essa atividade, pela sua riqueza e ludicidade, mostrou ser uma possibilidade de atividade muito interessante para ser aplicada em escolas e clubes, já que o intuito do mini-handebol vai além de ser um pré-desportivo do handebol, proporcionando o desenvolvimento global da criança e mais do que formar atletas a possibilidade de formar melhores cidadãos.

Desenvolvimento

    As informações sobre as fases do desenvolvimento de acordo com a idade dos praticantes de mini-handebol são divididas em três etapas, explanadas por quatro autores diferentes: sócio-afetivo (Wallon, 1981 e Freire, 2003), cognitivo (Piaget, 1989) e motor (Vayer, 1977), assim como adendos retirados de trechos do artigo “The Steps to Handball” da European Handball Federation (2004).

Sócio-afetivos

    Segundo Wallon (1981), dos 03 aos 06 anos de idade a criança possui características sócio-afetivas que talvez possam dificultar o trabalho em grupo, já que a crise da oposição e inibição, narcisismo, egocentrismo, auto-admiração e imitação inserido no contexto familiar são muito presentes.

    Todavia, Freire (2003) defende que “a partir dos 6, 7 anos, os jogos infantis evoluem para o jogo social que equilibra as forças da manifestação competitiva e da manifestação cooperativa. A criança começa a aprender que, para ter êxito na competição natural, o caminho mais fácil é a cooperação”.

 De acordo com a EHF (2004) o sucesso durante uma atividade e elogios sobre os resultados bem sucedidos tem papel fundamental nesta fase, pois a criança nesta idade ainda não tem o desejo e não está plenamente desenvolvida para jogar e com sua auto-estima elevada sentirá mais prazer em continuar a realizar o handebol posteriormente.

    A partir dos 07 até os 10 anos de idade o educando tem personalidade polivalente, ajustamento da conduta às circunstâncias, consciência das possibilidades e conhecimento mais preciso e completo de si, fazendo com que o trabalho em grupo, assim como jogos e brincadeiras com regras sejam assimilados e necessários.

Cognitivos

    Os aspectos cognitivos dos 03 aos 06 anos de idade de acordo com Piaget mostram que as crianças estão em uma fase pré-conceitual, adquirindo a função simbólica e possuem pensamentos irreversíveis sendo que os estados resultantes de transformações são incoerentes, as quais o educando ainda não conseguem compreender.

    Os alunos da segunda fase do mini-handebol possuem características que tornam o jogo coletivo mais significativo pois algumas características cognitivas dos alunos de 07 aos 10 anos de idade são: Descentralização progressiva, coordenação interiorizada dos esquemas de ação e operações simples ou concretas.

Motores

    Vayer (1977) mostra que dos 03 aos 06 anos de idade as crianças através da ação melhora a precisão e coordenação dos movimentos, assim utilizando de modo cada vez mais diferenciado e preciso seus segmentos, assim como a junção da ação dos mesmos e como a própria EHF (2004) constata: “É a chamada fase de ouro da infância, onde o movimento é vital e, acima de tudo, essencial para o desenvolvimento físico e psicológico”.

    Vayer (1977) ainda explana que os educandos de 07 a 10 anos já associam as sensações motoras a outros sentidos, controlam a respiração e postura, afirmam a lateralidade, já conseguem e possuem possibilidade de relaxamento, os segmentos são independentes e transmitem o conhecimento de si aos outros.

 Essas características que determinam o desenvolvimento da criança tem que ser observadas quando da elaboração e proposição de jogos para crianças, situação que será discutida a seguir.

    Para que se entendam os tipos de jogos e atividades mais adequadas para os alunos de mini-handebol deve-se analisar exatamente o que é indicado por alguns autores de acordo com a faixa etária de 06 a 10 anos, fazendo com que a junção destas indicações com o entendimento da fase em que estão as crianças de forma geral promova de maneira benéfica o desenvolvimento global. Assim, serão apresentados a seguir alguns autores que dissertam sobre estas questões, além de revisarmos os conteúdos específicos propostos em artigos e apostilas da European Handball Federation e International Handball Federation.

 Freire (2003) sugeriu uma tabela com temas e subtemas da educação física correspondentes aos conteúdos de cada série do ensino fundamental, e na 1° série do ensino fundamental I, ano escolar onde os educandos geralmente têm de 06 a 07 anos de idade, foram sugeridas atividades como: Atividades de sensibilização corporal, jogos simbólicos, jogos de construção, jogos de regras, brincadeiras populares, ginástica geral, jogos pré-desportivos e atividades de fundamentação do esporte. Nas séries posteriores, que engloba de 07 a 10 anos de idade, Freire (2003) sugere atividades como: Atividades de sensibilização corporal, jogos de regras, brincadeiras populares, ginástica geral, jogos pré-desportivos e atividades de fundamentação do esporte.

    Chateau (1987) afirma que no fim da idade pré-escolar e no início da idade escolar (aproximadamente 06 anos), aparecem os jogos de regras arbitrárias. Daí para diante a criança pode criar regras novas. A partir dos 06 anos, surgem os jogos de um caráter novo: jogos sociais. Os jogos figurativos e os de regras arbitrárias podem ser utilizados por um pequeno grupo. No fim da infância, a partir dos 10 anos aproximadamente, desenvolvem-se os jogos do grupo organizado, os jogos tradicionais.

    Piaget (1971) afirma que na fase dos 07 aos 11 anos “A criança percebe que não pode satisfazer todos os seus desejos e então começa a identificar algumas regras colocadas pelos adultos”.

    Vygotsky (1989) também estudou a relação entre a criança e o jogo, chegando à conclusão de que ele é construído sócio-historicamente pelo indivíduo sempre se modificando de acordo com as influências sofridas pelo

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