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Modernismo Programático

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Por:   •  8/11/2014  •  1.101 Palavras (5 Páginas)  •  1.036 Visualizações

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Modernismo Programático

A arquitetura brasileira estava dividida em duas correntes, à que estava resolvida, e a que não estava resolvida, tendo como resolvida a arquitetura das artes plásticas e literárias, já a própria arquitetura das formas estava com um descompasso comparado com a outra.

Com o modernismo em alta no Brasil, e São Paulo já se gabaritando como metrópole brasileira, o ambiente era provinciano, mas a elite urbana espelhava-se nos centros irradiadores de cultura fora do país, como a Europa.

Então necessitava de um movimento de renovação do ambiente cultura em geral, alimentada com os valores da vanguarda europeia, a preocupação era ir contra ao passado, buscando a atualização estética sem a orientação de correntes do exterior.

As obras do modernismo deviam refletir o país em que foi criada, e não se espelhar em outros. Tentaram encarar o problema de algumas maneiras, mas foi inútil, criaram mitos nacionais ou ate lendas heroicas, isso fez com que surgisse aqui uma falsa tradição que não passa do prolongamento de tradição alheias.

Havia uma pendencia na área, com a modernidade espelhada nas vanguardas europeias, o conceito de arquitetura era veiculado a variação do ecletismo, o arquiteto sendo considerado profissional eclético, os arquitetos não ostentavam em sobre sair como os colegas literatos ou artistas plásticos.

Com a semana da arte moderna os arquitetos confrontaram com a imaterialidade de seus argumentos arquitetônicos, mas a inexistência da obra moderna construída condenava a intenção arquitetônica ao limbo da utopia. Com os novos materiais e o progresso conseguido nestes últimos anos na técnica da construção, conseguia-se a praticidade e economia, linhas simples, poucos elementos decorativos, mas sinceros e bem em destaque, nada de mascarar a estrutura.

Era preciso estudar oque se fez e o que se esta fazendo no exterior e resolver os nossos casos sobre estética da cidade com alma brasileira. Pelo nosso clima, pela nossa natureza e costumes, as nossas cidades devem ter um caráter diferente das da Europa.

“Creio que a nossa florescente vegetação e todas as nossas inigualáveis beleza naturais podem e devem sugerir aos nossos artistas alguma coisa de original dando as nossas cidades uma graça de vivacidade e de cores, única no mundo”. [Levi 1987, pp. 21-22].

Rino Levi e Gregori Warchavchik eram dois arquitetos com traços comuns nesse momento. Ambos estavam afastados do ambiente local, Levi morando em Roma, e Warchavchik de Roma morando no Brasil em 1923. Foram pioneiros em textos e pensamentos da nova arquitetura brasileira, Warchavchik foi quem soube mais rápido alcançar seu espaço, conversando com os remanescentes da semana de arte moderna.

Warchavchik cansando-se com Mina Klabin de uma família rica de industriais de São Paulo, conseguiu se assegurar no meio da elite local, construindo para si mesmo, e para a família. Tendo como primeira obra uma residência em Vila Mariana em 1928, casa com grande terreno, assim constituiu a primeira expressão de arquitetura moderna, com a imprensa divulgando o acontecimento ele ganhou destaque, tendo entre 1928 e 1931 projetando mais sete residências, dessas obras, a casa da rua Itápolis no Pacaembu, foi a que mais se aproximou do ideal à Bauhaus.

Com interiores decorados por obras assinadas pela nata dos artistas plásticos modernistas como, Tarsila do Amaral, John Graz, Di Cavalcanti e outros, e mobiliário pelo próprio arquiteto e tapeçaria da Bauhaus. Suas casas rendeu-lhe repercussão internacional, chegando ate à Le Corbusier.

Ele projetava e construía, sem o fiel ideário moderno europeu, era uma casa que aparentava ter uma geometria própria para racionalização da construção, mas era tida de tijolo revestido e não empregava o concreto armado, tão pouco componentes pré-fabricados, ele empregou formas modernas, mais com elementos locais, não utilizou de terraço jardim, pois ele dizia que não tinha como utilizar pela falta de material isolante no mercado, então fez o telhado com as tradicionais telhas.

Mesmo nos seus textos de seus projetos ele deixava claro a dificuldade e limitações em usar as técnicas e os materiais adequados para uma obra moderna.

Warchavchik era um construtor cuidadoso, Le Corbusier em uma se suas visitas ao Brasil, visitou uma de suas obras, e disse que ele soube usar bem o contraste das cores no projeto, e disse que o verde do

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