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Por:   •  24/3/2015  •  1.651 Palavras (7 Páginas)  •  1.154 Visualizações

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1) Título : “A gestão nas ONG’s assistenciais dos fatores organizacionais relacionados com a capacidade de sustentabilidade”.

Autor: (nome)

2)Introdução

O atual cenário econômico, social e político tem sido apontado como ímpar na história mundial. Uma reorganização do papel do Estado, do Mercado e da Sociedade Civil está alterando a interação entre estes atores.

Muitos autores (COELHO, 2002; GOHN, 1997; GONÇALVES, 1996;) têm remetido a causa deste novo contexto à crise do chamado welfare state. Segundo Coelho (2002) devido à insuficiência de resposta do welfare state para resolver os problemas sociais, a sociedade civil passa a ser demandada a participar da solução destas questões.

No Brasil, estas transformações possuem suas especificidades. A sociedade civil é vista prestando serviços sociais desde o início do século XX. Porém, uma mobilização mais explícita e com resultados mais contundentes tem acontecido a partir de dois movimentos. A queda do regime militar, reordenando as forças político-sociais em blocos partidários, e as práticas de políticas desestatizantes, sendo muitos serviços assistenciais terceirizados pelo Estado.

Neste contexto, tomam cada vez mais importância os organismos da sociedade civil denominados, ONG’s – Organizações Não Governamentais. Estes organismos passam a ter crescente relevância na prestação de serviços e ampliam sua presença na sociedade, tornando-se essenciais para o exercício das atividades do Estado junto à população.

Frente ao reconhecido papel que as ONG’s têm exercido, uma questão importante se refere à gestão destas organizações. A gestão nas Organizações Não Governamentais encontra-se num campo complexo com desafios singulares, diferentes daqueles vividos na Administração Pública e Privada. Mas, a despeito das dificuldades, a atividade de gestão pode capacitar a organização a proporcionar o impacto social demandado e ainda manter sua identidade e coesão organizacional, requisitos para a continuidade de seu trabalho.

Diante da atuação central da gestão no desempenho do papel de atores tão importantes no cenário atual, apresenta-se o seguinte problema: “Como as ONG’s assistenciais têm gerenciado os fatores organizacionais relacionados com sua capacidade de sustentabilidade?”

As ONG’s assistenciais desenvolvem um trabalho de extrema relevância, se colocando no atendimento de serviços decorrentes da insuficiência do Estado, ao mesmo tempo em que se inserem num contexto marcado pelo conflito entre a dependência e a autonomia, seja do Estado, dos seus doadores, dos seus beneficiários ou de outros stakeholders.

A questão da sustentabilidade é colocada a fim de se priorizar os esforços que garantem a existência da organização no longo prazo e, também, no sentido de tratar a instituição como um organismo constituído de várias partes, sendo que o importante é a harmonia entre elas.

Para a análise do problema apresentado, um estudo multi-casos de três ONG’s assistenciais de Belo Horizonte poderá retratar como estas organizações estão gerenciando seus aspectos básicos que garantem a sustentabilidade.

3) Referencial Teórico

As Organizações Não Governamentais têm sido tema de muitas publicações sobre as articulações da sociedade civil atualmente.

Sherer-Warren (apud Gohn, 1997, p. 55) caracteriza as ONG’s como “organizações formais, privadas, porém com fins públicos e sem fins lucrativos, autogovernadas e com participação de parte de seus membros como voluntários, objetivando realizar mediações de caráter educacional, político, assessoria técnica, prestação de serviços e apoio material e logístico para populações-alvos específicas ou para segmentos da sociedade civil, tendo em vista expandir o poder de participação destas com o objetivo último de desencadear transformações sociais ao nível micro (do cotidiano e/ou local) ou ao nível macro (sistêmico e/ou global)”.

Diante do conceito apresentado as ONG´s responsabilizam-se pelo desempenho de atividades muito importantes num contexto bastante influenciado por forças diversas e conflituosas.

Salamon (1997) in Ioschpe (1997) questiona a permanência e a sustentabilidade das ONG’s, colocando que essas só serão alcançadas através da transposição de quatro desafios. O desafio da legitimidade – ligado às relações sociais externas da organização; o desafio da eficiência – abrangendo os serviços e pessoas envolvidas nas ONG’s; o desafio da sustentabilidade financeira – compreendendo os recursos gastos; e o desafio da colaboração – enfatizando mais uma vez o relacionamento com organismos externos às ONG’s. O autor apresenta a idéia de sustentabilidade ancorada em quatro áreas essenciais para o desempenho do papel social das Organizações Não Governamentais. Silva (2000, p. 9) ainda coloca que “a sustentabilidade envolve não só o levantamento e a adequada utilização de recursos financeiros, implica investir no desenvolvimento das pessoas que fazem parte da organização, melhorar a qualidade dos serviços e adequá-los às necessidades das comunidades, buscar adesão da sociedade à causa da organização e informar de forma transparente”.

Neste momento, faz-se importante a discussão destas bases para a sustentabilidade.

De acordo com Graaf (apud Lewis, 2001), as Organizações Não Governamentais estão inseridas num ambiente em que há fatores sobre os quais elas exercem controle - orçamento, pessoas, planejamento de atividades e estabelecimento de objetivos; influência - agências governamentais, outras ONG’s, doadores, setor privado, mídia e grupos da comunidade; e apreciação - estruturas políticas nacionais, sistema macro-econômico, estrutura legal, fatores ecológicos e contexto sócio-econômico. O autor coloca que os gerentes das ONG’s tendem a priorizar ações na área em que há controle, a despeito das outras áreas. Entretanto, Graaf (apud Lewis, 2001) pontua que o sucesso destas organizações depende em grande parte da sua habilidade de articulação nos setores em que elas exercem apenas influência e apreciação. O autor completa que as Organizações Não Governamentais são mais dependentes de fatores externos que outras organizações.

Abordando a questão do financiamento das ONG’s, Bennett et al. (1996) salientam a importância de adequadas ações de captação de recursos.

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